Windows 10X ainda não está pronto — e isso vai atrasar os planos da Intel
Por Fidel Forato | 27 de Dezembro de 2019 às 19h05
Depois do Motorala Razr, a tendência das telas dobráveis tem se espalhado cada vez mais. E se tem algo esperado para o próximo ano é a chegada de mais dispositivos dobráveis — ou com tela dupla. A tendência, inclusive, já mexeu com os tradicionais fabricantes de PCs e até mesmo com a Microsoft.
Para a companhia de Bill Gates, uma grande aposta é desenvolver dispositivos dobráveis e com tela dupla para o Windows 10X — um Windows 10 customizável e com interface exclusiva para uma melhor experiência com os novos dispositivos dobráveis de duas telas.
A princípio, o Windows 10X deveria ser lançado junto ao Surface Neo entre os meses de setembro e novembro de 2020, mas, de acordo com o Digitimes, a Intel ainda está muito cética quanto ao potencial desempenho desse sistema. Isso porque o desenvolvimento do novo sistema operacional da Microsoft não é tão avançado, o que impede que ele funcione efetivamente em projetos de laptop dobráveis.
Segundo rumores, o lançamento de uma interface dobrável e portátil da Intel para a CES 2020 será, provavelmente, adiado, já que a empresa de hardware considera que "o suporte ao sistema operacional é imaturo." Além disso, há um estoque insuficiente de materiais para o design de telas dobráveis.
Essa situação deve ser um balde de água fria para os negócios da Intel, porque a empresa planejava reviver o mercado de notebooks com a nova tecnologia dobrável.
Histórico
Mesmo que já tenha sido demonstrada a existência de projetos prontos de dispositivos dobráveis, tudo ainda é complicado. O problema é que, como nos tablets com Windows 7, o software precisa acompanhar os novos recursos. Isso é muito difícil com o Windows 10, que traz poucas vantagens para uma interface mais dinâmica.
Vale lembrar que a Intel investe e apresenta protótipos dobráveis, desde 2017, sem sair do papel. Inclusive, menciona que o que mais atrasa no setor é o desenvolvimento demorado da Microsoft. No entanto, nem a Intel e nem a Microsoft podem se dar ao luxo de tomar medidas que prejudicam a credibilidade de suas empresas e, por isso, devem continuar aguardando por uma tecnologia mais segura.