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Acesso a sites de pirataria aumentou 16% em 2021

Por| Editado por Jones Oliveira | 01 de Fevereiro de 2022 às 19h20

Reprodução/moritz320, Pixabay
Reprodução/moritz320, Pixabay
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O acesso a sites que disponibilizam conteúdo pirata aumentou 16% em 2021, contrariando uma expectativa de queda nesse tipo de utilização que vinha sendo ventilada por analistas. Os dados colocam as séries de TV como o conteúdo mais buscado em todo o mundo, representando mais da metade das 132 bilhões de visitas registradas em serviços desse tipo ao longo dos primeiros nove meses do ano passado.

O Brasil aparece como o quinto colocado no ranking global de pirataria, contribuindo com mais de 4,5 bilhões de visitas aos sites avaliados. Enquanto isso, os Estados Unidos seguem liderando o ranking, com 10% do volume total de acessos e 13,5 bilhões de visualizações, acima da Rússia (7,2 bilhões), Índia (6,5 bilhões) e China (5,9 bilhões).

Acesso a sites de pirataria aumentou 16% em 2021
Brasil aparece na quinta colocação entre os países que mais visitam sites piratas; para consultoria, aumento registrado em 2021 não deve ser motivo de pânico para os estúdios (Imagem: Divulgação/Akamai)

De acordo com as informações, os filmes mais baixados nos primeiros nove meses de 2021 foram Godzilla Vs. Kong, Liga da Justiça de Zack Snydere Viúva Negra. Entre as séries, o pódio ficou com Loki, Wandavisione Rick e Morty, nessa ordem — Round 6 pode aparecer em levantamentos futuros para mudar as coisas, já que estreou no final de setembro de 2021, enquanto a pesquisa leva em conta apenas os primeiros nove meses do ano passado, antes da absurda popularidade do seriado da Netflix.

Apenas quando se fala em séries de TV, o levantamento registra um volume de mais de 67 bilhões de visitas e pouco mais de 50% do total. Por incrível que pareça, os livros ficaram em segundo lugar, com 23%, à frente de filmes (11%), música (8%) e softwares (7%), o que inclui tanto aplicativos pagos, bastante procurados na mudança para o home office, quanto jogos eletrônicos.

O levantamento foi feito pela empresa de análise Akamai em parceria com a MUSO, especializada no rastreamento da pirataria, e chama a atenção por números que superam os do mesmo período de 2020, no auge da pandemia. Com as medidas de isolamento social ainda recentes, muita gente isolada em casa recorreu à pirataria em busca de entretenimento, mas, ainda assim, os totais de 2021 representaram, apenas nos primeiros nove meses, mais do que a soma completa do ano anterior.

Segundo levantamento, Loki foi a série mais pirateada de 2021; nos filmes, coroa ficou com Godzilla vs Kong (Imagem: Reprodução/Akamai)
Segundo levantamento, Loki foi a série mais pirateada de 2021; nos filmes, coroa ficou com Godzilla vs Kong (Imagem: Reprodução/Akamai)
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Balanço do navio pirata

Apesar do aumento significativo registrado pelo segundo ano consecutivo, a Akamai aponta que ainda é cedo para afirmar que essa é uma tendência já que o crescimento da pirataria está ligado diretamente à pandemia. A ideia é que, com o retorno das atividades normais no período pós-vacina, os dados voltem ao patamar visto antes do período de isolamento social.

A consultoria aponta dados que mostram, por exemplo, que as visitas a sites de pirataria caíram pela metade entre 2017 e 2020 na Europa. Globalmente, também houve queda de 7% nos acessos entre 2017 e 2018. Numericamente, os dados também mostram baixa, com o aumento de 16% registrado em 2021 representando um volume 35% menor em relação aos 206 bilhões de acessos a serviços desse tipo de três anos atrás.

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Em grande parte, a redução no interesse por conteúdos disponibilizados ilegalmente está relacionada diretamente à proliferação dos serviços de streaming, que estreiam conteúdos de forma simultânea na maioria dos países. Enquanto isso, outro dado importante indica que a maior parte dos usuários de sites piratas pagam por pelo menos uma plataforma desse tipo, usando os downloads para consumir materiais de fontes que consideram caras ou não desejam assinar.