Xiaomi aumenta vendas na América Latina graças a acordos com operadoras
Por Vinícius Moschen | Editado por Wallace Moté | 13 de Dezembro de 2021 às 14h10
A Xiaomi vem registrando altos números de vendas na América Latina, mesmo com a sequência da pandemia de covid-19 e escassez de semicondutores. De acordo com relatórios divulgados pela agência Canalys, a companhia teve fatias de mercado que chegaram a até 31% no Peru e 27% na Colômbia — portanto, consideravelmente mais altas do que os 11% que a marca registra como média para todos os países pesquisados.
A receita para esse aumento de popularidade é bastante conhecida pelas outras marcas no Brasil: os acordos com operadoras para venda de dispositivos em conjunto com planos telefônicos. Em 2020, a Xiaomi fechou um contrato com o grupo America Movil, muito presente em praticamente todos os países da América Latina — com isso, no período de apenas um ano, as vendas realizadas desta forma aumentaram em até 6.500% na Colômbia, 1.610% no Chile e 244% no México.
A America Movil tem presença no mercado brasileiro de telefonia móvel por meio da operadora Claro, mas mesmo assim a empresa ainda não tem planos que incluem celulares da Xiaomi por aqui.
Chinesas registram aumento de presença
O aumento de popularidade dos celulares produzidos por marcas chinesas é um fenômeno registrado principalmente a partir de 2017, liderado pela própria Xiaomi — na época, eram cerca de 290 mil unidades importadas a cada trimestre, número que já foi aumentado de forma significativa até hoje.
Já em 2019, a marca teve um aumento de aproximadamente 200% na Colômbia, e 390% no México em comparação com o ano anterior. Atualmente, a média de 11% na fatia de mercado é superior a outras conterrâneas, como a ZTE (4%), Oppo (3,4%), TCL (2,5%) e Vivo Mobile (2%) — a Xiaomi ainda acompanha Samsung (43%) e Motorola (21%) com uma certa distância, mas se aproxima da Apple (14%).
De qualquer forma, os acordos com operadoras ainda representam um negócio lucrativo para as marcas, já que cerca de 64% dos celulares comercializados na América Latina em 2019 foram vendidos em conjunto com planos telefônicos. Esse tipo de negócio costuma ser especialmente popular com celulares de entrada e intermediários básicos, que representam grande parte do foco da Xiaomi para o continente.
Fonte: ITHome