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WhatsApp vai rivalizar com apps de delivery na Índia

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 29 de Agosto de 2022 às 12h02

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Rubens Eishima/Canaltech
Rubens Eishima/Canaltech
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O WhatsApp anunciou uma parceria com o serviço de compras JioMart para otimizar as compras pelo aplicativo na Índia. O serviço de mensagens passará a ser integrado do carrinho virtual, que oferecerá uma espécie de lojas virtual para aquisição e pagamento de produtos.

A proposta é semelhante ao iFood, Aiqfome e outros serviços de delivery, porém centrado nas mensagens do WhatsApp. É só mandar um "Oi" para um determinado número de telefone para ser guiado à interface, na qual pode-se escolher frutas, verduras e produtos diversos. Depois do pagamento, a entrega pode ser acompanhada pelo próprio software.

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A JioMart é uma companhia de comércio eletrônico pertencente ao conglomerado Reliance, um dos principais do mercado indiano. Uma das empresas do grupo produz telefones celulares e oferece serviços baratos de internet para colocar a população conectada na web. A Reliance deve investir mais de US$ 25 bilhões até 2023 para levar o 5G a todas as cidades da Índia.

O anúncio foi feito no site oficial da Meta e reforçado pelo CEO da empresa, Mark Zuckerberg, em seu perfil oficial no Facebook. Este é o passo mais ousado do app de chat da Meta, já deixaria de depender os usuários-vendedores. O "Zap" permite que você comercialize e pague seus produtos desde o ano passado, mas a prática ainda não "pegou" na maioria dos locais.

WhatsApp virando um mercado virtual

A ideia é transformar o programa em uma versão ocidental do WeChat, popular app de comunicação com mais de 2 bilhões de usuários na China e proximidades. No país asiático, o superapp centraliza conversas, carteira virtual, compras, alimentação e entretenimento em um só lugar. Em troca disso, os desenvolvedores ganham rios de dinheiro em cima das comissões cobradas de cada transação.

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A Meta quer fazer do WhatsApp uma central similar para proporcionar uma fonte alternativa de renda. Aliás, o "Zap" é uma das plataformas que menos gera renda direta para a companhia, afinal é gratuita, sem anúncios ou assinaturas. A Índia é um excelente mercado para começar essa rivalização, afinal o país tem uma gigantesca população-alvo e uma base de 400 milhões de usuários.

Se der certo por lá, a empresa poderia trazer o experimento para o Brasil e outros mercados. A infraestrutura já está praticamente pronta e seria preciso apenas fechar uma parceria com algum e-commerce popular por aqui, o que não parece muito difícil de acontecer.

Em novembro do ano passado, a plataforma lançou um atalho para facilitar pagamentos em reais. Em abril deste ano, o teste foi uma forma para realizar pedidos em lojas e restaurantes mais facilmente. Embora este último ainda não tenha sido implementado, a iniciativa demonstra como os desenvolvedores estão empenhados em transformar o WhatsApp em uma central de compras online.