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Enchente relâmpago e inundação causam mortes no Afeganistão

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Maio de 2024 às 17h26

Wolfgang Hasselmann/Unsplash
Wolfgang Hasselmann/Unsplash
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Para além do Rio Grande do Sul, outros lugares no mundo enfrentam problemas associados com os alagamentos nos últimos dias. É o caso da região mais ao norte do Afeganistão, onde uma “enchente relâmpago” e inundações repentinas provocaram a morte de mais de 300 pessoas, sem permitir que medidas de redução de danos fossem tomadas. 

No total, as autoridades identificaram pelo menos 315 mortes após as inundações no Afeganistão. Além disso, outras 1,6 mil pessoas foram feridas durante a tragédia e recebem cuidados médicos. Casas foram destruídas, e animais também morreram.

“Não temos comida, nem água potável, nem abrigo, nem cobertores, nada”, conta Muhammad Yahqoob, morador da região que perdeu familiares durante as enchentes, para a agência de notícias Reuters. “As inundações destruíram tudo”, reforça.

A seguir, confira imagens da situação enfrentada no país:

Vale destacar que, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), o Afeganistão está entre os 10 países mais vulneráveis ​​às mudanças climáticas e tem registrado um aumento de eventos climáticos extremos, o que inclui as inundações recentes.

Situação no Afeganistão

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“As fortes chuvas e as subsequentes inundações perturbaram vidas e representam um risco significativo para as crianças nas províncias afetadas”, afirma Tajudeen Oyewale, representante do Unicef no Afeganistão, em nota. 

“À medida que as famílias enfrentam a situação, é fundamental manter o acesso à água potável e aos serviços de saúde e de proteção”, acrescenta Oyewale sobre o que é necessário, neste momento, após o pior momento do evento climático extremo.

Enchente relâmpago provoca destruição no Afeganistão, com alguns paralelos com a situação no Rio Grande do Sul (Imagem: Mohammad Husaini/Unsplash)
Enchente relâmpago provoca destruição no Afeganistão, com alguns paralelos com a situação no Rio Grande do Sul (Imagem: Mohammad Husaini/Unsplash)

Para ajudar a população afegã após a enchente relâmpago e repentina — basicamente, uma inundação que ocorreu em pouco tempo, em áreas de baixa altitude —, o Unicef enviou roupas, cobertores e materiais de higiene para a região. Também foram deslocados médicos para auxiliar no atendimento.

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Enchentes e inundações no mundo

No último mês, episódios de enchentes e inundações foram relatados em diferentes pontos do mundo, além do Afeganistão e do Brasil — no Rio Grande do Sul. Cidades da China e Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, enfrentaram fortes chuvas, o que causou um rastro de destruição.

Entre as explicações para essas tragédias, estão as mudanças climáticas. Conforme a temperatura média do planeta aumenta, crescem as chances de eventos climáticos extremos ocorrerem, segundo diferentes pesquisas internacionais. 

Esta relação entre o aumento das temperaturas e as catástrofes naturais também foi apontada junto às conclusões do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), documento desenvolvido para guiar os formuladores de políticas públicas no Brasil.

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Por exemplo, se as temperaturas subirem 1,5 °C em relação ao nível pré-industrial, a previsão é que as chuvas intensas — aquelas que causam enchentes e inundações — vão ocorrer 1,5 vezes mais, com uma intensidade 10,5% maior. Isso vai aumentar o número de tragédias, como a que ocorre no Sul do Brasil, mas terá um efeito também global.

Fonte: Unicef e Reuters