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Por que alguns produtos da Asus não estão à venda no Brasil?

Por| Editado por Jones Oliveira | 24 de Outubro de 2023 às 09h05

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Ivo Meneghel Jr/Canaltech
Ivo Meneghel Jr/Canaltech
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Desde os Zenfone, a Asus demonstra a importância do Brasil para a marca, com lançamentos quase simultâneos no exterior e por aqui. A chegada tão rápida do ROG Ally reforça esse movimento, e Daniel Kawano, Gerente de Produtos da Asus, explica porque isso não ocorre com todos os produtos.

Em entrevista ao Canaltech durante a BGS 2023, Kawano comenta sobre a relevância dos produtos gamer, como o Ally e notebooks das linhas ROG Strix e Zephyrus. Com o crescimento desse mercado, também aumenta a busca por acessórios, principalmente para expansão de conectividade, nem sempre sendo fácil encontrar produtos oficiais, mas a Asus já estuda mudar isso no futuro.

“[Expandir o portfólio] é sempre o nosso plano, é que até pela questão de ‘lead time’ de produção desses acessórios, acaba descasando com o lançamento do produto. Ou no próprio caso do ROG Ally, o dock foi lançado depois lá fora também. Tem outros processos também, que a gente tem que certificar aqui no Brasil com Inmetro, por exemplo, leva um tempo para fazer, e acaba sendo demasiado.”
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Nem tudo compensa trazer

No caso específico dos acessórios para o ROG Ally, a Asus deve lançar o estojo de viagem e o dock carregador com saída HDMI já nos próximos meses, por aqui.

“Obviamente que na questão de consoles, (...) a gente vê que a demanda é muito forte, então acredito que nos próximos meses a gente tenha isso já em linha, para que as pessoas possam comprar na loja Asus. A gente tem alguns acessórios bem interessantes para o Ally: tem a travel case (o estojo de viagem) e tem o carregador dele que é aquele dock que vem com a saída HDMI. Isso ajuda muito para quem quer ligar na TV.”
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Por outro lado, não faria sentido trazer para o Brasil alguns produtos específicos, como a eGPU ROG XG Mobile com uma RTX 4090. Para justificar o investimento em produtos tão mais caros, a Asus, e outras marcas como um todo, realizam um estudo de mercado que considera, entre outras coisas, o perfil de consumo dos brasileiros.

“A gente não tem planos [de trazer a RPG XG Mobile]. Nos EUA, a [XG com] a 4090 custa US$ 2 mil, então o custo aqui ficaria absurdamente alto, até mais que um notebook ROG Strix. Então a gente realmente não vai trazer este acessório, pelo menos nesse momento. Pode ser que no futuro a gente reveja isso.”

Dessa forma, investir no processo de certificação com órgãos regulatórios acaba não compensando no caso de produtos com um potencial muito baixo de saída, ou com segmentos de consumo ainda pouco estabelecidos na região.

Por essa razão, inclusive, a empresa não cogita trazer para o Brasil o ROG Ally com o processador Z1 mais fraco. A intenção com o modelo equipado com o Z1 Extreme é atender ao público gamer de PC que quer transportar sua biblioteca para qualquer lugar, sem limitações de desempenho.

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“Nesse primeiro momento, a gente realmente quis oferecer o melhor que a gente tinha em termos de console. Acho que a experiência conta muito. Hoje o ROG Ally com o Z1 Extreme tem uma performance que se aproxima dos consoles de mesa. Para o cara que vem do console, principalmente, eu acredito que ter um hardware menos potente talvez afete a primeira experiência dele [como PC gamer].”

O ROG Ally — e futuramente os acessórios oficiais — são vendidos na loja proprietária da Asus. Disponibilizar esses produtos exclusivamente por este canal é uma estratégia importante para combater o mercado paralelo, uma vez que, além da conversão fiscal e custos de importação, eles chegam com cobertura de garantia em território nacional.