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Review Motorola Moto G100 | Potência acima de tudo

Por| Editado por Léo Müller | 06 de Julho de 2021 às 17h10

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Ivo/Canaltech
Ivo/Canaltech

A linha Motorola Moto G é uma das mais populares do mercado brasileiro por aliar boas configurações intermediárias e valor acessível. No entanto, neste ano de 2021, a Motorola mudou a estratégia e subiu um patamar com o Motorola Moto G100.

Apesar de manter a estrutura mais simples da família, o aparelho traz chipset topo de linha e uma série de recursos avançados, como um modo que o transforma em computador.

Tive a oportunidade de testar o Moto G100 por alguns dias e compartilho, nos próximos parágrafos, todos os pontos positivos e negativos do novo topo de linha básico da Motorola. Ah, e se você gostar do aparelho, deixaremos uma oferta especial ao final desta análise.

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Prós

  • Desempenho excelente;
  • Câmera macro excelente;
  • Bateria de longa duração;
  • Uma excelente tela LCD.

Contras

  • Construção robusta, mas sem resistência contra água;
  • Apenas uma atualização do Android garantida.
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Moto G100 em vídeo

Construção e design

O Moto G100 mantém algumas características mais simples dos modelos da família Moto G, justamente para reduzir seu preço final. Essa redução fica clara na construção predominantemente de plástico fosco e nas bordas mais grossas, dando-lhe um aspecto de um celular intermediário.

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Mesmo com sua aparência mais robusta em relação a outros aparelhos da mesma categoria — como o Galaxy S20 FE —, o Moto G100 não traz nenhum tipo de resistência contra água e poeira, algo relativamente comum em modelos mais caros. Sua pegada, ainda assim, é bem firme, embora possa não ser ideal para quem não curte celulares grandes, já que ele é bem comprido.

O modelo que testamos é chamado pela Motorola de Luminous Sky, uma espécie de branco com detalhes em azul-claro, sendo bem elegante — ele também pode ser encontrado na opção Luminous Ocean, que possui tons de azul e roxo. Independentemente da variante escolhida, o logo da Motorola segue na parte de trás, mas não abriga o sensor de digitais, que passou para o botão de energia na lateral.

Por falar no leitor de digitais, o desbloqueio é muito preciso e rápido na maioria dos casos, assim como em outros aparelhos da Motorola. No entanto, o que mais me chamou atenção por aqui foram as funções de software que ele desempenha. Por exemplo, dois toques no sensor faz com que a interface abra um pop-up com alguns apps, o que pode facilitar a navegação.

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Voltando para o aparelho, temos uma aparência basicamente idêntica a do Moto G 5G Plus, lançado no Brasil em outubro de 2020. A tampa traseira possui um módulo de câmeras transparente em formato de “cooktop”, algo que já vimos em diversos aparelhos da família Moto G, que não é feio, mas também não se destaca.

Já a tela conta com dois furos separados para a dupla de câmeras frontais, uma solução que, particularmente, não é das mais interessantes quando comparada com o recorte em “pílula”, presente em alguns modelos da Huawei e no Samsung Galaxy S10+.

O Moto G100 tem um corpo relativamente simples em relação a outros modelos mais caros, com traseira de plástico e nenhuma resistência contra água e poeira.

Conexões e slots

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Desde o ano de 2020, a Motorola vem lançando aparelhos no Brasil com suporte às redes 5G. Como principal integrante da família Moto G atualmente, o Moto G100 não é exceção e também é compatível com a nova tecnologia de rede, além de suportarWi-Fi 6, Wi-Fi 5 (ac), Bluetooth 5.1 e NFC (Near Field Communication) —este último para pagamentos por aproximação.

Na lateral esquerda do aparelho, o slot de chips possui duas bandejas: a primeira abriga o cartão SIM principal, enquanto a segunda serve para um segundo chip de operadora ou um cartão microSD. Diferentemente de outros modelos mais caros — que vem retirando a entrada para fones —, o Moto G100 traz um conector de 3,5 mm (P2), o que é um diferencial muito bem-vindo.

Infelizmente, o Moto G100 também economizou no sistema sonoro, já que traz apenas uma saída de som, localizada na parte de baixo, ao lado da porta USB-C e do microfone para ligações.

Tela

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Outro departamento onde a Motorola reduziu os custos foi na tela. O Moto G100 tem um display de 6,7 polegadas na proporção 21:9, isto é, mais esticada em relação a outros modelos da mesma categoria. Obviamente, por aqui fica ainda mais difícil para acessar as extremidades do painel do smartphone — e não consegui encontrar algum modo de operação com uma mão, o que seria muito bem-vindo.

Ainda assim, a interface do aparelho oferece um modo de tela dividida, algo já comum na maioria dos celulares mais caros, que arranja dois aplicativos ao mesmo tempo, um embaixo do outro. Durante os testes, os principais softwares da Play Store foram compatíveis com o recurso, menos o Instagram e algumas janelas do próprio sistema.

Além disso, a tela do Moto G100 tem resolução Full HD+, tecnologia IPS LCD e taxa de atualização de 90 Hz, combinação já comum entre aparelhos intermediários.

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Por aqui, no entanto, temos um dos melhores painéis LCD do mercado, garantindo brilho alto, ótimos ângulos de visão e navegação fluida, ainda que esbarre nas limitações da tecnologia — os tons escuros são mais acinzentados e o contraste não é tão profundo em relação ao AMOLED.

Apesar de não trazer tela AMOLED, comum entre os aparelhos mais caros, o Moto G100 tem um dos melhores displays LCD do mercado, trazendo brilho alto e ótimos ângulos de visão.

Configuração e desempenho

Se, até aqui, o Moto G100 não se destacou em relação outros modelos da categoria premium, as coisas começam a mudar agora. Ele é o primeiro da família Moto G equipado com um chipset topo de linha, no caso o Snapdragon 870, lançado este ano. O processador trabalha, ainda, com 12 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno, expansíveis via cartão de memória.

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Como já era de se esperar, estamos diante de um dos celulares mais potentes do mercado brasileiro atualmente. Todos os aplicativos — sejam redes sociais, mensageiros e editores — rodaram com bastante fluidez e sem sinais de travamento ou engasgos. Além disso, a quantidade de RAM foi suficiente para manter mais de dez apps abertos simultaneamente sem problemas de reinicialização.

Também não tive problemas com os jogos mais pesados disponíveis na Play Store. Títulos como Dead By Daylight, Asphalt 9, Genshim Impact, Mortal Kombat, PÙBG Mobile e Call of Duty Mobile tiveram desempenho excelente mesmo com os gráficos no máximo.

Para quem curte números e comparações, o Moto G100 obteve sólidos 4.151 pontos em um dos testes do 3D Mark, plataforma de benchmark que testa a capacidade do processador em processar gráficos em 3D. A pontuação é semelhante a de modelos como Galaxy Z Fold 2, Galaxy Note 20 Ultra 5G (Snapdragon 865+) e Realme X7 Max 5G.

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Software e interface

O Moto G100 sai de fábrica com o sistema operacional Android 11 rodando a interface My UX, da própria Motorola. A personalização da empresa é muito limpa, bastante próxima ao Android padrão, mas traz alguns extras muito interessantes, como a possibilidade de escolher cores, fontes e formatos de ícones, além de personalizar os widgets.

Os tradicionais gestos de acionar a câmera e ligar o flash também estão presentes, sem contar com um modo de jogo que permite gravar a tela durante a jogatina, bloquear notificações e aprimorar o desempenho.

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Um dos principais pontos negativos do Moto G100 é a política de atualização de software da própria Motorola. Segundo a empresa, o aparelho está garantido apenas para receber o Android 12, algo inaceitável se considerarmos a categoria do aparelho. Nesse caso, a Samsung leva muita vantagem por oferecer até quatro anos de updates aos seus modelos intermediários.

No entanto, a grande novidade do Moto G100 é o chamado Ready For, uma plataforma semelhante ao DeX, da Samsung, que basicamente transforma o celular em um computador.

Para acessar o modo desktop, basta usar um cabo USB-C para HMDI em um monitor ou TV para abrir a central. Logo de cara, você tem acesso a quatro opções: desktop móvel, TV, jogos e bate-papo por vídeo.

Como o nome já indica, a primeira exibe uma interface semelhante à do Windows, com janelas flutuantes e a disposição de uma área de trabalho. As opções TV e jogos agrupam os principais serviços de streaming de vídeos e games instalados no celular, como se fosse uma smart TV.

Já o bate-papo por vídeo permite fazer ligações em vídeo utilizando a câmera traseira. Durante os testes, todos os modos funcionaram muito bem, o que é excelente, por exemplo, caso você esteja sem internet em casa e queira uma experiência de desktop utilizando a rede do seu celular.

A plataforma Ready For é um recurso interessante para aprimorar a produtividade, pois permite conectar o aparelho a um monitor e TV.

A única crítica vai para a falta de uma conexão para usar o Ready For sem cabos, assim como o Samsung DeX já possibilita. O ponto positivo por aqui é o delay quase inexistente, algo praticamente impossível na solução da Samsung.

Câmera

O Moto G100 tem três câmeras traseiras, sendo uma principal de 64 MP, uma ultra grande-angular de 16 MP que também serve para fotos macro, e um sensor de profundidade. O quarto círculo presente no módulo é um sensor de foco a laser. Já na parte da frente, são duas: uma principal de 16 MP e outra de 8 MP, de ângulo mais aberto.

Câmera principal

A câmera principal do Moto G100 faz ótimas fotos em ambientes com boa iluminação, embora sem muito destaque. As cores são agradáveis, e o pós-processamento tende para o natural, diferente do software da Samsung que satura um mais pouco as imagens. Além disso, o alcance dinâmico é decente, e as áreas de sombra são bem destacadas.

Quando a noite cai, o Moto G100 sofre um pouco para controlar os ruídos, mesmo com a presença do recurso Night Vision. Ainda assim, os resultados são melhores que em outros aparelhos intermediários da Motorola. Além disso, em muitos cliques percebi que o foco se perdia, apesar do foco a laser.

Câmera ultra grande-angular

Com relação à câmera de ângulo mais aberto, também temos uma boa qualidade no geral. Não encontrei muitas distorções nos cantos das imagens em ambientes bem iluminados, mas pude perceber cores mais saturadas em relação às fotos do sensor principal.

Modo macro

O Moto G100 não tem uma lente macro dedicada, portanto as fotos mais próximas são tiradas com o sensor de ângulo mais aberto. Com resolução de 16 MP, os resultados são excelentes e apresentam bons níveis de detalhes e cores vivas.

Modo retrato

O modo retratro do Moto G100 é feito com o auxílio do sensor de profundidade e do foco a laser. Curiosamente, nem todos os cliques encontraram foco rapidamente, mas os resultados foram muito bons no geral.

Selfies

A maior surpresa do Moto G100 está na selfie. Em boas condições de luz, os resultados possuem bons níveis de detalhes, balanço de branco equilibrado e um alcance dinâmico surpreendente.

Vídeos

Em vídeos, o Moto G100 grava em até 6K a 30 quadros por segundo (fps), mas alguns recursos não ficam disponíveis, o como alcance de zoom. Ele também faz gravações em 4K e Full HD a 60 fps. Com relação à qualidade, os níveis de detalhes são altos, o alcance dinâmico se mantém agradável e as cores são vivas.

Sistema de som

Quando o assunto é qualidade sonora, o Moto G100 conta com apenas um alto-falante na borda inferior, ao lado da entrada USB-C. Apesar de trazer sistema de som mono, as vozes são muito bem definidas e altas, ideais para transmissões ao vivo e vídeos sem música.

Em músicas, o único alto-falante sofre para separar os instrumentos, o que é comum, mas as reproduções são satisfatórias dentro das limitações. Mesmo assim, fica a sensação de que a Motorola poderia ter tido um maior cuidado no sistema de áudio, principalmente por ultrapassar a categoria intermediária.

Bateria

Mesmo com um chipset poderoso, o Moto G100 mantém o bom histórico da família Moto G de ótima autonomia de bateria. Em três horas de reprodução contínua na Netflix, com brilho configurado em 50% e conectado ao Wi-Fi, o smartphone descarregou apenas 14%, o que é excelente.

Reproduzindo um dia normal de uso, conectado por 20 minutos à plataforma Ready For, 30 minutos de vídeos no YouTube, 30 minutos de redes sociais, 30 minutos de jogos e 20 minutos de streaming na Twitch, o Moto G100 saiu de 100% para 72%, uma autonomia respeitável.

Tranquilamente, pode-se dizer que é possível passar os dois dias prometidos pela empresa com apenas uma carga, mas apenas com uso moderado.

Para eliminar a interferência da flutuação de sinal de celular na autonomia de bateria, vale mencionar que nós removemos quaisquer chips de operadora do aparelho para realizar esses testes. Contudo, isso influencia positivamente nos resultados de autonomia.

Concorrentes diretos

O Moto G100 chegou ao mercado nacional em março deste ano com potencial suficiente para competir com o Galaxy S20 FE. Assim como o modelo da Samsung, o topo de linha da Motorola oferece desempenho de sobra e alguns recursos encontrados em aparelhos mais caros, mas por um preço mais acessível.

Lançado no Brasil por R$ 3.999, o Moto G100 já pode ser encontrado por valores bem mais em conta, semelhantes aos do Galaxy S20 FE. No entanto, com exceção do chipset mais rápido, da bateria de maior duração e do suporte às redes 5G, o celular da Motorola tem tela, construção, recursos e software inferiores em relação à opção da Samsung.

Também vale citar o Poco X3 Pro, um smartphone que chamou muita atenção por trazer um chip potente da série Snapdragon 860 em um corpo relativamente simples. O aparelho da Poco, inclusive, é bastante semelhante ao Moto G100 em termos de proposta, embora possua configurações mais básicas.

Conclusão

Em meio a muitos smartphones Moto G sem muitos diferenciais, o Moto G100 é um ponto fora da curva que deu muito certo. A adição de um chipset tão poderoso quanto o Snapdragon 870 permitiu à Motorola incluir soluções muito interessantes de produtividade, sem contar com sua performance em jogos e multitarefas.

Atualmente, o Moto G100 é uma das melhores opções para quem procura um celular que priorize desempenho acima de tudo e preço mais em conta. Diferentemente do Poco X3 Pro, que é basicamente um intermediário com chipset potente, o G100 tem uma das melhores telas LCD do mercado, bateria de longa duração e recursos mais úteis.

Talvez o Moto G100 só perca, mesmo, para o Galaxy S20 FE (versão Snapdragon 865), que traz tela AMOLED de alta frequência e conjunto de câmeras mais interessante. Além disso, o celular da Samsung pode ser encontrado por preços mais em conta em relação à opção da Motorola.

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