Honor pretende “herdar” a liderança da Huawei no mercado chinês de celulares
Por Rubens Eishima | 15 de Dezembro de 2020 às 08h29
Recém separada da matriz Huawei, a Honor tem metas ousadas para os próximos anos. O presidente da empresa, Zhao Ming, definiu o objetivo de 100 milhões de aparelhos produzidos em 2021, além do desejo de se tornar a líder do mercado de celulares na China.
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O anúncio da venda da marca Honor a um consórcio de empresas chinesas foi anunciado há cerca de um mês. Entre os motivos para o negócio estão as dificuldades impostas pelas sanções econômicas dos EUA sobre a fabricante, que ameaçam toda a cadeia de suprimentos e distribuição.
A marca de 100 milhões de unidades não foi detalhada pelo site MyDrivers, mas parece um tanto otimista caso se refira ao total de aparelhos fabricados ao longo de 2021. O número vai na contramão dos analistas de mercado, que preveem uma quantidade bem mais modesta para a marca no ano que vem.
Independentemente do desafio, a fabricante já negocia com fornecedores de componentes sua estratégia para o próximo ano, com boatos tanto sobre o uso de processadores da norte-americana Qualcomm, quanto da taiwanesa MediaTek.
A pressa se explica pelo fato dos principais modelos da Honor ainda serem equipados com processadores da antiga matriz, os HiSilicon Kirin, também sujeitos ao embargo imposto pelo governo de Donald Trump.
Ainda restam dúvidas, porém, se a nova empresa também não estará sujeita às restrições econômicas dos EUA, cuja presidência troca de mãos no próximo mês de janeiro.
Fonte: MyDrivers