China emite alerta vermelho, após chuvas torrenciais e alagamentos
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Não é apenas Dubai que vive o pesadelo do alagamento. Em Guangdong, no sudeste da China, a situação é ainda mais preocupante: desde a última sexta-feira (19), a província se depara com uma inundação recorde, responsável pela morte de pelo menos quatro pessoas. Mais de 110 mil precisaram deixar suas casas às pressas.
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Diante do ocorrido, helicópteros e barcos foram mobilizados quando as inundações atingiram áreas centro-norte ao longo do rio Bei. As autoridades chinesas confirmaram que o fluxo de água atingiu o máximo dos últimos 100 anos.
Ao todo, 300 equipes de emergência foram mobilizadas no sábado para resgatar moradores presos em seis vilarejos da cidade de Jiangwan, onde as estradas foram cortadas por deslizamentos de terra. Pelo menos seis pessoas nas aldeias ficaram feridas.
Na cidade de Qingyuan, no centro de Guangdong, os níveis de água em algumas áreas atingiram o primeiro andar dos edifícios na manhã de domingo e inundaram casas e lojas.
Recorde de inundação
A precipitação média em Guangdong totalizou 121,8 mm das 10h de sexta-feira às 11h de domingo. Enquanto isso, a Administração Meteorológica da China fez a previsão de que fortes chuvas devem continuar até esta terça-feira (23), com 100 mm a 170 mm de chuva.
A chuva impactou diversos serviços, como os ferroviários: mais de 300 trens retornaram ou foram suspensos entre sexta-feira e domingo. Os serviços de internet só foram restaurados no domingo. Algumas escolas em áreas fortemente afetadas foram suspensas na segunda-feira.
Os próprios moradores reconhecem que esse tem sido um problema relativamente recente: em sua perspectiva, antes de 2022, raramente chovia tanto como agora, e as inundações nunca foram tão altas.
Quanto às mortes da inundação: três aconteceram durante fortes chuvas na cidade de Zhaoqing, enquanto a quarta aconteceu durante uma missão de resgate na cidade de Shaoguan, segundo as autoridades da China.
Fonte: South China Morning Post