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Microsoft Edge vs Opera: qual o melhor navegador?

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 17 de Dezembro de 2022 às 18h00

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Igor Almenara/Canaltech
Igor Almenara/Canaltech

Você decidiu largar o Chrome e optar por um navegador alternativo. Nisso, o Edge e o Opera chamaram a sua atenção por apresentarem propostas um pouco diferentes, mas não muito distantes do que o navegador do Google oferece. No final, fica a pergunta: qual programa escolher?

Com mais tempo de estrada, o Opera é uma solução bem mais madura que o programa da Microsoft. O programa existe desde 1995, mas passou por várias transformações até chegar ao estágio atual, construído sobre o Chromium e recheado de funcionalidades.

Já o Edge é um "herdeiro" do legado do Internet Explorer e, apesar de existir na estrutura do Chromium desde apenas 2020, se mostra uma solução interessante para o dia a dia, com um bom fluxo de atualizações, funções nativas que não vão muito além do básico e uma íntima integração com o ecossistema da Microsoft.

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Jogando uma luz sobre esse dilema, o Canaltech experimentou ambos os navegadores por um tempo e, agora, destaca alguns dos pontos mais importantes sobre cada um deles para ajudar você a escolher qual adotar.

Interface

Apesar das semelhanças estruturais, o Opera e o Edge são bem distintos visualmente. Enquanto o navegador da Microsoft herda várias das filosofias visuais mais sóbrias do Chrome, o Opera aposta numa interface de usuário mais parruda e recheada de recursos acessíveis com o mouse.

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O navegador da Opera Software ainda é bastante limpo visualmente, mas o maior apelo por fornecer atalhos e funções complementares faz com que o navegador tome mais espaço da tela. Exemplo disso está na barra lateral, uma das funcionalidades mais importantes do programa que, por padrão, dá acesso rápido a redes sociais (recentemente, o TikTok), plataformas de streaming e mensageiros instantâneos.

Não há nada de errado nas duas abordagens — cada uma delas atende um tipo de uso específico, e o Edge recentemente até implementou uma versão própria da barra lateral. Cabe ao usuário decidir se prefere ter mais espaço para o conteúdo acessado, ou se ter atalhos e funcionalidades complementares disponíveis por padrão é mais importante.

Aprendendo a usar o Opera

Para quem vem do Chrome, porém, utilizar o Opera requer tempo de adaptação. A maioria dos menus e ferramentas do navegador se comportam de forma diferente do que acontece no programa do Google, enquanto o Edge consegue amaciar essa transição com um visual e disposição de botões (quase) idêntica.

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Porém, não é como se o Opera fosse um navegador difícil de usar. O programa é bastante intuitivo em vários aspectos, inclusive nas configurações de ajustes e personalização. O único detalhe é que o processo de migração não é lá dos mais suaves, mas não está nem perto de ser impossível ou muito trabalhoso.

Opera: um canivete suíço

Na tentativa de se diferenciar dos demais, o Opera tenta entregar uma experiência robusta e completa logo de cara. O navegador é recheado de funcionalidades nativas, atalhos, complementos e outros extras para torná-lo um app único e fácil de usar logo de cara.

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Entre as funções complementares do Opera está o adblock nativo, o bloqueador de rastreadores, o serviço de VPN e o Crypto Wallet. Todas essas funcionalidades podem ser baixadas e utilizadas no Edge por meio de extensões de terceiros, mas o Opera poupa o usuário do trabalho de instalar tudo manualmente.

Experiência sóbria do Edge (por enquanto)

Ter um navegador recheado de funções pode ser um ponto negativo, entretanto. Alguns usuários preferem uma experiência mais enxuta, sem tantas firulas e recursos adicionais que muitas vezes não têm tanta importância para o dia a dia. Nesse sentido, o Microsoft Edge se destaca — ao menos por enquanto.

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Até agora, o navegador da MS se mostra uma alternativa bem eficiente e direta ao ponto: ele serve para acessar a internet com praticidade, numa interface intuitiva e fácil de entender, com amplo suporte para extensões e íntima integração com o ecossistema da companhia. Contudo, é evidente nas últimas atualizações que o programa seguirá por um caminho semelhante ao Opera em quantidade de recursos.

Tais adições complementares, inclusive, já foram alvo de polêmicas. No Reddit, a Microsoft foi criticada por implementar um mecanismo de compras parceladas de forma nativa no Edge, função que nem todos os usuários precisam. Some isso ao fato de o Edge ser o navegador padrão do Windows e toda uma comunidade se sente invadida por uma publicidade indesejada.

Em 2022, o navegador da MS recebeu uma barra lateral própria com utilitários do ecossistema Microsoft. A função é útil especialmente para quem aproveita o ecossistema da companhia, mas está longe de ser agradável para quem só quer um aplicativo para acessar a internet. Felizmente, a exibição do recurso é totalmente opcional.

Vantagens do Chromium

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Tanto o Opera quanto o Microsoft Edge são construídos sobre o Chromium, projeto de código aberto do Google que também alimenta o Chrome, o navegador mais popular do mundo. Apesar de essa semelhança retirar variedade no mercado, ela proporciona uma grande vantagem para o consumidor final: ampla compatibilidade com extensões.

O Opera tem a loja Opera Addons, o Edge tem a Complementos do Edge e ambos podem utilizar a Chrome Web Store para baixar extensões sem qualquer gambiarra. A interoperabilidade entre programas garante suavidade na transição de quem experimenta os três navegadores para escolher o favorito, ou para aquele que pretende sair um pouco do tradicional e utilizar o Opera como aplicativo principal.

A satisfação com o catálogo de cada loja varia de acordo com o usuário, naturalmente. Tanto na plataforma do Opera quanto na do Edge há opções de complementos para facilitar a navegação do dia a dia e temas para mudar a aparência do app.

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Vale ressaltar que nem toda extensão feita para o Edge funciona no Opera e vice-versa, tampouco que as ferramentas construídas para o Chrome rodam sem problemas nos navegadores menores. Há a possibilidade de os recursos apresentarem problemas ao serem instalados em aplicativos diferentes, então esteja ciente desses eventuais engasgos.

Opera e Edge no celular

Assim como no PC, o Edge e o Opera também são bem diferentes no mobile. Cada um dos navegadores aposta numa pegada distinta em interface, ambos sem abrir mão de uma experiência intuitiva, fluida e prática para o dia a dia.

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Novamente, o Opera tenta se destacar pela maior variedade de funcionalidades. O serviço de VPN, a Crypto Wallet e o adblock estão presentes no programa direto da instalação (inclusive, este último ativado por padrão). É bem fácil integrá-lo à rotina de navegação, especialmente se você já conhecer as finalidades de cada ferramenta.

O Edge, por outro lado, é significativamente mais sóbrio. O navegador até entrega certos recursos extras de forma nativa e a integração íntima com o ecossistema da empresa certamente representa uma vantagem para quem está dentro desses serviços.

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No resto, ambos são bem parecidos: há um forte apelo pela continuidade de navegação entre o PC e o celular, com guias sincronizadas entre aplicativos, preenchimento automático de senhas e cartões, infinitas opções de personalização (mais vastas no Opera, por sinal) e mais.

Disputa no mercado

Em popularidade, é óbvio que o Microsoft Edge tem ampla vantagem sobre o Opera. Sua presença nativa nos computadores com Windows torna qualquer usuário do sistema um consumidor em potencial a um clique de distância, enquanto o processo de uso do Opera requer instalação pela web (geralmente a partir do próprio Edge).

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O gráfico de fatia de mercado do site StatCounter ressalta essa disputa: entre os principais navegadores, o Opera aparece na lanterna, atrás inclusive do Firefox. Essa diferença se tornou ainda mais relevante desde abril de 2022, quando o app da MS superou o Safari e conquistou a posição de segundo principal navegador para desktop, atrás somente do Chrome.

A maior relevância do Edge garante ao navegador mais atenção de desenvolvedores de extensões, por exemplo, dando a ele um maior catálogo de ferramentas complementares. A comunidade do Opera ainda é forte, mas é fato que uma base maior de usuários atrai muito mais os olhos de programadores.

Opera GX: o irmão menor

Uma alternativa da Opera Software para o público aficionado por games e por controle refinado de desempenho é o Opera GX, o navegador gamer da companhia. Trata-se de um aplicativo bem semelhante ao Opera em funcionalidades e estrutura, mas um tanto mais “moderno” e “diferentão” no visual.

O Opera GX apela por uma interface voltada para o público gamer, com arestas e contornos bem detalhados e personalizáveis, controle refinado de consumo de recursos (processador e RAM) e outras funcionalidades, como o GX Corner (central de notícias de jogos) e o GX Cleaner (limpador de dados nativo), que prometem incrementar a experiência com o programa.

Opera e Edge: qual o melhor?

Com essas informações todas em mente, você ainda deve se perguntar qual o melhor navegador, o Opera ou o Edge? A resposta, assim como na análise entre "Chrome vs Edge" é: depende. Em termos de qualidade, ambos se apresentam estabilidade, funcionalidades e vantagens bem definidas.

O Edge é o navegador da Microsoft, um dos produtos do ecossistema da companhia, intimamente integrado ao sistema operacional Windows (instalado por padrão, aliás), com interface próxima do Chrome e funções próprias que incrementam pouco a navegação do dia a dia. Já o Opera, por outro lado, é quase um "canivete suíço", com uma série de funções integradas para aprimorar de verdade o uso diário e poupar a instalação de extensões, mas ainda com uma interface sóbria e intuitiva, apesar de ser um pouco diferente do que foi estabelecido pelo app do Google.

Essa mesma resposta vale para cada um dos programas para celular — e o ideal é que o usuário use o app para desktop e celular juntos para aproveitar ao máximo a sincronização entre dispositivos. A escolha de cada um dos programas recai ao gosto do usuário por cada uma das interfaces e funcionalidades integradas.