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O céu não é o limite | Nave colide com asteroide, Júpiter perto da Terra e mais!

Por| Editado por Patricia Gnipper | 01 de Outubro de 2022 às 20h00

NASA/Steve Gribben/A. Simon/M. H. Wong/Xinhua/Ou Dongqu
NASA/Steve Gribben/A. Simon/M. H. Wong/Xinhua/Ou Dongqu
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Deu tudo certo! O asteroide Dimorphos levou uma "pancada" da nave DART, da NASA, durante a missão que tenta desviar a órbita da rocha espacial. Além das imagens registradas pela câmera da própria sonda, alguns telescópios, incluindo o Hubble e James Webb, observaram o evento.

Confira abaixo essa e outras notícias astronômicas que foram destaque na última semana:

NASA choca nave contra asteroide Dimorphos

A missão Double Asteroid Redirection Test (DART), da NASA, colidiu com Dimorphos, a "lua" do asteroide Didymos, após uma viagem de mais de 11 milhões de quilômetros. A agência espacial acompanhou tudo pela câmera da nave e transmitiu a aproximação e o impacto da DART ao vivo, pela internet. Além disso, telescópios registraram o momento.

O objetivo da NASA é testar uma abordagem de defesa planetária para usar quando um asteroide ameaçar nosso planeta. O impacto deve causar uma leve mudança na órbita de Dimorphos; uma medição desse desvio deve ser analisada no futuro. Os telescópios espaciais Hubble e James Webb também filmaram o momento da colisão.

A maior aproximação de Júpiter dos últimos 59

Simulação da aproximação de Júpiter no dia 26 de setembro, observado com um telescópio de 125mm de abertura e ocular de 6mm (Imagem: Reprodução/Stellarium)
Simulação da aproximação de Júpiter no dia 26 de setembro, observado com um telescópio de 125mm de abertura e ocular de 6mm (Imagem: Reprodução/Stellarium)
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Na noite entre segunda e terça-feira, Júpiter se aproximou da Terra com a menor distância dos últimos 59 anos. A olho nu, o planeta se destacou como o objeto mais brilhante do céu — até mesmo porque a Lua estava em fase Nova, ou seja, não apareceu durante a noite.

Aqueles que possuem telescópios domésticos simples ou mesmo um bom par de binóculos (e tiveram a sorte de encontrar um céu livre de nuvens e neblina), puderam ver as luas galileanas. Telescópios com abertura razoável e lentes adequadas puderam revelar as manchas do gigante gasoso.

Rajada rápida de rádio muito estranha em outra galáxia

Com 500m de abertura, o FAST detectou rajadas rápidas de rádio pra lá de estranhas (Imagem: Reprodução/Ou Dongqu/Xinhua)
Com 500m de abertura, o FAST detectou rajadas rápidas de rádio pra lá de estranhas (Imagem: Reprodução/Ou Dongqu/Xinhua)
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O FAST (Five-hundred-meter Aperture Spherical Telescope) detectou uma das rajadas rápidas de rádio mais misteriosas: 1.863 explosões muito rápidas no intervalo de apenas 82 horas. O evento desafia o que astrônomos sabiam até agora sobre esse tipo de fenômeno e descartam magnetares como fonte (ao menos nesse caso).

A variação irregular e de curta duração também surpreendeu os cientistas. As rajadas aumentaram e diminuíram durante os primeiros 36 dias de observação e pararam repentinamente durante os últimos 18 dias, um comportamento totalmente inesperado. Além disso, a densidade de partículas nas proximidades da fonte do brilho também foi anormal. Ainda não há explicações para o evento.

Atmosfera de Júpiter tem onda de calor gigante

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Não é porque Júpiter está bem afastado do Sol que não há ondas de calor por lá. Na verdade, cientistas descobriram uma região cujas nuvens mais externas têm mais de 400 °C. Essa faixa, em destaque no vídeo acima, é equivalente ao diâmetro de 10 planetas Terra.

A previsão dos pesquisadores era que a atmosfera superior de Júpiter fosse bem gelada, com cerca de -70 °; afinal, o planeta recebe 4% da luz solar em comparação com a luz recebida pela Terra. Mas, às vezes, o universo surpreende. Principalmente em um planeta com auroras permanentes, que provavelmente são as responsáveis por essas temperaturas.

Como solucionar mistério do "som" mais alto do universo?

O chamado "rugido" em ondas de rádio é seis vezes mais alto que o esperado (Imagem: Reprodução/Tobias Roetsch/Future)
O chamado "rugido" em ondas de rádio é seis vezes mais alto que o esperado (Imagem: Reprodução/Tobias Roetsch/Future)
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Não, o som não se propaga pelo universo. Mas se pudesse, muitos eventos colossais emitiriam sons ensurdecedores. O "rugido" — um sinal de rádio detectado em 2006 — é um deles. A emissão não tem uma fonte específica, vem de toda parte e é tão forte que impede a detecção da primeira geração de estrelas.

Ainda não existe explicação para o rugido, mas para solucionar o mistério os astrônomos pretendem usar o balão do ARCADE — um instrumento capaz de voar pela atmosfera superior para observar o universo sem a interferência das emissões de rádio da superfície. Além do ARCADE, outros observatórios podem ajudar, como o radiotelescópio de 91 metros em Green Bank e o Low-Frequency Array (LOFAR).

James Webb revela detalhes ocultos de galáxia distante

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Com seus instrumentos de infravermelho, o James Webb fotografou a galáxia IC 5332 e obteve uma imagem fascinante. No vídeo acima, você a observa também com uma foto feita pelo Hubble em luz visível. Ao comparar as duas, as diferentes "habilidades" de ambos os telescópios ficam ainda mais evidentes.

O destaque da imagem do James Webb fica por conta das estruturas entre os braços espirais da galáxia. Isso ocorre porque a luz visível detectada pelo Hubble não consegue atravessar as nuvens de poeira entre os braços, mas o James Webb não enfrenta esse problema, já que consegue capturar luzes invisíveis capazes de atravessas essas nuvens.

Sonda fica pertinho da lua Europa

Parte da superfície congelada da lua joviana Europa (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/SWRI/MSSS)
Parte da superfície congelada da lua joviana Europa (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech/SWRI/MSSS)
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A sonda Juno sobrevoou a lua Europa, de Júpiter, e fez algumas fotos bem de pertinho, a 352 km da superfície. Essas são provavelmente as imagens de mais alta resolução já obtidas deste corpo celeste e a NASA já publicou a primeira delas (acima). Outras devem ser reveladas em breve, talvez com registros das plumas de água expelidas sobre a superfície.

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