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Xiaomi 11T Pro é flagrado limitando desempenho em apps populares

Por| Editado por Wallace Moté | 30 de Setembro de 2021 às 13h54

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Divulgação/Xiaomi
Divulgação/Xiaomi
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Inaugurando uma era em que abandonará o uso da marca "Mi", a Xiaomianunciou no último dia 15 a família Xiaomi 11T, versões refinadas do principal topo de linha da companhia. Além de processamento robusto, que inclui os chips Qualcomm Snapdragon 888 e MediaTek Dimensity 1200, os aparelhos se destacam pelo áudio estéreo otimizado pela Harman Kardon, câmeras de 108 MP e potente carregamento rápido de até 120 W.

Infelizmente, apesar das especificações promissoras, ambos os modelos, em especial o 11T Pro, apresentam um comportamento desagradável — como descobriu o site AnandTech, o aparelho limita o poder de processamento do Snapdragon 888, enquanto deixa a GPU do chipset trabalhar em velocidade máxima por mais tempo que o devido. Na prática, a experiência de uso do telefone é inferior ao que promete ser.

Xiaomi reduz desempenho do 11T Pro em apps comuns

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Avaliando o desempenho dos aparelhos, o portal descobriu que a Xiaomi configurou o 11T Pro, equipado com Snapdragon 888, para limitar o uso da CPU em aplicações que requeiram maior desempenho. O aparelho impede que o núcleo Cortex-X1 de máxima performance seja utilizado — a maioria das tarefas é realizada apenas pelo conjunto de núcleos Cortex-A78 de alto desempenho.

Mesmo apps que tenham acesso ao Cortex-X1, como o Geekbench, são limitados a clocks de apenas 2,15 GHz, número bem abaixo dos 2,84 GHz disponíveis para o núcleo. A ideia não seria exatamente enganar benchmarks para elevar a performance apenas nesses cenários, especialmente levando em conta os resultados abaixo do esperado, mas sim impedir o sobreaquecimento e prolongar a autonomia de bateria no uso comum.

O Xiaomi 11T, equipado com Dimensity 1200, também é afetado por uma configuração agressiva, ainda que menos prejudicial que a adotada na variante com Snapdragon — as tarefas mais intensas não são mantidas de maneira consistente no núcleo mais potente do chip, e há picos indevidos na frequência dos núcleos mais básicos, afetando o desempenho.

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Curiosamente, os dois aparelhos sofrem com problemas na GPU, que se comporta de maneira contrária: o chip gráfico não é limitado e as temperaturas podem subir a níveis elevados demais. Nos testes, o Xiaomi 11T Pro, com Snapdragon, chegou a mostrar um aviso de sobreaquecimento, enquanto o Xiaomi 11T atingiu os 47 ℃, ainda que não tenha emitido qualquer alerta.

Diante dos resultados, o AnandTech conclui que ambos os celulares são velozes, com vantagem para o 11T Pro por oferecer fluidez superior, mas são escolhas difíceis a se fazer considerando as fortes limitações de desempenho e o preço, especialmente quando modelos mais completos da própria Xiaomi são vendidos por valores próximos.

OnePlus agiu de maneira similar com a linha OnePlus 9

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Vale lembrar que a Xiaomi não foi a primeira a adotar a estratégia de limitar o funcionamento do chipset para preservar o telefone. Como descoberto pelo próprio AnandTech, a OnePlusagiu de maneira semelhante com a família OnePlus 9 — ao detectar que o usuário acessava apps comuns de uma lista de mais de 300, como Facebook e Google Chrome, o software limitava o acesso ao núcleo Cortex-X1, para prolongar a autonomia e evitar o aquecimento.

A medida gerou polêmica entre os consumidores, o que forçou a OnePlus a admitir a prática em uma nota enviada ao portal XDA Developers. Ainda assim, a empresa defendeu a decisão, reforçando se tratar de uma solução pensada para preservar a bateria e a temperatura dos aparelhos, aplicada mediante "feedback dos usuários".

Fonte: AnandTech, 91Mobiles