12 curiosidades sobre Spotify que você provavelmente não sabia
Por Alveni Lisboa • Editado por Douglas Ciriaco |
O Spotify é o maior serviço de streaming de músicas do mundo, e não é a toa que reúne curiosidades que pouca gente conhece. A plataforma tem mais de 172 milhões de assinantes pagos, no plano premium sem anúncios e com recursos exclusivos, e 345 milhões de cadastrados no total, inscritos no plano gratuito com propagandas.
- Usuários do Spotify poderão avaliar podcasts no app para celular
- Tinder e Spotify lançam "Modo Musical" para facilitar o match
Hoje é praticamente impossível que músicos e criadores de podcasts se deem ao luxo de dispensar a imensa audiência do Spotify, o que eleva ainda mais importância do app na indústria fonográfica brasileira. O software é tão relevante que ditou os rumos do streaming e fez com que Amazon, Apple e Google criassem soluções próprias para rivalizar no segmento.
Confira 12 curiosidades sobre Spotify que você provavelmente não sabia:
12. Foi criado na Suécia em 2006
Diferentemente da maioria dos apps, que surgem no Vale do Silício, o projeto veio de um país nórdico com muita tradição musical, especialmente no ramo da música eletrônica. Muita gente só conheceu o Spotify em meados da década de 2010, mas o serviço existe desde 2006, quando foi fundado por Daniel Ek na Suécia. O projeto levou quase dois anos para ser oficialmente lançado e ninguém esperava que fosse ditar os rumos da indústria do mundo inteiro.
11. Números impressionantes
Disponível em 184 mercados mundiais, o aplicativo conta com mais de 70 milhões de músicas e 3,2 milhões de títulos de podcasts. Artistas adicionam milhares de músicas todos os dias. Nenhum outro serviço de streaming tem dados superiores aos da plataforma, o que coloca o Spotify no protagonismo de um mercado que não para de crescer.
10. Não é preciso ser famoso
Diferentemente dos programas de televisão ou festivais de música, no qual apenas os artistas mais bombados costumam participar, o Spotify é bastante democrático ao permitir que qualquer cantor ou banda adentre no serviço. É claro que ter fama fora da plataforma ajuda a ser mais ouvido na plataforma, porém isso não é pre-requisito para quem deseja fazer upload de canções.
Hoje, há alguns serviços de hospedagem e distribuição que enviam o conteúdo para o Spotify e outros serviços musicais diretamente, como o Anchor e o Ditto. As músicas e conteúdos são verificados e o conteúdo costuma ser liberado em pouco tempo para que todos os usuários possam desfrutar.
9. Downloads de música ilegal diminuíram no mundo
Embora não haja uma pesquisa global de mensuração de pirataria, é fato que as transferências de música por sites de downloads, Torrent ou redes P2P caíram significativamente após a chegada dos serviços de streaming de música, e o Spotify é o protagonista dessa mudança. Apesar de ter enfrentado resistência das gravadoras no início, o serviço de reprodução de canções atualmente é um modelo legalizado, rentável e muito prático para os envolvidos.
8. Limitações de músicas ouvidas
No começo do serviço, não havia um sistema de propagandas entre as músicas, por isso a plataforma precisava criar algumas limitações para incentivar a assinatura dos planos pagos. Para permitir que as pessoas conhecem a proposta do Spotify, inovadora àquela altura, os desenvolvedores decidiram permitir que as pessoas pudessem experimentar o serviço normalmente, porém com limitação de músicas por mês.
Para ser um usuário free você precisava receber um convite por e-mail de alguém que já utilizava a plataforma, em um esquema parecido com as redes sociais no passado. Essa estratégia deu certo e ajudou a atrair muita gente interessada em entrar para esse "clube seleto", o que fez os downloads decolarem.
7. Origem do nome Spotify
Convenhamos que o nome Spotify não diz muita coisa para quem não é falante do inglês, por isso a maioria das pessoas sequer sabe o que significa. Assim como outros aplicativos de redes sociais e streaming, o nome é uma junção de dois termos: "Spot" em inglês significa lugar, mas também é uma forma reduzida de spotlight (holofote); já o "ify" é um sufixo relacionado a identify, que significa identificação ou relação de proximidade com algo.
Spotify poderia ser traduzido como o lugar onde você se identifica, afinal você pode ouvir seus artistas favoritos e criar listas de produção com as músicas que mais ama.
6. Cerca de 25% das músicas nunca foram tocadas
Com milhões de reproduções diárias, é quase impensável sugerir que canções podem nunca ter sido reproduzidas, mas esse é um fato curioso. Estima-se que cerca de 25% das faixas hospedadas no serviço nunca foram reproduzidas por terceiros, sem incluir neste rol os podcasts.
Não há uma causa oficial para isso, até porque o Spotify nunca mencionou tal número oficialmente, mas supõem-se que essas músicas esquecidas sejam covers de bandas, canções originais de artistas desconhecidos e/ou cantores pouco familiarizados com a divulgação digital dos seus trabalhos. Isso significa que há uma enorme quantidade de conteúdo prontinha para ser descoberta por você.
5. Como o Spotify ganha dinheiro?
Se apenas metade dos inscritos no serviço são assinantes pagos, como o Spotify ganha dinheiro e ainda repassa valores aos artistas? A primeira e mais sólida maneira de monetizar o serviço é obviamente com o valor arrecadado pelo plano premium. Embora a quantia varie de país para país (não dá para equiparar o valor da assinatura nos EUA com o Brasil, por exemplo), é uma renda relativamente fixa que serve para custar a maior parte dos gastos mensais.
A segunda forma de arrecadação é com os valores de propagandas e parcerias feitas com outras companhias para divulgar músicas, filmes, podcasts e demais materiais. Os anunciantes em geral pagam pela quantidade de inserções feitas entre cada faixa tocada para os usuários gratuitos, por isso o Spotify pode arrecadar uma boa quantia com essas inserções.
4. Valor pago aos artistas no Spotify
O cálculo da quantia paga aos cantores e bandas, a título de royalties, não é precisa porque o Spotify não divulga esses dados publicamente, mas dá para ter uma ideia com base no relato dos profissionais. Estima-se que cada profissional receba US$ 4,37 (R$ 24,90) por mil reproduções da sua música, um valor considerado baixo até para quem trabalha com muitos milhões de reproduções, mas que pode ajudar quem ainda não se consolidou na carreira.
Talvez seja por isso que os profissionais ainda seguem firmes na produção de álbuns, DVDs, CDs e até vinis, pois são formas complementares de renda além do que os apps de streaming repassam.
3. Conteúdos além das músicas
Apesar de ser surgido e se firmado como um aplicativo musical, o Spotify em 2022 é muito mais do que um streaming de canções. Há uma imensa variedade de podcasts dos mais diversos estilos hospedados por lá, assim como audiolivros, shows de comédia stand-up, entrevistas com políticos ou personalidades e até compilados de programas de rádio ou TV.
Há também parcerias com produtoras de filmes e séries para levar conteúdos divertidos ou exclusivos, como podcasts exclusivos, conversas com diretores e produtores ou debates de fãs.
2. Não há produtos físicos do Spotify
Diferentemente dos concorrentes, o Spotify é um programa criado para rodar 100% na nuvem e totalmente digitalizado, sem qualquer dependência de hardware. Isso dá ao programa a vantagem de poder rodar em praticamente todo dispositivo com acesso à internet, mas também dificulta a competição com os rivais Apple e Amazon, cada qual com seus próprios gadgets, caixas de som, computadores, celulares ou tablets que incentivam o uso de suas próprias soluções.
Nos últimos anos, a companhia até tentou fazer algumas parcerias com empresas, como a TecToy, que deu três meses de Spotify de graça no Brasil, mas nada que se compare com o poder de ter algo com a marca Spotify estampada.
1. Uso de IA para gostos musicais
A associação entre música e inteligência artificial parecia algo distante, mas o Spotify é o app que conseguiu juntar melhor essas duas vertentes. O programa é um dos softwares que lida melhor com o algoritmo de recomendação, que ajuda o usuário a descobrir novas músicas ou acompanhar o trabalho do seu artista favorito. Em agosto, por exemplo, a plataforma lançou um serviço para duas pessoas checarem se o gosto musical "dá match".
Fonte: The Things, Kannaken