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Asteroid Map: simulador mostra o estrago que um asteroide faria em sua cidade

Por| Editado por Patricia Gnipper | 25 de Setembro de 2022 às 22h00

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NASA/Don Davis
NASA/Don Davis

O que aconteceria se um asteroide se chocasse com a Terra? Quais seriam as consequências? Qual seria a área mais afetada? A resposta depende da massa do objeto e diferentes regiões em torno da colisão sofreriam diferentes danos, algo que pode ser difícil de calcular. Mas podemos ver com o simulador de colisão de asteroides.

Com o lançamento da missão DART, que tem o objetivo de arremessar sonda no asteroide Dimorphos para testar uma abordagem de defesa planetária, você pode estar curioso para saber o que aconteceria com a sua cidade em caso de uma catástrofe "meteórica". Com este mapa de simulação de colisão, você pode descobrir muitos detalhes.

Asteroid Map

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Este mapa simula uma colisão de asteroides de qualquer tamanho, em qualquer lugar do planeta, e mostra dados como o diâmetro da cratera e da área onde mais pessoas morreriam. Vale lembrar, no entanto, que os desenvolvedores do mapa não garantem 100% de acuracidade, embora tenham se esforçado em criar algo realista.

Para usar, é bastante simples. Confira abaixo o passo-a-passo para explorar o simulador:

1) Primeiro, acesse o site do Asteroid Map.

2) No campo "Input the area of collision", você pode digitar o nome de qualquer cidade, bairro, avenida, ou país. Mas tenha em mente que nomes de bairro, ruas e avenidas devem acompanhar a cidade, ou o simulador escolherá aquele que achar mais relevante. No caso de nomes de países, também vale inserir uma cidade. Tudo depende do quanto você deseja que a localização seja precisa.

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3) Em seguida, você deve escolher entre as seguintes opções: usar um diâmetro pré-definido para seu destruidor cósmico ou digitar o tamanho de sua preferência. Se você não digitar nada na caixa de diálogo, o simulador vai considerar o valor pré-definido selecionado (o padrão é 22 m). Você também pode escolher entre outras opções disponíveis neste campo.

4) Se você preferir digitar um valor diferente, você pode usar dados de asteroides reais, como o próprio Dimorphos (ele tem 160 m). Lembre-se que o diâmetro é sempre em metros.

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5) Clique no botão "View Damage!"

O resultado será algo parecido com isto:

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Ao passar o mouse sobre cada um desses círculos, uma legenda aparecerá para explicar o que eles significam. O círculo laranja mais interno é o diâmetro da cratera, onde qualquer coisa viva morreria. O amarelo é a região onde os prédios seriam derrubados e seres humanos sofreriam queimaduras de pele, a maioria com ferimentos fatais.

Já o círculo vermelho é onde os detritos arremessados seriam fatais e infraestruturas seriam destruídas. As queimaduras de pele ainda ocorrem nessa área. A área verde não é um cenário mais otimista, mas um pouco menos graves. As mortes e destruição de prédios ainda ocorrem ali.

A área cinza já é um pouco mais segura, mas as ondas de choque e tremores podem ser fatais para pessoas em condições menos favoráveis, como idosos. Por fim, no círculo roxo, poderia chover poeira e cinza e os habitantes ouviriam o som do impacto.

Note como o Dimorphos, um asteroide considerado pequeno, causaria uma catástrofe de grandes proporções.

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Na simulação que fizemos, o Dimorphos transforma o centro de São Paulo em uma cratera, incluindo a Liberdade, Anhangabaú, República, Aclimação e Brás. A maioria das pessoas morreriam na área amarela, que inclui o Canindé, Mooca, Consolação, toda a Avenida Paulista e parte da Marginal Tietê.

As ondas de impacto e a poeira alcançariam muito além da Capital, nas cidades como Jundiaí e Atibaia, quase chegando nas praias da baixada santista.

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Outros mapas de asteroides

Existe uma variedade de ferramentas para encontrar objetos espaciais reais, tanto os que já caíram na Terra quando os que ainda estão orbitando o espaço perto de nosso planeta.

Se você procura os impactos já registrados, a ferramenta Meteor Map (link abaixo da matéria) pode ser a melhor indicada. Ela simplesmente mostra os pontos de impacto identificados e catalogados. Basta navegar pelo mapa e clicar sobre as bolinhas laranjas para obter informações como nome do local e diâmetro do meteorito. Você notará como há bem mais registros na América do Norte do que na América do Sol.

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Você também pode navegar entre os asteroides que estão em órbita ao redor do Sol. Para isso, indicamos duas opções: o visualizador 3D do Asterank e o Eyes on Asteroids da NASA.

No Asterank, você terá uma simulação simplificada do Sistema Solar e dois menus. À direita, uma janela oferece opções para diferentes classificações de asteroides, como os de órbita mais próxima, os mais acessíveis e (por algum motivo) os mais "caros" e os de melhor "custo-benefício".

Ao selecionar uma dessas categorias, alguns nomes de asteroides aparecerão à esquerda. Basta clicar em um deles para encontrar sua órbita, sempre destacada por uma linha branca tracejada. Use os botões do mouse para controlar a "câmera". As linhas coloridas representam as órbitas dos planetas, com a Terra em azul.

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Por fim, temos o mapa simulado Eyes on Asteroids, da NASA. Este talvez seja o mais interessante desse tipo. Ao abrir a tela, você já se depara com as órbitas e indicadores de alguns dos asteroides mais conhecidos, como o Bennu, Apophis, Ryugu, Ceres, Vesta e, claro, Didymos (a rocha que tem o Dimorphos como "lua").

Ao clicar em qualquer um desses nomes, você é levado para uma representação em 3D, podendo girá-lo para conferir o objeto em todos os detalhes. Além disso, você terá a órbita da rocha. Para voltar à visualização mais afastada, é só usar o botão de scroll do mouse.

Este simulador também mostra alguns cometas e espaçonaves, como a OSIRIS-REx, que coletou amostras do Bennu e ainda está retornando à Terra. Você também pode acelerar a passagem de tempo no controle, localizado na parte inferior central da tela. Assim, verá tudo se mover mais rápido.