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Hubble e James Webb observaram colisão da DART em asteroide; veja imagens

Por  • Editado por  Patricia Gnipper  | 

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NASA, ESA, CSA, and STScI
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Os telescópios espaciais James Webb e Hubble acompanharam a colisão histórica da nave DART contra Dimorphos, um asteroide que orbita Didymos, outra rocha espacial. Esta foi a primeira vez que ambos os telescópios observaram o mesmo alvo juntos, de modo que cada um capturou imagens únicas do choque da nave contra o asteroide durante o primeiro teste já feito de uma técnica de defesa planetária.

A colisão aconteceu na segunda-feira (26) por volta das 20h15, no horário de Brasília — mas, antes mesmo dela, o telescópio James Webb já estava observando o local do impacto. O Webb observou o local por mais de cinco horas e, depois que a DART atingiu Dimorphos, as imagens do instrumento Near-Infrared Camera (NIRCam) mostraram um núcleo compacto e plumas de material expelidas após a colisão.

Confira o vídeo abaixo, com as imagens do telescópio:

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Para conseguir voltar ao asteroide os “olhos” do maior e mais poderoso telescópio já lançado ao espaço, as equipes de operação de voo, planejamento e ciência do James Webb precisaram de muita preparação. A dupla de asteroides se movia rapidamente no céu, e eles dedicaram as semanas antes da colisão para habilitar e testar um método de monitoramento de asteroides mais rápido que o limite de velocidade original usado no Webb.

Já o telescópio Hubble conseguiu observar Dimorphos antes da colisão, e depois o observou novamente 15 minutos após o impacto. As imagens feitas com o instrumento Wide Field Camera 3 registraram o impacto na luz visível, com os detritos ejetados aparecendo como raios “escapando” do corpo do asteroide.

Veja a animação abaixo, que combina as fotos do telescópio:

O Hubble capturou 45 imagens no total, que mostram o momento logo antes do impacto e pouco depois dele. O material ejetado, que aparece no lado esquerdo do asteroide, indica o local que a DART atingiu o asteroide. Curiosamente, as fotos parecem mostrar que o brilho de Didymos aumentou três vezes após o impacto e se manteve estável por cerca de oito horas.

Você deve ter percebido que alguns dos raios parecem estar levemente curvados, mas a equipe do telescópio precisará estudar mais as imagens e os dados para entender o que isso pode significar.

Os próximos passos da missão DART

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Juntas, as observações do James Webb e Hubble vão ajudar os cientistas a aprender mais sobre as características da superfície de Dimorphos, a quantidade de material liberada pela colisão e a velocidade com que estes detritos se moveram. Como cada telescópio observou o evento em diferentes comprimentos de onda do espectro eletromagnético, eles podem revelar a distribuição das partículas na nuvem de poeira em expansão.

Na prática, estas informações podem mostrar se o impacto da DART liberou grandes fragmentos rochosos, ou se a pluma de detritos era composta por poeira fina. Estas informações são essenciais para os cientistas entenderem como a técnica se sai quando o assunto é alterar a órbita de asteroides.

Agora, os cientistas planejam observar o asteroide com os instrumentos Mid-Infrared Instrument (MIRI) e Near-Infrared Spectrograph (NIRSpec), do James Webb, para saber mais sobre sua composição química. Já o Hubble passará as próximas três semanas monitorando Dimorphos, realizando observações mais longas para analisar como a nuvem de detritos se expande e desaparece com o tempo.

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Não pense que o acompanhamento dos resultados da DART acaba por aí. Em 2024, a Agência Espacial Europeia irá lançar a missão Hera com destino à dupla de asteroides, para realizar um estudo detalhado de como Dimorphos ficou após a colisão. Com a Hera, os cientistas vão poder compreender melhor a técnica, transformando-a em um procedimento que poderá ser repetido no futuro, se necessário.

Fonte: ESA