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Você sabe quanto combustível um tanque de guerra gasta?

Por| Editado por Jones Oliveira | 10 de Agosto de 2021 às 17h45

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Reprodução/digitalstormcinema/Envato
Reprodução/digitalstormcinema/Envato

Felizmente as guerras de grandes proporções não são realidade no Brasil há algumas décadas e não há a necessidade da utilização de aparatos de combate, a não ser em situações de extrema exceção. De todo modo, os caças, armamentos e tanques podem ser vistos em desfiles, paradas e exposições, já que aguçam a curiosidade dos populares onde quer que estejam. 

Um fato curioso e que certamente está no imaginário das pessoas é sobre o funcionamento dos tanques de guerra, equipamentos extremamente complexos e de muita importância nas táticas de combate devido à força, capacidade de se adaptar a diversos terrenos e por possuir um armamento pesado e destrutivo. E para levar tudo isso, é necessário, claro, um motor, como se fosse um caminhão ou ônibus. Mas como será o consumo de combustível de um tanque?

De antemão, dizemos que é alto, bem alto. A maioria esmagadora dos tanques de guerra é movido à diesel e possui motores bem potentes e com muito torque, assim como os caminhões. Mas, como são feitos para incursões de combate e não propriamente para locomoção, a economia de combustível não é uma meta aqui, e sim garantir que esses monstros se locomovam e passem por cima do que for necessário.

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Para situar melhor o leitor do Canaltech, façamos uma comparação básica com um caminhão. O clássico Scania 113H é equipado com um motorzão de 11 litros, 363cv e 162 kgf/m de torque em sua versão intermediária. O consumo, dependendo do motorista e do peso carregado, poderia ser de 1,5 km/l. Há relatos, também, de que esse monstro é capaz de rodar até 1 milhão de quilômetros em sua vida útil. 

Para os tanques, a situação é parecida. O Exército Brasileiro tem alguns modelos clássicos da indústria bélica em seu portfólio e seus respectivos desempenhos são bem parecidos com de outros tanques mundo afora. No nosso caso, a frota conta com o alemão Leopard 1 e o estadunidense M60A3, constantemente à mostra em desfiles de Independência e eventos em geral.

Segundo informações oficiais do Exército, o tanque Leopard 1 tem um motor V10 37 litros com 850 cv e peso de 42 toneladas, o que faz com que ele faça, em média, 400 metros por litro e autonomia de 450km. Já o tanque M60, que pesa 52 toneladas, ostenta um V12 de 29 litros e 750 cv, levando seu consumo médio a 300 metros por litro de diesel e autonomia de 500km. Como você deve muito bem está se perguntando agora, sim: os compartimentos de combustível desses tanques são enormes e justificam esse alcance todo, com 1 mil litros no modelo alemão e 1.400 litros no estadunidense.  

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São números assustadores e que fazem o Opalão do seu avô ter muita inveja, mas são condizentes com as propostas dos veículos. Em exercícios de guerra, para evitar o gasto desnecessário de combustível, as tropas sempre levam os tanques em caminhões-cegonha, deixando-os o mais próximo possível do seu destino. Até porque esses tanques chegam a uma velocidade máxima de apenas 60 km/h. 

Hoje em dia, existem modelos de tanques que são movidos a gás e até a gasolina, mas que não oferecem a mesma força e durabilidade — e até o consumo — dos modelos a diesel. Esse combustível, aliás, é sim dos mais poluentes, mas é o que oferece os motores mais econômicos quando pensamos nas variantes a combustão. Em nossas análises de automóveis que usam o óleo, esse desempenho pode ser justificado. 

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Picapes médias como Nissan Frontier e Toyota Hilux, para citar algumas, possuem um ótimo nível de confiabilidade e uma autonomia que beira os 1 mil quilômetros em determinadas condições. Já modelos menores e mais urbanos, como o Jeep Renegade turbodiesel, entregam consumo parecido com o de carros 1.0 aspirados, além de serem ótimos para uso em trilhas. 

Seja como for, é bom torcer para que o uso dos tanques não seja necessário. As pessoas e o meio ambiente agradecem.

Com informações: Blog Forte, Auto Esporte, Super Interessante