Google Pixel 9 Pro Fold chega com visual renovado e 7 anos de updates
Por Renan da Silva Dores • Editado por Léo Müller |
Seguindo os inúmeros vazamentos e teasers, o Google apresentou nesta terça-feira (13) o Pixel 9 Pro Fold, segunda geração de dobráveis da gigante das buscas que promete agitar o mercado com mudanças drásticas. Apesar de manter o formato de “pequeno caderno” do antecessor, o aparelho foi completamente redesenhado, e promete ser um dos dobráveis mais finos do mundo sem sacrificar a bateria e a qualidade das câmeras.
- Clique e siga o Canaltech no WhatsApp
- Pixel 9, 9 Pro, XL e mais | Todos os produtos que o Google lançou na terça (13)
As novidades começam já pelo nome: em vez de “Pixel Fold 2”, o celular passa a integrar a família principal de smartphones do Google, chamando-se assim “Pixel 9 Pro Fold”. Com apenas 5,1 mm quando aberto, o aparelho encosta nos modelos mais finos do mundo, como o Honor Magic V3 (4,4 mm) e o Xiaomi Mix Fold 4 (4,6 mm).
O telefone também está maior e mais largo, apostando em laterais retas e estrutura arredondada que lembra o Pixel 9 tradicional, e mais importante, elimina as bordas da tela interna em favor de um design similar a concorrentes como o Galaxy Z Fold 6 e o OnePlus Open.
Por falar nas telas, a companhia aproveitou a reestruturação para oferecer displays bem mais avançados. O painel OLED “Actua” externo está maior, com 6,24 polegadas (contra 5,8 polegadas da geração anterior), resolução Full HD+ de 2424 x 1080 pixels, taxa de atualização variável de 120 Hz, HDR com pico de brilho de 2.400 nits e proteção de vidro Gorilla Glass Victus 2.
Já a tela dobrável “Super Actua OLED” subiu de 7,6 polegadas para mais amplas 8 polegadas, com resolução de 2152 x 2076 pixels, taxa de atualização variável de 120 Hz e HDR10+ com pico de brilho de 2.400 nits. Na prática, o lançamento não apenas deve garantir uma visualização e navegação mais confortáveis, como ainda mais imersão.
O processamento espelha o Pixel 9 padrão ao adotar o novo chip Tensor G4, com upgrades consideráveis nas memórias, trazendo 16 GB de RAM e 256 GB ou 512 GB de armazenamento. É pouco provável que a combinação chegue ao nível do Snapdragon 8 Gen 3, considerando o histórico da linha Tensor, mas não há dúvidas que o componente será bom no uso diário, especialmente com os truques de IA do Google.
As especificações de câmera não parecem ter sofrido grandes alterações, ao menos no papel. Temos três lentes traseiras, reorganizadas em um bloco retangular e compostas de um sensor principal de 48 MP com estabilização óptica (OIS), ultrawide de 10,5 MP com campo de visão de 127° e telefoto de 10,8 MP com zoom óptico de 5x e OIS. As selfies ficam sob responsabilidade de dois sensores de 10 MP, um em cada tela.
Com exceção das lentes de selfie, o restante das câmeras é muito parecido com o que o Google havia utilizado no Pixel Fold original. Com isso em mente, é importante lembrar que a companhia sempre priorizou o pós-processamento, tendo algoritmos potentes que entregam fotos e vídeos com excelente qualidade — não devemos esperar nada diferente nessa geração.
Uma das mudanças mais curiosas do Pixel 9 Pro Fold é a bateria de 4.650 mAh, uma redução modesta frente aos 4.821 mAh da geração passada. Mesmo diante disso, o Google promete "mais de 24h" de autonomia, número que precisa ser verificado em reviews. O carregamento atinge potência de 21 W, e há recarga sem fio de 15 W.
No mais, o dispositivo possui conectividade 5G, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.3, conectividade via satélite, NFC, porta USB-C 3.2 Gen 2 (com velocidade de 10 Gbps), som estéreo, certificação IPX8 de resistência à água e sistema operacional Android 14, um dos pontos mais curiosos do telefone.
Android 14 com novos truques
Em vez de adotar o novo Android 15, o Pixel 9 Pro Fold mantém o Android 14 de fábrica. Mesmo assim, ao lado de velhos conhecidos, como o Circule para Pesquisar, o software traz alguns truques novos interessantes. Com funcionamento similar ao Microsoft Recall, polêmica função dos Copilot Plus PCs, o Pixel Screenshots do Google é o que mais chama atenção.
Buscando reduzir os riscos de privacidade, preocupação que levou ao adiamento do Recall, a solução do Google é opcional e funciona apenas com as capturas de tela feitas pelo próprio usuário. Caso seja ativada, as imagens são reservadas em um app à parte, e analisadas pela IA generativa da gigante para agilizar buscas, feitas de uma forma mais natural.
Os usuários poderiam, por exemplo, utilizar frases simples para buscar a data em que uma imagem foi recebida, ou para quando uma passagem foi agendada. Se essa busca avançada for desativada, as capturas ainda serão salvas, mas não será possível fazer a pesquisa naturalmente. Seja como for, o Google está colocando o controle na mão do usuário de forma fácil, uma vantagem sobre o Recall.
Outros pontos fortes são a ausência de capturas automáticas feitas pelo sistema, e a realização de forma local de todo o processamento, usando a Unidade de Processamento Neural (NPU) do Tensor G4, algo que também é visto na aposta da Microsoft, mas que fortalece a segurança por aqui considerando as outras medidas adotadas pela gigante das buscas.
Por fim, similar ao restante da família, o Pixel 9 Pro Fold terá sete anos de grandes atualizações de sistema e updates de segurança, devendo chegar ao Android 21, em 2031.
Tudo que rolou no evento Made by Google 2024
- Google Pixel 9 estreia com três tamanhos, muita IA e Gemini integrado
- Google Pixel Watch 3 chega com tela maior e integração para casa inteligente
- Google lança Pixel Buds Pro 2 com chip de IA e ANC mais forte
- Gemini vai usar dados de diferentes apps do Google para responder no Android
- Google lança Gemini Live, nova experiência de conversa por voz com IA
- 5 novos recursos de IA do Google Pixel 9
Preço e disponibilidade
O Google Pixel 9 Pro Fold já está em pré-venda nos EUA e outras regiões onde a linha é oferecida, com disponibilidade prevista para 4 de setembro e preço sugerido que parte de US$ 1,799 (~R$ 9.900). Infelizmente, não há qualquer informação sobre uma possível vinda do aparelho ao Brasil.
Google Pixel 9 Pro Fold: ficha técnica
- Tela Interna: Super Actua Flex OLED de 8 polegadas, resolução de 2152 x 2076 pixels, taxa de atualização de 120 Hz, HDR10+ com pico de 2.700 nits;
- Tela Externa: Actua OLED de 6,24 polegadas, resolução de 2424 x 1080 pixels, proporção de 20:9, taxa de atualização de 120 Hz, HDR com pico de 2.700 nits, Gorilla Glass Victus 2;
- Processador: Google Tensor G4;
- Memória RAM: 16 GB;
- Armazenamento interno: 256 GB ou 512 GB;
- Câmera traseira: 48 MP (Principal, f/1.7, Dual Pixel PDAF + Laser AF, OIS) + 10,5 MP (Ultrawide, f/2.2) + 10,8 MP; (Telefoto, f/3.1, zoom óptico de 5x, Dual Pixel PDAF, OIS);
- Câmera frontal: 10 MP (externa, PDAF), 10 MP (interna);
- Dimensões: 155,2 x 150,2 x 5,1 mm (aberto), 155,2 x 77,1 x 10,5 mm (fechado);
- Peso: 258 gramas;
- Bateria: 4.650 mAh com carregamento rápido de 21 W;
- Extras: 5G, Wi-Fi 7, Bluetooth 5.3, NFC, leitor de digitais na lateral, USB-C 3.2 Gen 2 (10 Gbps), áudio estéreo, certificação IPX8, carregamento sem fio no padrão Qi, UWB, chip Titan M2 para segurança;
- Cores disponíveis: Obsidian (preto) e Porcelain (bege);
- Sistema operacional: Android 14.
Assista ao vídeo: Celulares dobráveis: vale a pena investir ou é PROBLEMA ter um?