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Ferramenta promete revelar se um texto foi escrito por inteligência artificial

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 30 de Janeiro de 2023 às 11h32

Reprodução/Freepik
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Uma ferramenta chamada AI Writing Check é a mais nova aliada de quem pretende descobrir se um texto foi produzido por inteligências artificiais. A tecnologia funciona como um verificador de escrita, possibilitando a identificação de conteúdos produzidos por bots como o ChatGPT e similares.

O software é criado sobre uma plataforma de código aberto, com uso gratuito e desenvolvimento conduzido por duas organizações não governamentais — Quill e CommonLit. Curiosamente, o AI Writing Check usa inteligência artificial para identificar a escrita das IAs. É como uma engenharia reversa de texto, porque usa a mesma técnica para detectar traços comuns.

O visual da ferramenta é simples, mas o índice de acerto é positivo (Imagem: Reprodução/AiWritingCheck)
O visual da ferramenta é simples, mas o índice de acerto é positivo (Imagem: Reprodução/AiWritingCheck)

Os criadores alegam que a ferramenta alcançou entre 80% e 90% de precisão em uma base de dados de 15 mil textos monitorados durante a fase testes. Como é totalmente open source, a plataforma está em constante melhoria para oferecer aprimorar a detecção.

A tecnologia de checagem deve ser uma grande aliada de professores e do ambiente científico, principalmente quando se deparam com textos considerados suspeitos. É só copiar o trecho desejado no prompt de escrita para o IA Writing Check fazer seu serviço em poucos segundos. A análise não vai cravar que o texto é 100% escrito por um robô, mas dará indícios de algo estranho.

Checagem de textos feitos por IA

Infelizmente, a ferramenta ainda tem algumas limitações de início de desenvolvimento. Uma delas é a pouca capacidade de caracteres, que varia entre 100 e 400 palavras. Para se analisar um artigo científico ou um trabalho mais denso, seria preciso fazer múltiplas checagens, o que é bastante trabalhoso.

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Para os brasileiros, também ainda é cedo para usar, pois o suporte é apenas para o inglês. Isso deve ser resolvido com o passar do tempo, principalmente se outas entidades decidirem colaborar com recursos financeiros para o projeto.

Este serviço começou a ser desenvolvido em dezembro, pouco tempo depois da liberação do ChatGPT para o mundo. O objetivo é justamente evitar a disseminação de textos criados artificialmente, como se fossem de autoria de seres humanos, gerando um imenso problema jurídico nos próximos meses.

As IAs de escrita já estão no centro dos debates no ambiente acadêmico justamente pelas possibilidades de uso inadequado. Há quem defenda citar a autoria dos robôs nos trabalhos sempre que houver uma colaboração em algum trecho específico, mas outros querem banir de vez tais ferramentas.

Na semana passada, um estudo mostrou que o ChatGPT já seria capaz até de escrever textos para ser aprovado em exames de medicina e de direito. Já no campo da arte, um trio de artistas digitais decidiu mover uma ação judicial contra três inteligências artificiais para criação de imagens que tomam por base as suas obras.