Publicidade

Chrome vs Opera: qual o melhor navegador?

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 11 de Março de 2023 às 12h00

Link copiado!

Igor Almenara/Canaltech
Igor Almenara/Canaltech

Na disputa entre os navegadores, o Chrome tende a ser a solução mais óbvia para a maioria dos usuários, mas há quem esteja cansado de usar o programa do Google todos os dias. Nessas horas, o usuário olhará para os vários concorrentes e pode ficar perdido com a variedade de opções, vantagens e desvantagens de usar cada um deles.

Pensando em facilitar a vida dessas pessoas, o Canaltech preparou mais um comparativo entre navegadores. Desta vez, os programas colocados frente a frente são o Chrome e o Opera, ambos com fundações similares, mas com propostas distintas.

Abaixo, você confere como cada um desses navegadores se destaca em recursos extras, interface, app para celular, alternativas e, obviamente, na navegação diária. Confira tudo para ajudar a decidir qual o melhor programa para seu tipo de uso.

Continua após a publicidade

Interface

Desde a estreia em 2008, o Chrome aposta numa abordagem mais sóbria e direta ao ponto. O navegador dá destaque ao conteúdo acessado pela internet, minimizando a quantidade de elementos do programa na tela.

O Opera, por outro lado, é mais “carregado”. O programa parece ter como princípio ser uma ferramenta completa para navegação web, atendendo não só às necessidades primárias, mas também um “faz-tudo” para o dia a dia: há uma barra lateral recheada de funcionalidades e o menu de contexto é mais robusto, por exemplo.

Continua após a publicidade

Apesar de não ser tão discreto, o Opera não reinventa a roda. De certa forma, o navegador abraça algumas das convenções e tendências popularizadas pelo programa do Google, característica que proporciona familiaridade para quem está experimentando alternativas.

Sendo assim, as guias podem ser manipuladas com o mouse, as extensões mais importantes podem ser fixadas na barra superior e a “Nova guia” por padrão exibe as páginas mais relevantes para você.

Contudo, no celular as diferenças ficam mais gritantes: o Chrome aposta num visual bem enxuto, numa mesma linha do navegador para PC, mas o Opera apela para uma interface mais robusta (mesmo que intuitiva) para o uso de uma mão só: barra de ferramentas na parte inferior, botões maiores e muito suporte para gestos.

Continua após a publicidade

Chrome: aposta no básico

Apesar de ser bem mais versátil e refinado do que na estreia, o Chrome ainda é o mesmo navegador que conquistou o público mais de dez anos atrás. Em funcionalidades, o programa cresceu, corrigindo aquilo que era ruim, mas aperfeiçoando aquilo que era bom (tanto no PC quanto no celular).

Não é difícil entender como o Chrome funciona: a barra de endereços serve para inserir links, fazer pesquisas ou até navegar em menus de Configurações. A “Nova guia” reúne o que há de mais importante para o usuário, extensões são visíveis, mas não ocupam muito espaço da tela e o seu perfil permite sincronizar dados com outros dispositivos de forma automática — dá para continuar a navegação do PC no celular e vice-versa.

O Chrome é bem mais útil e encorpado do que era quando foi lançado, mas ainda não vai muito além no quesito "recursos extras". A interface do navegador segue com a mesma disposição de elementos, extensões podem ser baixadas pela Chrome Web Store e mais. Contudo, funções complementares, como proteção por senha nas guias anônimas, economia de memória RAM de abas esquecidas abertas e otimizações no consumo de energia, tornaram o navegador mais funcional para o usuário moderno.

Continua após a publicidade

Opera: tudo em um

Enquanto o Chrome é uma solução enxuta, o Opera não esconde suas ferramentas. O navegador tenta atender praticamente todas as necessidades da navegação web, até mesmo com recursos que poupam a abertura de abas adicionais no navegador.

Essa distinção também é visível em comparação ao Microsoft Edge (cujos detalhes foram destrinchados na análise do Canaltech). O Opera quer agir como um aliado para o seu dia a dia online, oferecendo integrações com as principais redes sociais e mensageiros, VPN gratuita e até carteira para criptomoedas.

Continua após a publicidade

Naturalmente, essa variedade de opções não serve para todo mundo e, na primeira viagem, é possível que a interface recheada de botões intimide. Várias das funções podem ser desabilitadas, mas é exatamente esse o diferencial dele — se não for aproveitá-las, vale mais usar outro programa ou ocultar a barra lateral.

Estrutura comum, soluções comuns

O fato de o Opera ser construído sobre o Chromium, motor de código aberto do Google que também alimenta o Chrome, é um ponto importante para garantir interoperabilidade de extensões entre ele e os principais rivais. A loja Opera Addons é muito menos rica em variedade de complementos do que a contraparte do Google, a Chrome Web Store.

Continua após a publicidade

Porém, uma vez capaz de instalar extensões de um programa no outro, usuários do Opera podem aproveitar as ferramentas construídas para o Chrome. Naturalmente, a compatibilidade tem algumas limitações e certos recursos podem não funcionar como o esperado, mas é provável que os principais complementos da loja funcionem bem em qualquer app baseado no Chromium.

Diferenças no celular

No mobile, a comparação entre o Chrome e o Opera toma rumo parecido. O Opera ainda é um navegador recheado de funções (algumas, às vezes, inúteis para o usuário) e o Chrome aposta numa abordagem mais sóbria e direta ao ponto: serve para acessar a web e atender as necessidades extras mais óbvias.

Continua após a publicidade

Porém, a interface do Opera é bem mais amigável para a navegação com uma mão só do que o Chrome. O acesso ao menu e às ferramentas adicionais no programa é feito na parte de baixo da tela, geralmente alcançável com o polegar, enquanto a seção fica no canto superior direito do Chrome.

A diferença pode parecer ínfima, mas é capaz de ser fator importante na hora de escolher um navegador para o dia a dia. A interface mais fácil de manipular do Opera pode ser um diferencial importante para donos de celulares grandes com mãos pequenas.

Apesar disso, é necessário ter em mente a sinergia entre o celular e o computador. É óbvio, nada impede você de usar o Opera no celular e o Chrome (ou qualquer outro navegador) no PC, mas adotar essa mistura implica em sacrificar uma das funções mais interessantes: a sincronização automática entre dispositivos, disponível em ambas as plataformas.

Sendo assim, a decisão ainda é bastante situacional. Depende de quantos e quais dispositivos você usa para acessar a internet e se o pareamento entre eles é importante para sua navegação diária.

Continua após a publicidade

Opera GX: o "navegador gamer"

Diferente do Google, a Opera aposta em diferentes vertentes para o navegador e, entre as alternativas, há o Opera GX, o "navegador gamer" da família.

O programa é quase como uma cópia idêntica ao Opera tradicional, mas com algumas perfumarias e ajustes finos para se enquadrar melhor com as necessidades de alguém que também usa o PC para jogar. O programa permite limitar o consumo de memória manualmente, tem atalhos rápidos para Twitch e Discord e muito mais — como a ideia aqui é a comparação entre o Opera "puro" e o Chrome, não entraremos em mais detalhes sobre o GX.

Continua após a publicidade

Chrome e Opera: qual o melhor?

É impossível apontar para o Chrome ou para o Opera e dizer qual é o melhor navegador de maneira assertiva e sem contextualizar. Existe aquele que melhor se enquadra nas suas necessidades e aquele que deixa a desejar, e a avaliação, naturalmente, depende de você.

No meu caso, o Opera é a melhor opção para navegador pessoal. Ter redes sociais e mensageiros disponíveis num clique é interessante para o uso diário, pois permite alternar entre as atividades sem acumular várias abas abertas simultaneamente.

O Chrome, porém, tem seu valor: para tarefas mais diretas e que requerem uso intenso do ecossistema do Google (Docs, Agenda e Drive, por exemplo), o navegador da casa é a melhor solução — e é o que se aplica à minha rotina de trabalho. Além disso, a sincronização automática com o celular Android, em que ele é instalado por padrão, é uma baita vantagem para o dia a dia e dispensa quase todo o trabalho de configurar essa interoperabilidade manualmente.

Continua após a publicidade

Se você está na dúvida, vale experimentar os dois programas por algum tempo — a leitura de outros comparativos, como o Microsoft Edge versus Opera e o Chrome versus Microsoft Edge também é válida.