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Telescópio James Webb revela detalhes ocultos de galáxia distante

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Setembro de 2022 às 17h50

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ESA/Webb, NASA & CSA, J. Lee,  PHANGS-JWST, HST Teams
ESA/Webb, NASA & CSA, J. Lee, PHANGS-JWST, HST Teams

A galáxia IC 5332 apareceu em uma nova imagem capturada pelo telescópio espacial James Webb. Além de mostrar um objeto fascinante, a foto fica ainda mais incrível quando é comparada com outra da mesma galáxia, mas capturada pelo telescópio espacial Hubble. Juntas, as duas fotos destacam as diferentes características da galáxia, mostrando também as capacidades e recursos de cada um dos telescópios.

A IC 5332 é uma galáxia do tipo espiral que fica a mais de 29 milhões de anos-luz da Terra. Como ela tem diâmetro de aproximadamente 66 mil anos-luz e aparece praticamente de frente em nossa perspectiva de observação, temos um bom ângulo de visão para analisar os braços espirais dela.

No vídeo abaixo, você confere primeiro a imagem do Hubble, que depois dá lugar à do Webb:

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Os vários detalhes da galáxia observada pelo Webb aparecem sobrepostos aos dados de luz visível e ultravioleta dela, capturados pelo Hubble. A imagem do Hubble traz regiões aparentemente escuras, que parecem separar os braços espirais; já a imagem do Webb mostra uma emaranhado de estruturas mais contínuas, que acompanha a forma espiral dos braços dela.

Estas diferenças são resultado da poeira na galáxia, que dispersam melhor a luz ultravioleta e a luz visível. Assim, as regiões com mais poeira são identificadas mais facilmente na imagem do Hubble por serem mais escuras, já que a luz ultravioleta e visível não conseguiu passar por ali. Já na imagem do Webb, estas regiões parecem desaparecer.

Isso acontece pelos comprimentos de onda observados pelo instrumento Mid-InfraRed Instrument (MIRI), do James Webb. Trata-se de um instrumento que conta com quatro diferentes modos de observação e é o único do telescópio sensível à luz infravermelha média (aquela cujos comprimentos de onda vão de 5 a 28 mícrons), do espectro eletromagnético. É assim que o MIRI consegue estudar objetos distantes e, às vezes, escondidos em nuvens de poeira.

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Pode não parecer, mas conseguir observar esta parte do espectro eletromagnético não é fácil. É que estes comprimentos de onda são absorvidos pela atmosfera da Terra, e o calor atmosférico também afeta as observações. Além disso, como não tem espelhos frios o suficiente, a radiação infravermelha vinda dos espelhos do telescópio Hubble acabariam dominando qualquer tentativa de observação.

Fonte: ESA (1, 2)