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Anatel autoriza testes de internet móvel via satélite no Brasil

Por  • Editado por Wallace Moté | 

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Divulgação/Starlink
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Por meio de seus canais oficiais, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o início dos testes de conexões móveis via satélite no padrão D2D — Direct to Device, ou Diretamente ao Dispositivo, em tradução livre. 

A tecnologia tem sido testada ao longo das últimas semanas no exterior, e poderia vir como uma alternativa para locais em que não há disponibilidade das redes móveis tradicionais 4G ou 5G, por exemplo. 

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Portanto, a novidade poderia ser especialmente útil em áreas rurais ou locais isolados, por exemplo, como pequenas vilas onde o investimento em uma rede móvel tradicional não é viável. Além disso, é possível que ela ajude em emergências localizadas em áreas sem cobertura, como em florestas de mata fechada. 

No exterior, a Starlink mostrou recentemente as primeiras mensagens enviadas via satélite diretamente de celular para celular. 

A princípio, tecnologias semelhantes poderiam ser usadas no Brasil, inclusive por operadoras já consolidadas como a Claro ou a Tim. Ambas as empresas já realizaram pedidos de interesse pela D2D, e seus testes devem ocorrer em colaboração com a operadora de satélites AST Space Mobile. 

A autorização dos testes por parte da Anatel acontece por meio do chamado Sandbox Regulatório — ou seja, a suspensão de regras impeditivas para determinados projetos. Contudo, para obter as autorizações é necessário mostrar quais as perspectivas de relevância do projeto, especialmente no que diz respeito ao desenvolvimento tecnológico e ao acesso às telecomunicações no Brasil. 

De acordo com Alexandre Freire, conselheiro da Anatel, o D2D tem o potencial de reduzir a exclusão digital, ao fornecer serviços de telecomunicação em áreas remotas e rurais. Ele ainda apontou que isso poderá “impulsionar o desenvolvimento econômico, e empoderar os indivíduos pela ampliação da conectividade significativa.”

Ainda não há previsão para o início dos serviços de internet via satélite em formato D2D para o público. A autorização para os testes tem uma vigência de 24 meses, e portanto a novidade ainda deve levar algum tempo para ser disponibilizada comercialmente. 

Fonte: Anatel