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Startups brasileiras reduzem operações e amargam demissões em massa

Por| Editado por Claudio Yuge | 15 de Junho de 2022 às 20h00

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Reprodução/Austin Distel/Unsplash
Reprodução/Austin Distel/Unsplash

Apesar das constantes notícias de startups ganhando aportes milionários nos últimos anos, começamos a ver sinais de que a fonte está secando. Segundo reportagem do Estadão, várias empresas de inovação nascidas no Brasil ou estrangeiras com escritórios no país desaceleraram suas operações e até realizaram demissões em massa no último ano e meio.

A notícia mais recente neste sentido ocorreu nesta semana: a Kavak, mexicana do setor de carros usados avaliada em US$ 8,1 bilhões (R$ 41 bilhões) em 2021, dispensou funcionários brasileiros desde março — a Exame fala em 150, e o Estadão, em 300. Procurada pelo jornal, a empresa não quis comentar o assunto.

Outros exemplos recentes foram:

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  • QuintoAndar demitindo cerca de 160 funcionários em abril;
  • Loft demitiu 159 pessoas em abril após concluir a integração com a CrediHome;
  • Espanhola Cabify anunciou fim das operações no Brasil no ano passado;
  • Americana Uber Eats deixou de atuar no Brasil em janeiro deste ano;
  • Facily demitiu mais de 1.000 pessoas após superar valor de US$ 1 bilhão;
  • Bitso, mexicana do mercado de criptomoedas, demitiu 80 pessoas globalmente, inclusive no Brasil;
  • Domestika, americana de cursos online, demitiu 200 por todo o mundo, sendo 40 cortes no Brasil;
  • Favo, peruana de supermercado online, encerrou operações no Brasil no início de junho, dispensando no país 171 pessoas;
  • Olist demitiu aproximadamente 150 funcionários no final de maio;
  • Grupo 2TM, dono do Mercado Bitcoin, demitiu 90 dos cerca de 750 funcionários.

A reportagem justifica o momento ruim à crise macroeconômica global e aumento dos juros causados pela retomada pós-covid e pela guerra na Ucrânia. Esses fatores vêm preocupando investidores e afastando novos aportes em startups, empreendimentos arriscados por natureza.

Além disso, no caso do Brasil, o cenário é considerado desafiador para empresas de fora apostarem em expansões, devido à alta competição no ambiente de inovação e à necessidade de altos investimentos para conquistar território. Como exemplo disso, a UberEats e a espanhola Glovo, ambas do ramo de entregas, atribuem suas respectivas saídas do Brasil à concorrência pesada com a brasileira iFood e a colombiana Rappi.

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Ainda assim, o Brasil ainda é visto como estratégico para a expansão de startups latinas, por razões como ser um local importante para conquistar mercado, testar soluções e atingir novos consumidores. “O fato de o Brasil ter nível baixo de produtividade e muita ineficiência significa que temos muito espaço para adotar tecnologia”, explicou ao Estadão Felipe Matos, presidente da Associação Brasileira de Startups (Abstartups).

Fonte: Estadão (via MSN)