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Motorola Razr ou Galaxy Z Flip? Nenhum dos dois. Que tal um mais completo?

Por| 14 de Fevereiro de 2020 às 19h20

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Digital Trends
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Os smartphones com tela dobrável chegaram para ficar. Os números de vendas podem não parecer muito expressivos, mas está claro que estão acima do que as próprias empresas esperavam. Depois de um início devagar, com o Galaxy Fold dando problema e recebendo um recall, e o Mate X atrasando bastante, parece que o caminho ideal foi encontrado pela Motorola, com o Razr 2019.

É mais do que apenas burburinho pela nostalgia. Está claro que existe um nicho de usuários cansados da mesmice das barras a ser explorado. Mas a tecnologia de telas dobráveis ainda é cara, e os dispositivos mais acessíveis chegam ao Brasil por R$ 9.000, preço cobrado pela Motorola no Razr 2019 e também anunciado pela Samsung para o Galaxy Z Flip, recém-anunciado em São Francisco e já confirmado aqui.

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É verdade que os preços dos smartphones tem aumentado bastante nos últimos anos. Hoje, um intermediário considerado de baixo custo já chega às lojas com preço sugerido de R$ 1.000 a R$ 1.500. E não são aparelhos cheios de recursos diferentes: são aparelhos básicos, mas com hardware um pouco mais potentes que os de entrada. Mesmo assim, pensar em gastar quase R$ 10.000 em um só celular é absurdo em um país no qual o salário mínimo só ultrapassou o patamar dos R$ 1.000 recentemente.

O que fazer, então? Existem alternativas. Como já falei, a tecnologia de telas dobráveis ainda é muito nova e, portanto, muito cara. São dispositivos luxuosos, para um nicho que pode arcar com o valor alto sem comprometer quase nada as contas da casa. É para aquele 1% de brasileiros que ganha muito bem.

Para os 99% restantes, dá para se contentar com modelos tão potentes quanto e até mesmo com mais recursos, gastando menos. O Canaltech separou algumas sugestões já disponíveis no mercado brasileiro, e algumas que ainda vão chegar por aqui.

Galaxy S20 Ultra

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Se o seu objetivo é torrar a grana para levar o que tem de melhor no mercado, o seu alvo pode ser o Galaxy S20 Ultra. O conjunto de câmeras foi repensado do zero, segundo a Samsung, e traz bem mais recursos agora do que os antecessores, incluindo o Space Zoom, que aproxima a imagem em impressionantes 100 vezes, um modo noturno melhorado, inteligência artificial também aperfeiçoada e muito mais.

E tudo isso em um conjunto com todas as tecnologias de ponta que só melhoraram nos últimos anos: leitura de impressão digital por baixo da tela, tela de altíssima qualidade da Samsung, hardware poderoso e bateria de incríveis 5.000 mAh.

O S20 Ultra deve chegar ao Brasil (e tenha em mente que trata-se de uma previsão feita por este que escreve o texto) em torno de R$ 7.000 a R$ 8.000, considerando que o Note 10 Plus aportou por aqui a R$ 6.000 na versão com 256 GB de armazenamento. Se quiser uma opção mais barata, o Galaxy S20 tem poucas desvantagens sobre o modelo mais avançado, enquanto o S20+ traz sensor exclusivo de profundidade na câmera e bateria maior. E devem custar entre R$ 1.000 e R$ 3.000 a menos que o modelo Ultra.

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Xiaomi Mi 10 Pro

Não gosta de Samsung? Sem problema. Existem alternativas. E mais baratas, inclusive. O Mi 10 Pro foi anunciado oficialmente na China nesta quinta-feira, 13, e deve ser oficializado no Ocidente entre o final de fevereiro e o começo de março. Seria apresentado na véspera da MWC, mas a feira em Barcelona foi cancelada por conta do surto de coronavírus, e a Xiaomi cancelou o evento, a ser remarcado em breve.

O MI 10 Pro não fica devendo em quase nada ao S20 Ultra, como já comparamos aqui. A câmera de 108 MP está lá, bem como o zoom de aproximação de 100 vezes. Talvez a tela tenha um pouco menos de qualidade para olhos mais exigentes. Ao menos o sistema de som promete desta vez, com nota impressionante no DxOMark - assim como as câmeras.

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A maior vantagem, certamente, é o preço. Não sabemos ainda o valor do Mi 10 Pro no Ocidente, claro. A versão chinesa foi anunciada pelo equivalente a cerca de R$ 2.500. Por aqui, deve chegar por cerca de R$ 6.000, considerando impostos e afins no país. Isso, claro, é uma previsão e pode estar longe do valor real, que ainda não foi definido. O Mi 10 deve ser um pouco menos caro.

E calma que tem mais opções tão boas quanto e bem mais em conta. Os topo de linha do ano passado, por exemplo.

iPhone 11 Pro

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Ok, a Apple não cobra pouco por seus dispositivos. Mas você não precisa do mais caro de todos para ser feliz. O iPhone 11 Pro já supre todas as suas necessidades, trazendo apenas tela e bateria menores. Ainda é um ótimo smartphone e com mais recursos de câmera que os dobráveis.

O preço no varejo hoje está em cerca de R$ 5.500. O iPhone 11, quase tão bom quanto, já cai para cerca de R$ 4.000. Dá para levar dois e sobrar um troco no que você gastaria com um Z Flip ou Razr. É o modelo maior e com mais bateria que desperta seus desejos? O iPhone 11 Pro Max custa hoje em torno de R$ 6.200.

Huawei P30 Pro

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Outro modelo topo de linha do ano passado que ainda vale bastante a pena é o P30 Pro, da Huawei. O conjunto de câmeras não chega a oferecer o zoom de aproximação de 100 vezes, mas fica no meio do caminho: 50 vezes. E pra quem gosta de muitos recursos e funções, é o conjunto de câmera mais rico nesse aspecto.

Além disso, apesar do hardware ser uma solução da própria Huawei de 2018 ainda, a fluidez do dispositivo é impressionante. A duração de bateria também é incrível. De todos os dispositivos citados nesta lista, é o que oferece mais por menos: cerca de R$ 3.700 no varejo online atualmente.

Não gostou de nenhuma opção? Calma, que tem mais!

E não precisamos nos limitar aos topo de linha. O Mi Note 10 também é um ótimo smartphone, potente o suficiente para a maior parte dos usuários e com ótimo conjunto de câmeras, e pode ser encontrado por cerca de R$ 2.600. Também dá para apostar em modelos mais antigos da Apple, que ainda possuem hardware muito bom e atualização de software garantida para mais uns bons anos.

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Enfim,opções não faltam. Mas quem precisa analisar se você realmente precisa de um smartphone dobrável pra já é você mesmo. Eu não recomendo por um motivo que leva a vários problemas: a tecnologia ainda é muito nova , logo, ela 1) está cara; 2) ainda vai dar alguns problemas até estar realmente pronta para as massas; 3) os aplicativos não estão totalmente preparados para a infinidade de novas funções que uma tela dobrável pode oferecer.

Você concorda, ou acha que ainda há mais benefícios do que desvantagens em um Motorola Razr 2019, Galaxy Z Flip ou outro dobrável? Ainda vão chegar mais modelos ao longo deste ano. Quais são as suas impressões sobre a questão? Vamos debater nos comentários!