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Smartwatch pode detectar gravidez antes mesmo da mãe suspeitar; entenda  

Por  • Editado por Léo Müller |  • 

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Talles de Souza Ribeiro/ Canaltech
Talles de Souza Ribeiro/ Canaltech
Apple Watch Series 10

Um novo estudo da Universidade Cornell, em Nova York, aplicou um modelo que pode prever casos de gravidez com 92% de previsão. Os dados utilizados foram obtidos por meio de eletrônicos vestíveis, como relógios inteligentes. 

O estudo tem apoio da Apple, empresa responsável pelo Apple Watch. Segundo a metodologia explicada, a análise não se limitou a dados biométricos, como frequência cardíaca ou temperatura corporal, mas também inclui informações comportamentais.

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Por isso, também são interpretados detalhes como a frequência de exercícios físicos, o horário de dormir e o padrão de caminhada. 

Chamado de "modelo fundamental de comportamento de saúde a partir de dispositivos vestíveis" (WBM, da sigla em inglês), o modelo foi treinado com dados de 162.000 participantes e mais de 15 bilhões de medições horárias. 

Para testar a detecção de gravidez em específico, o modelo analisou informações de 430 gestações autorrelatadas. Também foram usados dados de 25.225 participantes que não estavam grávidas. 

Todos os dados foram coletados com consentimento por meio do Apple Watch e iPhone. 

Em seus resultados, o estudo aponta que a combinação é “notavelmente eficaz” na previsão de gravidez:

"A gravidez resulta em mudanças substanciais de comportamento. Portanto, essa tarefa serve como um exemplo claro da natureza complementar de modelar ambos os tipos de dados [biométricos e comportamentais]". 

A previsão de diabetes teve a segunda maior taxa de acerto, com 82%. Em seguida vieram infecções (76%) e lesões (69%). 

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O estudo ainda não passou por revisão por pares. Por isso, os resultados ainda precisam ser confirmados. 

A Apple não anunciou planos de aplicar o modelo em seus produtos. Se a precisão for validada, o recurso pode aparecer em futuras versões do Apple Watch. 

Uso de dados corporais gera polêmica

Atualmente, percebe-se uma desconfiança em relação ao uso de dados relacionados à saúde reprodutiva. Afinal, alguns apps de ciclo menstrual têm usado mal os dados obtidos.

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Segundo um estudo da Secure Data Recovery, muitos desses aplicativos já venderam dados sensíveis sem permissão. Um caso conhecido ocorreu em 2023, quando a Federal Trade Commission (órgão estadunidense voltado para a proteção de consumidores) flagrou o app Premom vendendo dados de usuários sem consentimento. 

A confiança nos apps de rastreamento menstrual caiu ainda mais nos Estados Unidos após a revogação da Roe v. Wade, lei que garantia o direito ao procedimento de aborto no país. 

Agora, há a preocupação de que os dados possam ser usados para detectar intenções de interrupção da gravidez, nos estados em que isso é ilegal. 

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Será que a Apple está copiando o Android? Veja no vídeo abaixo: