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Análise | Golf GTE é o melhor Volkswagen disponível no Brasil

Por| Editado por Jones Oliveira | 06 de Dezembro de 2020 às 09h30

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech
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Quando anunciado aqui para o Brasil, o Volkswagen Golf GTE despertou o interesse de muitos entusiastas de tecnologia e automóveis. A promessa da montadora era de entregar um carro que fosse capaz de aliar o melhor da esportividade com um consumo de combustível digno de carro popular, mas que também tivesse em seu DNA a modernidade que é exigida hoje na indústria.

Na época de seu lançamento, no final do ano passado, o Canaltech teve a oportunidade de conhecer o Golf GTE de perto e experimentá-lo em algumas situações. As primeiras impressões foram as melhores possíveis. Tínhamos, ali, um carro que beirava a perfeição, não apenas na experiência de uso, mas também quando inserido na proposta da Volks, que era de tornar esse produto um marco para uma nova era dentro da indústria.

Agora, com mais tempo disponível com o Golf GTE, tudo pode ser confirmado. Além da esportividade digna de um GTI e um consumo que lembra o de uma moto, este produto pode ser considerado, sem exageros, como o melhor carro da Volkswagen disponível aqui no Brasil. Infelizmente, porém, a tendência, tal qual ocorrera com toda a linha Golf, é de que, um dia, ele nos deixe órfãos.

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Com muita tecnologia embarcada, dirigibilidade precisa, segurança acima da média e muito estilo, o Volkswagen Golf GTE é apaixonante.

Pronto para o futuro

Muito embora, na Europa, o Golf já esteja em uma geração posterior a que o GTE se encontra aqui no Brasil, não dá para dizer, em hipótese alguma, que se trata de um veículo defasado. Pelo contrário. Em meio a um mercado que carece de hatchbacks médios, o Golf GTE dispõe de um pacote tecnológico e de uma motorização que o certifica para ser um carro do futuro quando pensamos, sobretudo, em segurança e cuidado com o meio ambiente.

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Comecemos por aquilo que deixa muitos entusiastas de cabelo em pé: a motorização híbrida plug-in. Temos que respeitar os sentimentos das pessoas e o Golf, principalmente no Brasil, desperta as mais variadas emoções, sobretudo para quem foi adolescente na década de 90. Todo mundo queria um Golf, que, na época (e até hoje) era sinônimo de esportividade, desempenho e estilo. Mas, se enganam aqueles que acham que a variante GTE não cumpre esses requisitos.

Os números não mentem: ele anda demais! Sua motorização é composta por dois propulsores; o já conhecido 1.4 TSI de 150cv e 25,9 kgf/m de torque à gasolina e o elétrico de 102cv e 33,6 kgf/m. Quando combinados, esses motores oferecem 204cv e 35,7 kgf/m de torque, mas com ele chegando quase que de imediato por conta, justamente, da eletrificação. Tudo isso atrelado ao também conhecido câmbio automatizado de dupla embreagem, com seis velocidades.

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Seu 0 a 100 km/h é feito em 7,5 segundos em nossas medições, meio segundo a mais do que o Golf GTI, que tem mais potência e torque, mas que também pesa quase 200 kgs a menos. Ou seja, desempenho não é o que pode afastar um potencial cliente de Golf GTI da variante GTE.

Pronto para o dia a dia

O que impressiona além do desempenho, porém, é seu consumo, que pode ser explicado de várias maneiras. Como citamos, o Golf GTE é um híbrido plug-in, ou seja, sua bateria é maior e mais potente do que dos híbridos convencionais. Isso lhe proporciona uma autonomia e velocidade maiores quando utilizado apenas o propulsor elétrico.

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Sua bateria de 8,8 kWh, dá ao GTE uma autonomia de 39 quilômetros sem gastar uma gota de combustível. Com isso em mente, pense em como seria seu uso cotidiano, com deslocamentos simples, como uma ida ao mercado ou ao trabalho. Caso você possua sua logística pensada para ele, dá para usar o carro sem gastar gasolina a semana toda. Isso, no Brasil, sonha utópico, mas, em alguns casos, pode ser possível.

Durante nossa experiência como GTE, adotamos algumas estratégias para fazer o melhor uso da bateria e do que ela poderia nos oferecer. Para deslocamentos curtos, sempre usamos o carro no modo híbrido, que é o que melhor se encaixa para a nossa realidade. Nesse modo, o carro sempre vai priorizar o motor elétrico, mas, em subidas ou acelerações fortes, o motor 1.4 ajuda. Sendo assim, o consumo ficou na casa dos 25 km/l.

Quando o nosso itinerário previa um caminho mais longo, com mais retas e momentos de cruzeiro leve, optamos pelo modo de carregamento, que coloca o carro em um modo 100% a combustão e utiliza a força do motor, mais as frenagens, para recarregar a bateria. Em um trajeto de pouco mais de 20 quilômetros, era possível encher quase a metade da capacidade da bateria, algo impressionante.

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Por isso, mesmo sem uma estação de recarga próxima, é perfeitamente possível usufruir dos benefícios do Golf GTE. Mas, claro, uma benesse dessas é sempre bem-vinda. Quando utilizamos uma estação para recarregá-lo, a bateria ficou em 100% em pouco mais de uma hora. Então, para esse cenário, de casa para o mercado (que é onde estava a estação) e do mercado para casa, consumo foi de zero, nem uma gota.

Com isso na ponta do lápis, o Golf GTE se torna mais do que atraente: ele é necessário.

Pronto para a última milha

No evento de apresentação do Golf GTE, no ano passado, a Volkswagen fez questão de salientar que o carro estava preparado para os desafios do cotidiano, mas, sempre é bom ter uma forcinha de uns itens a mais, não é mesmo?

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Nesse mesmo evento tivemos acesso à bicicleta elétrica e ao patinete elétrico fabricado pela montadora. Esses dois produtos complementam o conceito de "last mile", ou seja, após o deslocamento de carro, o usuário pode terminar de chegar no seu compromisso fazendo uso de um desses meios de transporte.

Futuramente ainda avaliaremos como é seu uso no dia a dia, mas, mesmo com o breve teste no evento do ano passado, é possível constatar que o conceito pode evoluir para o futuro, sobretudo se a montadora oferecer mais carros eletrificados e garantir que os clientes possam adquirir a bicicleta ou o patinete de modo mais acessível.

Conforto absurdo

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A proposta do Golf GTE não é necessariamente a de ser um carro esportivo, muito embora seu comportamento o faça ser. Esse modelo se diferencia um pouco do seu irmão GTI sobretudo no rodar, que é muito mais suave e silencioso não apenas do que ele, mas do que qualquer outro Volkswagen disponível no Brasil.

O conjunto de suspensão parece ter sido pensado para o nosso solo, muito embora o carro seja importado da Alemanha. O isolamento acústico é dos melhores presentes no mercado e nem mesmo quando pisamos fundo o som de fora invade tanto a cabine. O ronco do motor, aliás, é um capítulo à parte no GTE, já que ele simulado pela tecnologia Soundaktor, da Volkswagen.

Com as mãos no volante, a sensação de prazer é ainda melhor, independentemente da velocidade em que o carro é conduzido. O Golf GTE possui uma das direções elétricas mais bem ajustadas e calibradas do mundo, com uma pegada muito direta e precisa, mas sem deixar de ser confortável em momentos de manobra.

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Mesmo com tudo isso, estamos falando de um Golf, certo? Então, devemos lembrar que esse carro faz curvas como poucos, sempre com muita segurança e um hip line bem justo, graças aos seus bancos bem desenhados e formatados no padrão do GTI.

De negativo, porém, é apenas o espaço para os passageiros nos bancos traseiros, que não é dos melhores, apesar de ter disponível a saída de ar-condicionado.

Conectividade, Segurança e Acabamento

Além de tudo o que o Golf GTE oferece em termos de desempenho e conforto, podemos citar, claro, seu recheado pacote tecnológico. Logo de cara, percebe-se a enorme central multimídia de 10 polegadas, que tem uma das melhores telas do mercado e é das mais completas, contando com espelhamento com Android Auto e Apple Car Play, GPS nativo e todos os controles do automóvel à disposição, incluindo do ar-condicionado, que, nessa versão, é digital e com duas zonas.

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Ainda no painel, impossível não notar, também, a enorme tela no cluster principal, a Active Info Display, já presente em outros produtos do grupo Volkswagen, como o Nivus, Polo e Audi e-Tron, já avaliados pelo Canaltech. Nele, as informações do computador de bordo e da autonomia do veículo estão sempre visíveis, o que traz mais segurança para o motorista.

E por falar em segurança, o Golf GTE dá show. A começar pelos sistemas semiautônomos, como o ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo), o alerta de colisão e o sistema de frenagem de emergência, que funcionam primorosamente bem. Além disso, o carro conta com outros apetrechos que ajudam na condução, como sensor de fadiga, vetorização de torque, controles de estabilidade e tração, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, câmera de ré, retrovisores com rebatimento, assistente de partida em rampa, assistente de farol alto, retrovisor eletrocrômico, controle de velocidade e auto hold.

Mas, mesmo com todos esses itens, existem algumas falhas no GTE. As principais são a falta de um sistema keyless e a partida por botão. Um carro com esse nível de tecnologia e custando o que custa, poderia ter, ao menos, esse sistema, que poupa muito tempo e dá ainda mais segurança ao condutor. A sensação de entrar no carro e ter de girar a chave para dar a partida soa, no mínimo, incoerente com a proposta dele.

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Sentimos falta, também, dos ajustes elétricos nos bancos do motorista e de um melhor sistema de som. Existem modelos dentro da própria Volkswagen e que custam bem menos, como o T-Cross Highline, que dispõem de uma qualidade de som superior. A do GTE não é ruim, diga-se.

Já quando vamos para o acabamento, a sensação de que o Golf GTE é o melhor Volkswagen do Brasil é reforçada. Todos os materiais são de excelente qualidade, com abundância de soft touch nos painéis e portas, arremates bem feitos e regiões com black piano dando mais elegância e sobriedade, característicos da montadora germânica. Os bancos, porém, são de tecido, tal qual acontece no GTI. Não pode ser considerado um defeito, mas tira um pouco do ar premium da cabine. Compensa, no entanto, o belo teto solar.

Os detalhes em azul remetendo à nomenclatura GTE são um show à parte, principalmente nos filetes de LED posicionados nas laterais e na entrada do carro, que casam bem com o design externo, já comum aqui no Brasil, mas que conta com belos detalhes em azul no conjunto óptico.

Ainda sobre o design, a Volkswagen disponibiliza o Golf GTE apenas com o conjunto de rodas aro 17 que vocês estão vendo nas imagens. Poderia ser melhor, claro, mas elas até que casam bem com veículo.

O melhor Volkswagen no Brasil

O Volkswagen Golf GTE beira a perfeição quando pensamos no casamento perfeito entre esportividade, usabilidade, conforto e segurança. Com um motor que esbanja potência e economia, sistemas de segurança altamente tecnológicos, belo pacote de conectividade e conforto absoluto, fica difícil de não colocá-lo no topo dentro da gama da montadora por aqui.

A vida com um Golf GTE pode fazer o adolescente dentro de você se esbaldar com os sentimentos de prazer e diversão, mas sem esquecer da sobriedade e do cuidado com o meio ambiente que, hoje, é mais do que necessário.

O Volkswagen Golf GTE pode ser adquirido em versão única por R$ 199.990. O modelo utilizado pelo Canaltech nesta análise foi gentilmente cedido pela Volkswagen do Brasil.