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iPhone 15 Pro | Novo chip A17 Pro estaria causando superaquecimento

Por| Editado por Wallace Moté | 26 de Setembro de 2023 às 09h03

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(Imagem: Divulgação/Apple)
(Imagem: Divulgação/Apple)

Relatos diversos divulgados nos últimos dias têm indicado que o iPhone 15 Pro está sofrendo com aquecimento excessivo, a ponto de perder performance e atingir temperaturas nunca vistas em um celular da Maçã. A responsabilidade seria do novo chip A17 Pro, ou mais especificamente da litografia de 3 nm usada pela TSMC para fabricar a plataforma, somado ao sistema de resfriamento bastante básico do dispositivo.

Uma das principais novidades da série iPhone 15 Pro é o chip A17 Pro, primeiro do mundo a ser fabricado em um processo de 3 nm. Além de prometer um salto médio de 10% de desempenho em CPU e grande avanço em processamento de Inteligência Artificial, o componente chama atenção pela GPU, agora compatível com Ray Tracing e potente o suficiente para rodar jogos a nível de console, com títulos como Resident Evil Village e Assassin's Creed Mirage planejados para chegar aos aparelhos.

No entanto, um número crescente de relatos indica que o chip está consumindo mais energia que o esperado, além de aquecer excessivamente, a ponto de encarar gargalos térmicos drásticos, perdendo desempenho. Os primeiros sinais foram dados pelo review do canal Geekerwan em torno do processador — nos testes, o iPhone 15 Pro utilizado atingiu uma temperatura de superfície de pouco mais de 48 ℃, a maior já registrada pela equipe em um iPhone.

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É importante lembrar que uma alta temperatura de superfície não é necessariamente um problema, já que poderia indicar uma boa dissipação de calor, mas esse não é o caso por aqui. Para atingir os melhores resultados nos benchmarks, Geekerwan utilizou ventoinhas, cenário não realista. Mais delicado foi o consumo, que atingiu picos de inacreditáveis 14 W, quase o dobro da média de um smartphone Android e até de gerações anteriores da Apple, cujos valores ficam entre 6 W e 8 W.

Outros canais de análise menos técnicos, como TechTablets, encontraram resultados semelhantes ao estressar componentes específicos como a GPU. Conforme indica o teste de estresse do 3DMark, o iPhone 15 Pro Max atinge desempenho impressionante para um smartphone, superando por uma pequena margem o Snapdragon 8 Gen 2, mas não consegue manter a performance por muito tempo, perdendo mais de 25% da velocidade após apenas dois minutos.

Aquecimento elevado em testes intensos é um comportamento de certa forma esperado — ainda que não no nível visto no novo iPhone —, mas o lançamento da Apple estaria apresentando altas temperaturas mesmo em uso leve. Alguns usuários já têm apontado como o telefone está esquentado muito ao realizar tarefas como navegar pela internet e redes sociais, ou durante o carregamento, um cenário mais delicado por envolver a bateria. Como consequência, estão sendo observados a redução perceptível do brilho da tela e até mesmo a interrupção da recarga por motivos de segurança.

Temos um claro culpado: o processador A17 Pro, ou mais especificamente, o novo processo N3B de 3 nm da TSMC. Conforme aponta o YouTuber Vadim Yurev, a fundição taiwanesa estaria tendo problemas de fabricação — algo que rumores já haviam apontado no passado — e decidiu reduzir os requisitos para definir o rendimento (o número de chips fabricados bons para uso). Isso teria afetado a Apple, que também reduziu os próprios requerimentos para conseguir aproveitar o que foi produzido.

Dito isso, para conseguir entregar avanços sobre o A16 Bionic, a gigante de Cupertino teria estressado o A17 Pro, ao custo do consumo energético e consequente aumento do aquecimento. Para completar a receita do problema, a Maçã parece não ter adequado o sistema de refrigeração dos dispositivos para comportar as maiores exigências do chip, levando assim ao superaquecimento e gargalos severos.

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Em resumo, já está claro que o iPhone 15 Pro e o iPhone 15 Pro Max têm problemas de temperatura e consumo excessivos, mas é importante lembrar que nem tudo está perdido. Os testes de Geekerwan revelam que temos avanços notáveis em certos aspectos da plataforma, como nos núcleos de eficiência da CPU, capazes de entregar o desempenho dos núcleos Cortex-A715 de alto desempenho usados no Snapdragon 8 Gen 2 ao consumir metade da energia.

As novas tecnologias da GPU, como Ray Tracing e os recursos de upscaling inteligente da suíte MetalFX, ao estilo do DLSS da Nvidia, também são pontos muito fortes a favor do A17 Pro. Além disso, é comum na indústria de fabricação de chips que a qualidade dos componentes produzidos melhore com o tempo, o que significa que unidades dos iPhone 15 Pro fabricados daqui a alguns meses podem ter resultados bem menos críticos.

Ainda assim, se casos similares anteriores (como o do Snapdragon 810 em 2015, e até do Snapdragon 8 Gen 1 em 2022) podem ser usados como referência, as melhorias não devem resolver o problema por completo, apenas amenizando-o.

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A recomendação é ter essas limitações em mente ao comprar um dos novos iPhone 15 Pro e, se a ideia for utilizá-lo com mais intensidade, como na reprodução dos jogos pesados que chegarão aos modelos futuramente, adquirir um acessório para refrigeração, como uma ventoinha MagSafe. Também pode ser uma boa ideia aguardar pelo iPhone 16, que deve utilizar uma litografia singificativamente melhorada, de acordo com os rumores.