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Review Poco X3 Pro | O verdadeiro sucessor do popular Pocophone F1

Por| Editado por Léo Müller | 25 de Junho de 2021 às 10h40

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

O Poco X3 NFC é um dos celulares intermediários mais interessantes à venda no Brasil, aliando ótimo desempenho, boa tela, bateria de longa duração e preço mais em conta. Portanto, imagina-se que o Poco X3 Pro seja tudo o que seu irmão é, mas ao quadrado, certo? Mais ou menos.

Levando a nomenclatura "Pro" ao pé da letra, o Poco X3 Pro traz evoluções principalmente na escolha do processador, pois troca o chipset da linha intermediária Snapdragon 700 pelo poderoso Snapdragon 860, mas mantém praticamente todas as outras características que deram certo e errado no modelo menos potente, inclusive na promessa de preço justo.

Será que estamos diante do verdadeiro sucessor do “flagship killer” Pocophone F1, lançado em 2018? Testei o topo de linha básico — ou intermediário potente — Poco X3 Pro por alguns dias e compartilho todas as minhas impressões sobre o produto nos próximos parágrafos. Obviamente, se você gostar dele, deixaremos uma oferta especial no final desta análise.

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Prós

  • Ótimo desempenho em jogos;
  • Câmera principal garante bons registros;
  • Bateria de longa duração;
  • Carregamento muito rápido;
  • Alto-falantes potentes.

Contras

  • Tela IPS LCD é inferior em relação a outros topos de linha;
  • Selfies não ficam boas mesmo em condições de luz favoráveis;
  • Preço no Brasil ainda é alto no modelo com garantia oficial.
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Review em vídeo

Construção e design

O Poco X3 Pro reaproveita toda a carcaça do Poco X3 NFC, o que é um ponto extremamente positivo, pois mantém uma construção relativamente mais barata em relação a outros smartphones mais premium. Por aqui, temos tampa traseira e moldura de plástico com um revestimento simples contra respingos d’água.

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Apesar do corpo de plástico, o aparelho possui uma construção relativamente mais pesada e espessa quando comparada a outros celulares tanto intermediários quanto premium, como os novos Galaxy A, o Galaxy S20 FE e o Motorola Moto G100.

  • Dimensões: 165,3 x 76,8 x 9,4 mm;
  • Peso: 215 gramas.

O módulo de câmeras do Poço X3 Pro é ligeiramente saltado do corpo do aparelho, sendo mais suscetível a arranhões caso seja apoiado em superfícies mais ásperas. Nesse caso, o smartphone ganha pontos por trazer uma capinha de silicone na caixa que é bem mais robusta do que parece, evitando que a tela e as câmeras fiquem vulneráveis.

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Uma ligeira melhoria do Poco X3 Pro em relação à versão básica é o vidro frontal com tecnologia Gorilla Glass 6 — em vez do Gorilla Glass 5 presente no X3 NFC —, que garante uma proteção extra contra quedas acidentais ou arranhões.

Com relação ao design, o Poco X3 Pro não é um dos mais bonitos do mercado nacional: o modelo que analisamos possui dois tons de azul, sendo um fosco e um mais brilhante, que, particularmente, não combinam; o nome da fabricante, por sua vez, foi gravado na parte de trás, mas de uma maneira nada discreta.

Conexões e slots

O Poco X3 Pro vem com uma bandeja na lateral esquerda com dois slots, sendo uma para o chip de operadora principal e outra para um segundo cartão SIM ou um cartão microSD. O smartphone não possui uma opção compatível com 5G, o que não chega a ser um ponto negativo, pois ainda não temos sequer previsão para contar com essa tecnologia no Brasil.

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Apesar da ausência do 5G, o Poco X3 Pro traz um conjunto de portas interessante para o segmento intermediário mais potente: na região inferior, temos uma entrada USB-C 3.1, que permite uma transferência de dados mais rápida em relação à 2.1 do Poco X3 NFC, uma das saídas de som e um conector de 3,5 mm (P2) para o caso de você ter fones de ouvido sobrando em casa, já que o acessório na caixa é incluso na caixa.

Quando o assunto é conectividade, o Poco X3 Pro é compatível com Wi-Fi 5 (ac), Bluetooth 5.0 e tecnologia NFC (Near Field Communication) para pagamentos por aproximação. Ele também conta com um emissor infravermelho para servir de controle remoto para TVs e afins, algo já característico entre os aparelhos da chinesa.

Tela

Outra semelhança do Poco X3 Pro em relação ao seu irmão intermediário é a tela. Ele possui as mesmas 6,67 polegadas na proporção 20:9 e resolução Full HD+. A tecnologia do painel também é a mesma, isto é, IPS LCD.

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Não espere por um display muito acima do Poco X3 NFC e de outros intermediários com painéis LCD. As imagens são bem definidas, mas tons mais escuros puxam para o cinza, e o contraste não é tão forte. O brilho máximo, por outro lado, é agradável, e a reprodução de cores é decente, embora inferiores aos resultados encontrados em modelos como os novos Galaxy A, que possuem painéis Super AMOLED.

O smartphone da chinesa também suporta o padrão HDR10, que deixa filmes e séries compatíveis com cores mais saturadas e nítidas, além de taxa de atualização de 120 Hz, dando mais fluidez em animações do sistema e jogos — durante os testes, todas as janelas da interface rodaram em 120 quadros por segundo (fps).

Configuração e desempenho

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Principal diferencial do Poco X3 Pro, o Snapdragon 860 é um dos processadores mais poderosos atualmente. A versão que analisamos é a mais completa, com 8 GB de RAM e 256 GB de armazenamento interno, mas ele também pode ser encontrado em opções com 6 GB de RAM e 128 GB de memória.

Como era de se esperar de um chip topo de linha, não houve nada disponível na Play Store que o Poco X3 Pro não conseguiu rodar com excelência. Aplicativos de redes sociais, mensageiros e editores de foto e vídeo funcionaram com muita fluidez, sem sinais de travamentos. Vários programas abertos simultaneamente também não foram um problema.

Em jogos, o smartphone não fez feio e rodou até títulos bem pesados, como Asphalt 9, PUBG Mobile, Call Of Duty Mobile, Genshim Impact e Forza Street com muita fluidez; Dead By Daylight, inclusive, foi um dos nomes que funcionaram em até 120 fps, segundo um aplicativo que monitora a velocidade de atualização da tela.

Sistema e interface

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O Poco X3 Pro sai de fábrica com o sistema operacional Android 11 rodando uma versão modificada da MIUI 12, chamada Poco Launcher. A interface personalizada é um pouco menos simpática que o software original da Xiaomi, trazendo ícones arredondados mais próximos ao Android padrão. Ainda assim, é possível alterar o tema, fonte e a aparência dos ícones. A separação por categorias da gaveta de aplicativos também segue por aqui e é muito bem-vinda.

Câmera

No departamento fotográfico, o Poco X3 Pro é numericamente menos potente que o seu irmão mais básico: as quatro câmeras se mantêm, mas a principal de 64 MP é substituída por uma de 48 MP; a ultrawide é de apenas 8 MP, contra 13 MP do intermediário; já a macro e a de profundidade têm 2 MP. Apesar de tecnicamente inferior, os resultados são bastante parecidos aos do X3 NFC — o que é bom e ruim.

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Câmera principal

Comecemos pela câmera principal: apesar de inferior à do Poco X3 NFC em quantidade de megapixels, os 48 MP do Poco X3 Pro conseguem captar mais luz, oferecendo níveis mais altos de detalhes, balanço de branco equilibrado e cores mais vivas. O pós-processamento do celular geralmente adiciona mais contraste e nitidez para dar mais brilho às imagens, mas pode exagerar em alguns cenários.

Mesmo não contando com uma lente telefoto para fotografar objetos de longe, há um modo de recorte feito por software que oferece um zoom de até 10x. Obviamente, a qualidade não é boa na aproximação máxima, mas garante boas fotos em até 5x.

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O modo retrato do Poco X3 Pro, por sua vez, é praticamente perfeito, mantendo as cores vivas e um desfoque de fundo natural — só quem for bastante minucioso conseguirá perceber algumas falhas na região do cabelo.

Câmera ultrawide

A câmera ultrawide de 8 MP é mais simples que a de 13 MP Poco X3 NFC, mas os resultados são bem próximos. Não há muitas distorcões nos cantos das imagens, embora as cores sejam mais lavadas e o balanço de branco pouco preciso. O pós-processamento, por aqui, também tende a adicionar muita nitidez e contraste.

Câmera macro

Como é de se esperar de um sensor macro de apenas 2 MP, a definição é bastante precária, sem contar com um desfoque de fundo artificial.

Selfies

Em selfies, os 20 MP da câmera frontal apresentam ótima definição, mas praticamente todos os registros saíram estourados, mesmo em condições de iluminação excelentes.

Modo noturno

Em fotos à noite e em ambientes internos com baixa iluminação, o modo noturno do Poco X3 Pro é interessante, embora pude notar muita indicência de ruídos, principalmente nos cantos das imagens. A tonalidade das cores fica ligeiramente voltada para o azul, o que me agrada.

Vídeos

Por fim, em vídeos, temos gravações em até 4K a 30 quadros por segundo (fps) ou 1080p a 60 fps. No geral, a qualidade é muito boa, com cores vivas e estabilização digital aceitável — no entanto, bem que poderia ser estabilização óptica, assim como a tecnologia presente no Galaxy S20 FE.

Áudio

Assim como o Poco X3 NFC, o Poco X3 Pro é equipado com dois alto-falantes que produzem um som bastante encorpado para a categoria intermediária. Em jogos, o sistema estéreo traz ótima definição e boa distinção de elementos do cenário, dando mais imersão à jogatina.

Já em vídeos sem música e transmissões ao vivo em plataformas online, o Poco X3 Pro traz vozes extremamente claras e definidas — nas configurações do aparelho, ainda é possível ajustar um efeito que melhora as frequências médias e agudas, dando maior destaque à fala das personagens.

Quando o assunto é música, pude distinguir sem dificuldade todos os instrumentos de Levitating, da Dua Lipa, mesmo com o volume no máximo — que, por sinal, é muito alto. Em Love Bites, da banda Halestorm, canção que geralmente uso como parâmetro, pois possui muitos elementos, o smartphone manteve as frequências equilibradas e sem estourar.

Bateria

Com relação à bateria, temos aqui os mesmos 5.160 mAh presentes no Poco X3 NFC. Felizmente, o modelo mais potente mantém a ótima autonomia do mais básico, mesmo com um processador mais poderoso.

Reproduzindo um dia normal de uso, com 30 minutos de Twitch, 40 minutos de vídeos no YouTube, 20 minutos de redes sociais e fechando com 30 minutos de jogos, tudo com brilho no máximo e tela setada a 120 Hz, o aparelho saiu de 100% para 65% ao fim do dia, marca muito boa considerando o seu poder de processamento.

Diferente do que aconteceu com topo de linha Xiaomi Mi 11, por exemplo — com o qual consegui fazer pouco mais de um dia de uso —, com o Poco X3 Pro consegui chegar ao segundo dia com pouco mais de 30% carga.

O smartphone conta com um carregador de 33 W na caixa, algo já comum entre os smartphones da Xiaomi. A velocidade segue a de muitos modelos da chinesa, repondo a bateria do aparelho completamente em pouco menos de uma hora.

Concorrentes diretos

Se você procura um intermediário potente para jogos, sem se preocupar com a câmera mediana e a tela sem grandes destaques, o Poco X3 Pro com certeza supera outras opções do segmento, como Galaxy A52, Galaxy A72 e Redmi Note 10 Pro, estes que focam mais no conjunto como um todo.

No entanto, o chip mais potente do Poco X3 Pro faz com que ele compita com alguns aparelhos que pisam na categoria topo de linha, terreno em que ele não tem chances. O Moto G100 da Motorola, por exemplo, possui processador Snapdragon 870, leva vantagem por já estar pronto para a era do 5G e pode ser encontrado por preços mais em conta considerando o alto valor dos smartphones premium atualmente.

O Galaxy S20 FE, da Samsung, por outro lado, é considerado a opção ideal para quem procura um conjunto topo de linha sem pagar muito caro, pois traz processador Snapdragon 865, tela Super AMOLED de 120 Hz, câmeras competentes e corpo resistente a água e poeira.

Optando pelo Poco X3 Pro em vez dos seus concorrentes, você leva para casa um celular que deixa uma série de recursos e características presentes em smartphones mais caros de lado para priorizar desempenho.

Conclusão

As prioridades do Poco X3 Pro fazem dele o sucessor direto do flagship killer Pocophone F1, de 2018. Assim como o modelo lançado há três anos, temos um desempenho digno de um smartphone topo de linha em um corpo bem simples e um conjunto de especificações de intermediário, sendo ideal para quem procura apenas potência e, teoricamente, não gastar o preço de um aparelho premium.

Talvez o principal problema do Poco X3 Pro no Brasil seja a própria Xiaomi. Em seu site oficial, a fabricante cobra pelo smartphone mais do que alguns modelos topo de linha com conjuntos bem superiores — como os Galaxy S20 FE e Motorola Moto G100 —, o que não faz sentido.

O aparelho pode até ser encontrado no varejo nacional por valores próximos ao de um celular intermediário, o que seria mais justo, mas você teria que se contentar com apenas três meses de garantia do vendedor, já que ele seria importado por terceiros. Se isso não for um empecilho para você, o Poco X3 Pro é um dos melhores custo-benefício do mercado brasileiro.

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