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Facily demite em massa quatro meses após superar valor de US$ 1 bilhão

Por| Editado por Claudio Yuge | 10 de Maio de 2022 às 20h14

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Dolgachov/Envato Elements
Dolgachov/Envato Elements

A Facily, startup brasileira do ramo de social commerce (comércio mesclado a redes sociais), já demitiu mais de 1.000 pessoas, entre funcionários diretos e terceirizados, desde que obteve o status de unicórnio, isto é, valor de mercado acima de US$ 1 bilhão. As informações são do Estadão.

A empresa é um tipo de supermercado digital que permite realizar compras em grupo para hortifruti, pet shops, eletrônicos e outros itens. Ao realizar um pedido dessa forma, é possível pagar menos pelo pedido em relação aos grandes mercados, além de combinar o recebimento nos pontos de retirada cadastrados na plataforma.

A plataforma foi fundada por Diego Dzodan (ex-vice-presidente do Facebook na América Latina), Luciano Freitas e Vitor Zaninotto em 2018. Em dezembro do ano passado, a Facily recebeu US$ 135 milhões (R$ 747 milhões) como uma extensão da rodada do tipo série D anunciada em novembro. Com isso, tornou-se o primeiro unicórnio do setor na América Latina.

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Após o investimento, a startup começou a ampliar a equipe em áreas como tecnologia e atendimento. Mas, em 18 e 19 de abril, a Facily iniciou um plano de reestruturação para enxugar cerca de 60% da folha de pagamento. Entre 300 e 400 funcionários diretos foram dispensados, segundo informações extraoficiais. Além disso, desde março dispensou a startup i9 Xperience Center, que prestava à Facily serviços terceirizados de atendimento e suporte logístico. Cerca de 900 pessoas da i9 ficaram sem trabalho por conta do corte de gastos.

Em paralelo, a empresa liderou o ranking do Procon-SP em 2021 com 211 mil reclamações sobre produtos não entregues ou pagamentos não feitos. Em novembro, a Facily firmou um acordo com o órgão para, em 30 dias, diminuir em até 80% as queixas registradas. Ao Estadão, o Procon-SP afirmou que o acordo não foi cumprido na íntegra e que o órgão vai encaminhar o caso para a fiscalização. Com isso, a Facily poderá receber uma multa de até R$ 12 milhões.

Ao Estadão, Dzodan afirmou que os cortes foram realizados por uma “repriorização” de projetos e culpou o atual cenário econômico, com altas taxas de juros e instabilidade política e social, que "abalou mercados e investidores de todo o mundo”, disse por email. Ele não confirmou quantos funcionários foram cortados; apenas afirmou que todas as áreas foram “reorganizadas de acordo com a repriorização dos projetos”.

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Fonte: Estadão