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Chrome vs Edge: qual é o melhor navegador?

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 11 de Setembro de 2022 às 13h00

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Igor Almenara/Canaltech
Igor Almenara/Canaltech

Embora o Google Chrome seja o navegador mais usado do mundo, a disputa entre programas é bastante acirrada ao falar sobre os recursos que oferecem. A Microsoft, que por anos dominou a internet com o Internet Explorer, voltou a figurar na lista de principais apps do segmento com o novo Edge, este baseado no Chromium, projeto de navegador de código aberto da Gigante das Pesquisas.

A estrutura semelhante garantiu aos dois navegadores semelhanças evidentes, inclusive no cronograma de updates. Agora, Chromium e Edge se distinguem nos caprichos e abordagens de suas respectivas desenvolvedoras, cada uma com um próprio ecossistema de produtos e serviços.

Dito isso, a comparação entre navegadores é delicada e as diferenças sutis podem ter grande impacto principalmente no uso diário. Para tentar ajudar você a decidir qual programa adotar, o Canaltech destrinchou o Chrome e o Edge e explica neste artigo o que cada um deles oferece de melhor.

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Interface

Quando o Chrome estreou em 2008, ele se destacou pela sua interface limpa e com foco em conteúdo. Numa época em que os navegadores eram abarrotados de barras complementares para fazer funções básicas, como pesquisas, pastas adicionais e adições extensões, sua abordagem mais sóbria atraiu atenção de muitos usuários, que viam mais espaço da tela sendo aproveitado para exibir a página web em si.

Com o tempo, a abordagem do Google virou tendência e, hoje, boa parte dos navegadores optam por uma exibição mais enxuta e com uso inteligente do espaço. Sobre isso, dá para dizer que o Chrome e o Edge são bastante parecidos: a barra superior de ambos os programas usam o espaço de forma inteligente e intuitiva.

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Tanto no Chrome quanto no Edge, a barra superior pode ser personalizada com cores e até imagens de fundo. Extensões são exibidas no canto superior direito, a barra de favoritos fica logo abaixo (e pode ser ocultada por padrão) e até o menu de Configurações é familiar.

Além disso, o Menu de Contexto de ambos os apps também é bastante versátil. Dependendo de onde clica, as opções variam e fornecem atalhos para funções recorrentes, como a busca por imagens, captura de tela, transmissão de conteúdo, criação de código QR para a página e mais.

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No celular é diferente

Os aplicativos mobile de ambos os navegadores, porém, são bastante distintos. A Microsoft opta por um visual mais abarrotado de informações — úteis para determinados usos, vale ressaltar. A barra inferior do programa da MS pode ser estendida para ter acesso a ferramentas extras que, no Chrome, podem ser encontradas ao tocar e segurar sobre algum elemento ou no menu do canto superior direito.

Essa característica do Edge, porém, não é de toda ruim: a interface dele para celular é significativamente mais fácil de usar com uma mão só, enquanto no Chrome as opções ficam todas na parte superior da tela, difíceis de alcançar com o polegar. O usuário tem menos espaço para o conteúdo acessado, mas tem uma usabilidade bem mais agradável.

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Extensões e complementos

A discussão sobre extensões do Chrome e complementos do Edge é igualmente cheia de semelhanças — novamente, devido à adoção do Chromium. Ambas as plataformas têm uma loja própria — Chrome Web Store e Complementos do Edge — que oferecem um catálogo vasto de opções. Basta clicar sobre uma das ferramentas para tê-las baixadas e instaladas.

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Para muitos, extensões são a alma do Chrome e a enorme variedade de complementos é um dos principais motivos para adotá-lo como navegador principal. São ferramentas que aplicam tema escuro, facilitam traduções de páginas, convertem formatos de imagens salvas, corretores automáticos, acesso remoto e muito mais.

Dada a sua estrutura semelhante, ferramentas de um navegador também funcionam no outro. Se um complemento foi construído para o Chrome, ele provavelmente pode funcionar no Edge (e nos outros apps baseados em Chromium) sem tanta dificuldade. Pode ter algum problema de compatibilidade, mas geralmente são contornáveis. Sendo assim, nesse quesito, dá para declarar um “empate técnico” entre os dois navegadores.

Popularidade e compatibilidade

Por ser um navegador mais antigo, o Chrome toma vantagem em compatibilidade e, principalmente, popularidade. No segmento em que atua, o programa do Google é de longe o mais usado no mundo, com ampla vantagem sobre o segundo colocado (Safari) e ainda maior sobre o terceiro (que alterna entre o Edge e o Firefox).

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O longo tempo de estrada também dá um ponto de vantagem para o Chrome em termos de compatibilidade, ele está disponível para praticamente todo tipo de sistema: Windows, Linux, macOS, Android e iOS. O Edge não está muito atrás, mas foi só em outubro de 2021 que o app da Microsoft ganhou uma versão estável para rodar no Linux.

Sincronização entre dispositivos

O Chrome faz parte do ecossistema Google ao lado do Android, sistema operacional de celulares mais usado do mundo. Essa presença garante uma íntima integração do navegador com o SO — que, aos não tão fãs do navegador, costuma até a incomodar. A experiência de usar o Chrome num computador e no celular é bastante fluida e configurada sem dificuldades.

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O Edge até sincroniza dados entre dispositivos, sim. Contudo, a força do navegador está na sua relação com o Windows. No celular, a experiência varia: uma vez vinculado, o programa consegue oferecer uma experiência de navegação ininterrupta entre aparelhos, mas não chega a ter tanta eficiência quanto o app do Google. O ponto, então, fica para a Gigante das Pesquisas.

O "problema" do Edge: a Microsoft

O Edge baseado no Chromium foi um enorme avanço para a Microsoft na construção de um navegador eficiente, rápido e convidativo, contudo, não dá para ignorar que a empresa abusa de estratégias nada amigáveis para impulsionar a popularidade dele.

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Para quem usa Windows, a insistência pelo uso do Edge é notável. Em algumas versões, o sistema chegou a dificultar a troca do navegador de preferência, e frequentemente insiste programa ao abrir seções web a partir do SO e outros inconvenientes.

Além disso, provavelmente na tentativa de tornar o navegador mais rentável e íntimo ao ecossistema da empresa, a Microsoft costuma incluir bloatwares ao programa e o enche de atalhos para outros serviços do ecossistema (Microsoft 365, Bing e Outlook, por exemplo).

Nesse aspecto, não dá para dizer que o Google também é "santo" em sua tática de popularização — o navegador da empresa é instalado por padrão em todo celular Android e se livrar dele não é tarefa fácil. Contudo, uma vez escolhido outro navegador, a empresa tende a não questionar a decisão do usuário — ao menos não tanto quanto a Microsoft faz.

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Além disso, o Chrome continua seguindo seu princípio de ser um programa sóbrio e direto ao ponto. É fato que ao longo dos anos ele evoluiu bastante e está cheio de funcionalidades adicionais que complementam a experiência, mas o pacote não costuma ser intrusivo no dia a dia.

Chrome ou Egde: qual é melhor?

Dada a essência quase idêntica, é bem difícil apontar para o Chrome ou o Edge e afirmar que um é melhor que o outro. Portanto, a escolha cai no famoso “depende”. O Chrome ganha do Edge pela praticidade em sincronização de múltiplos dispositivos, é significativamente mais popular e amadurecido que a solução da Microsoft e o seu visual é extremamente familiar e intuitivo. É pegar e começar a usar, sem mistérios.

O Edge também tem suas vantagens. Para quem usa o Windows, ter o navegador instalado por padrão é uma baita mão na roda graças também à íntima integração com o sistema. Sua conta Microsoft gerencia tudo que há nele, então é bem fácil de usar integrado ao ecossistema da empresa, principalmente para usuários do Microsoft 365.

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No celular, a abordagem distinta em interface também é interessante. Apesar do visual mais lotado de informações, a praticidade no uso com uma mão no Edge é realmente vantajosa e, novamente, a integração com o ecossistema da companhia também pode proporcionar maior agilidade.

Contudo, o Microsoft Edge é um navegador ainda em crescimento. Trata-se de um programa lançado em janeiro de 2020 que ainda engatinha na compatibilidade com outros sistemas operacionais, incluindo o Linux — o que torna o Chrome o vencedor nessa disputa neste momento.