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Apple explica por que é contra lei que quer acabar com monopólio da App Store

Por  • Editado por  Douglas Ciriaco  | 

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Reprodução/Apple
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Em um apelo às autoridades, a Apple alega que um projeto de lei em discussão na Comissão de Justiça do Senado dos Estados Unidos enfraqueceria a privacidade dos seus usuários. O projeto bipartidário apelidado de American Innovation and Choice Online Act propõe limites sobre o domínio das maiores empresas de tecnologia dos Estados Unidos, incluindo a Maçã, Google, Meta e outras.

Se aprovada, a lei poderia impedir que a Apple bloqueasse o sideloading no iPhone, isto é, download de aplicativos por fora da App Store, algo que a fabricante se opõe há anos. Segundo uma carta obtida pelo site MacRumors, a marca afirma que a medida tornaria os consumidores alvos de malware, ransomware e golpes.

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“O projeto de lei coloca os consumidores em risco por causa do risco real de violação de privacidade e segurança. Além de tornar as proteções de privacidade e segurança quase ineficientes, as leis permitiriam que criminosos e golpistas evitassem completamente as proteções de privacidade e segurança da Apple”, explica o lobista da Apple Timothy Powderly, que assina a carta.

O executivo alega que a instalação de aplicativos diretamente da internet contornaria políticas de revisão e avaliação da App Store e, consequentemente, usuários estariam expostos a programas maliciosos. Além disso, a Apple seria impedida de fornecer novas proteções de privacidade e segurança para evitar essas novas ameaças.

O problema também está com concorrentes

Contudo, para a Apple, não é só na qualidade da experiência do usuário final que mora o perigo da nova lei estadunidense, mas também na comercialização de dados pessoais. Na carta, Powderly diz que o projeto de lei seria uma “grande vitória para aqueles que lucrariam coletando ainda mais dados pessoais”.

Sem citar nomes, a fabricante também menciona o perigo de entregar informações para empresas “irresponsáveis” com os dados dos usuários e que foram contra a implementação do App Tracking Transparency no iOS 14.5 no ano passado. A indireta foi discreta, mas aparentemente a Maçã se refere à Meta, com quem travou uma longa briga recentemente em torno dessa questão.

Políticos respondem

Em resposta à mensagem, a senadora Amy Klobuchar, que ocupa uma cadeira na Comissão de Justiça, acusa a Apple de “tentar desesperadamente” preservar o monopólio da App Store. O domínio da marca permite “cobrar taxas enormes de empresas com as quais estão competindo”, disse.

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“Sejamos claros: trata-se de uma empresa trilionária mais do que capaz de proteger a privacidade e a segurança, ao mesmo tempo em que oferece aos consumidores mais opções e permitir a concorrência”, complementou.

Lei ainda pode mudar

Por enquanto, o American Innovation and Choice Online Act está em discussão entre senadores e ainda será avaliada com profundidade pelas autoridades. A aprovação do projeto provavelmente enfrentará resistência de outras gigantes da tecnologia.

Fonte: WSJ, MacRumors