Review Apple Watch 10 | O melhor smartwatch para quem tem um iPhone
Por Murilo Tunholi • Editado por Léo Müller |
O Apple Watch Series 10 estreou com tela maior, design mais fino e carregamento mais rápido. Hoje, o mais recente smartwatch da Apple é a escolha ideal para usuários de iPhone, mas será que vale a pena o upgrade de uma versão anterior? Neste review, o Canaltech detalha os pontos positivos e negativos do acessório.
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Design maior, mas fino e elegante
O Apple Watch Series 10 tem a maior caixa entre os smartwatches da empresa, podendo ser de 42 mm ou 46 mm. Apesar da mais amplo, o relógio ficou 10% mais leve que a geração anterior, mantendo espessura bastante fina de apenas 9,7 milímetros.
Mesmo em pulsos finos, o acessório é muito confortável e fácil de usar no dia a dia. Quem gosta de relógios menores ainda pode ter uma experiência positiva com o dispositivo, graças à forma como ele encaixa no braço.
Aliás, é bastante tranquilo utilizar o novo Apple Watch ao dormir para monitorar o sono e acordar no horário exato com as vibrações no pulso.
O relógio oferece design elegante e discreto que combina com qualquer roupa, desde uniformes de academia até trajes formais. As bordas finas na tela garantem aspecto ainda mais premium ao acessório.
Na lateral, a Apple manteve o tradicional botão giratório para navegar pela interface e por aplicativos. Há também um botão que permite acessar a central de controle com diferentes opções de ajuste rápido.
Tela brilhante com amplo ângulo de visão
A Apple colocou pela primeira vez no produto um painel OLED com amplo ângulo de visão e brilho máximo de 2.000 nits. Segundo a empresa, a tela emite mais luz em ângulos mais abertos, e isso realmente acontece.
Mesmo em dias muito ensolarados, não há nenhuma dificuldade em ler informações no Apple Watch Series 10. Além disso, o painel permite taxa de atualização mais rápida no modo de tela sempre ativa, garantindo animações mais fluidas no visor.
A ideia é visualizar o ponteiro dos segundos sem levantar o pulso. Isso ajuda a economizar bateria e tempo ao receber notificações. Por falar em bateria, a tela OLED ajuda a aumentar a autonomia do smartwatch.
Há um ponto negativo, porém. Agora, qualquer pessoa de fora consegue fuxicar as notificações que aparecem no relógio. Para quem gosta de privacidade, vale a pena deixar o brilho mais baixo.
Bateria carrega mais rápido
O Apple Watch Series 10 recebeu suporte a carregamento mais rápido, mas continua com a mesma promessa de 18 horas de autonomia que todas as versões anteriores. Esta é a principal decepção do smartwatch, que está parado no tempo no quesito bateria.
Nos testes do Canaltech, mantendo o relógio conectado a um iPhone 16 e usando o monitoramento do sono, conseguimos manter o aparelho funcionando por cerca de um dia e meio.
Em dias de uso mais intenso para fazer ligações ou ativar o smartwatch diversas vezes para trocar músicas ou acompanhar métricas de saúde, é necessário colocar o relógio para carregar antes de dormir.
Apesar da bateria sem mudanças, o carregamento é realmente mais rápido. Dá para ir de 0% a 100% em apenas 45 minutos usando um adaptador de 20 watts (não incluso na caixa).
Apple Watch como comunicador e tocador de música
A conectividade do Apple Watch Series 10 com iPhone é perfeita. Os aparelhos se conectam quase instantaneamente, e o processo de configuração é simples e rápido.
O relógio funciona como uma extensão do celular, inclusive podendo tocar música e fazer ligações sem usar o iPhone. A sensação é de ser um espião ultrassecreto com um comunicador de pulso — de ótima qualidade, inclusive.
Graças ao isolamento de voz, chamadas pelo smartwatch ficam nítidas, mesmo em ambientes barulhentos. Testamos falar ao relógio nas ruas barulhentas de São Paulo, e o outro lado da ligação entendeu a conversa muito bem.
Outro recurso interessante é a possibilidade de tocar música direto no Apple Watch por meio do alto-falante embutido. Não é muito intuitivo usar o relógio para escutar sua playlist favorita enquanto corre, mas pode ser útil para afastar o silêncio de lugares assustadores.
A função existe tanto em apps nativos da Apple (como Audiobooks e Podcasts), como em softwares de terceiros, incluindo Spotify.
Detecção de apneia não existe no Brasil
Uma das principais novidades do Apple Watch Series 10 é a detecção de apneia do sono. O recurso reconhece padrões do distúrbio que afeta milhões de pessoas ao redor do mundo. Porém, ele não está disponível no Brasil.
A função é aprovada por diversos órgãos reguladores internacionais, como a Administração de Alimentos e Medicamentos (Food and Drug Administration, ou FDA) dos Estados Unidos. Contudo, não tem permissão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para funcionar por aqui.
Até a publicação deste review, o Apple Watch Series 10 segue sem a possibilidade de detectar apneia no território nacional. É possível que o cenário mude até o lançamento da próxima versão.
Principais concorrentes
O Galaxy Watch 7, da Samsung, é o principal concorrente do Apple Watch Series 10. Os dois modelos topo de linha são bastante competentes e não decepcionam, mas têm pontos positivos e negativos entre eles.
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No caso do relógio da Apple, se destacam o design quadrado e o conforto acima da média, além da tela de melhor qualidade. Já o modelo da Samsung vence na bateria de maior capacidade e conjunto de sensores mais avançado.
Inclusive, o Galaxy Watch 7 é mais acessível, com preço sugerido de R$ 2.499 na versão mais simples (somente Bluetooth com 40 mm).
O Apple Watch Series 10 vale a pena?
O Apple Watch Series 10 vale a pena se o usuário não tiver outro smartwatch para usar com o iPhone. Para quem já tem um modelo mais antigo, as melhorias em tela e design podem não ser suficientes para justificar o upgrade.
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Apesar do conforto acima da média e da conexão perfeita com o iPhone, não ter acesso à detecção de apneia do sono ou a uma maior capacidade de bateria é bastante decepcionante, considerando o preço que começa em R$ 5.499.
Para usuários de iPhone que estão mais de três gerações atrás ou nunca tiveram um smartwatch, o Apple Watch Series 10 é a melhor opção para comprar em 2024.