Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Galaxy S21 vs. Galaxy S20: o que muda entre as gerações?

Por| 16 de Janeiro de 2021 às 14h00

Link copiado!

Matheus Bigogno/Canaltech
Matheus Bigogno/Canaltech

Os Galaxy S21, S21+ e S20 Ultra foram lançados nesta quinta-feira (14) com promessa de melhorias em todos os departamentos em relação ao S20, desde construção e tela a conectividade e desempenho. Mas será que houve um aprimoramento significativo a ponto de fazer você trocar a geração de 2020? É isso que tentaremos responder mais nos próximos parágrafos.

Antes de começarmos, vale deixar claro que ainda não tivemos a oportunidade de testar os novos Galaxy S21 a fundo, mas, à convite da Samsung, pudemos colocar as mãos nos aparelhos e experimentar seus principais recursos. Portanto, os próximos parágrafos são nossas primeiras impressões sobre os smartphones e suas diferenças com a linha S20.

Construção e design

Continua após a publicidade

Logo de cara, o que mais chama atenção no Galaxy S21 é o novo visual. A nova geração abandona a traseira lisa dos S20 e traz um acabamento fosco que agrada por não escorregar com muita facilidade nem acumular marcas de dedo. As versões S21+ e S21 Ultra mantêm a construção em vidro, mas o S21 padrão adota uma tampa traseira de plástico, o que teoricamente é um retrocesso em relação ao modelo anterior, embora na prática não deva fazer uma diferença tão grande na pegada devido ao visual fosco.

Outra mudança bastante positiva é o novo módulo de câmeras, que mantém o formato de peça de dominó do S20, mas agora está ligada à moldura metálica do aparelho, resultando em um design único. Todos os aparelhos são protegidos pela tecnologia Gorilla Glass Victus, que garante mais resistência a riscos e quedas quando comparado ao Gorilla Glass 6 do modelo do ano passado.

Continua após a publicidade

Aos poucos, a Samsung vem abandonando a curvatura da tela dos seus aparelhos e os novos Galaxy S21 e S21+ possuem um display totalmente plano, o que é uma mudança positiva porque diminui os toques acidentais. O S21 Ultra, por sua vez, mantém as bordas curvas, embora sejam levemente mais finas que as bordas presentes no S20 Ultra.

Tela

Há alterações significativas nas telas dos novos Galaxy S21: o S21 e o S21+ trazem um display com resolução Full HD, opção que a empresa não escolhia desde o lançamento do Galaxy S5. Muitas pessoas podem não se importar com a mudança, mas isso deve afetar a qualidade das imagens no geral, principalmente em vídeos no YouTube onde a maioria dos vídeos já se encontra com resoluções acima do Full HD.

Continua após a publicidade

Outra novidade, agora bastante positiva, é a adição da taxa de atualização variável de 120 Hz nos três aparelhos. Isso significa que, diferentemente da geração anterior, os novos S20 serão capazes de alterar a frequência da tela entre 10 Hz e 120 Hz de acordo com o conteúdo exibido, por exemplo, ao navegar pelo sistema ou jogar títulos compatíveis. Essa solução também deve ajudar a consumir menos energia, já que o display não será usado na qualidade máxima quando não for necessário.

Com relação aos tamanhos, o S21 e o S21+ mantêm as respectivas 6,2 polegadas e 6,7 polegadas dos modelos do ano passado, enquanto o S21 Ultra tem 0,1 polegada a menos em relação ao S20 Ultra, indo para 6,8 polegadas. Por falar na versão mais potente, ela oferece brilho máximo de 1.500 nits, além de resolução Quad HD+ (2K) e a mesma taxa de atualização variável dos irmãos menores. As versões menos potentes trazem brilho máximo de até 1.300 nits.

Câmeras

Continua após a publicidade

Assim como o S20 e o S20+, a dupla mais básica deste ano possuem três câmeras na traseira, com principal de 12 MP, ultra grande-angular de 12 MP e uma teleobjetiva de 64 MP. Na versão Plus, no entanto, não há mais o sensor de profundidade que ajudava no famoso modo retrato.

Já o S21 Utra traz algumas mudanças importantes no conjunto fotográfico em relação ao S20 Ultra: sai o sensor de profundidade e entra um sensor com foco a laser; a câmera principal mantém os 108 MP da geração passada, mas o sensor é o novo HM3 produzido pela própria Samsung; e agora há duas lentes teleobjetivas com 10 MP cada. A câmera ultra grande-angular, por outro lado, se mantém com 12 MP e ângulo de 120º.

Além das mudanças na ficha técnica, os aparelhos ganharam uma série de recursos inéditos para as câmeras, cortesia da nova interface One UI 3.1. Uma delas é a Visão do Diretor, que permite ter uma visão única de todas as câmeras simultaneamente, deixando para o usuário a possibilidade de escolher o enquadramento que melhor se adapta a cada ocasião. Esse modo também realiza capturas com as câmeras traseira e frontal ao mesmo tempo, ideal para vídeos de reações, vlogs e afins.

Continua após a publicidade

Introduzida na linha S20, a função Single Take foi atualizada e agora promete 5x mais capacidades de processamento para gerar fotos e vídeos prontos para postar nas redes sociais. Outra novidade que não tem na geração passada é o Minuaturas Ao Vivo, que permite visualizar a captura de cada lente e alternar entre elas com facilidade, mais um recurso que deve incrementar consideravelmente a forma como se captura imagens a partir de um dispositivo móvel.

As duas câmeras teleobjetivas do S21 Ultra, aliadas a recursos de inteligência artificial aprimorados, agora são capazes de produzir imagens com zoom de até 100x com mais qualidade e estabilidade em relação ao S20 Ultra. O aparelho mais potente também grava vídeos em HDR a 12 bits, algo que somente os iPhone 12 traziam.

Processador e memória

Como acontece em todas as novas gerações da linha Galaxy S, há uma evolução nas plataformas móveis utilizadas nos novos Galaxy S21. Nos mercados norte-americano, sul-coreano e chinês, os celulares são equipados pelo Snapdragon 888 da Qualcomm, deixando as versões europeia e brasileiracom o Exynos 2100. Em ambas as soluções, a garantia é de desempenho ainda melhor e um consumo de energia otimizado.

Continua após a publicidade

Os dois chips são fabricados no processo de 5 nanômetros e trazem oito núcleos de processamento liderados pelo poderoso Cortex-X1, da ARM. Ele trabalha com três núcleos Cortex-A78 voltados para tarefas de alto desempenho e outros quatro núcleos Cortex-A55 de alta eficiência.

Segundo a Samsung, o Exynos 2100 é até 30% superior em desempenho e até 20% mais econômico do ponto de vista energético em relação ao problemático Exynos 990, que equipa os S20 e Note 20 brasileiros. Já o Snapdragon 888 promete até 25% mais rapidez em tarefas e 20% mais economia de energia que o Snapdragon 865.

No entanto, como estamos falando de um topo de linha de apenas um ano de vida, a garantia é de que todos os S20 consigam realizar todas as tarefas disponíveis na Play Store por, no mínimo, mais dois anos.

Continua após a publicidade

Com relação às opções de memória RAM e armazenamento, não houve muitas mudanças, com exceção da exclusão suporte ao cartão microSD. Tanto o S21 quanto o S21+ são equipados com 8 GB de memória RAM e variantes com 128 GB ou 256 GB de armazenamento interno. Já o S21 Ultra é comercializado com 12 GB ou 16 GB de RAM e três opções de memória: 128 GB, 256 GB ou 512 GB.

Bateria

O Galaxy S21 e o S21 Ultra são equipados com, respectivamente, 4.000 mAh e 5.000 mAh, as mesmas capacidades dos S20 e S20 Ultra. A versão Plus, por outro lado, traz um tanque de 4.800 mAh, 300 mAh a mais que o do S20+. Todos os aparelhos têm suporte a carregamento rápido de 25 W, mas o carregador não vem incluso na caixa.

Software e recursos

Continua após a publicidade

Os novos Galaxy S21 já saem de fábrica com o sistema operacional Android 11 rodando a inédita One UI 3.1. A nova interface da Samsung, no entanto, não difere muito da versão 3.0, que já começou a sair para os modelos do ano passado no começo deste ano. As principais novidades da nova personalização são focadas em câmeras e estabilidade.

O leitor de impressões digitais dos smartphones continua sob as telas, mas a área do sensor é maior e o reconhecimento promete ser mais preciso. Uma grande — e bem-vinda — novidade é que, pela primeira vez, um celular da linha Galaxy S traz suporte à caneta S Pen (no caso o S21 Ultra), acessório até então exclusivo das linhas Galaxy Note e Galaxy Tab. Infelizmente, não conseguimos testar a caneta no S21 Ultra, mas a Samsung afirmou que ele suporta todas as gerações do acessório lançadas até agora, da primeira a mais recente.

Outro ponto positivo é o suporte à rede 5G, cortesia dos processadores atualizados. Diferentemente dos S20, a nova geração já deve chegar ao mercado nacional suportando as novas redes, mesmo que a tecnologia ainda não esteja disponível por aqui.

Continua após a publicidade

Galaxy S21 vs. Galaxy S20: vale a pena o upgrade?

De fato, o Galaxy S21 representa uma evolução em quase todos os departamentos em relação ao modelo do ano passado, como construção mais bonita e resistente, desempenho aprimorado e recursos de câmeras muito interessantes. No entanto, vale considerar alguns pontos antes de pensar em trocar de geração:

O Galaxy S20 começou a receber no começo deste ano o sistema operacional Android 11 e tem previsão de ganhar o Android 12 durante o segundo semestre de 2021, então os aparelhos do ano passado continuar sendo atualizados e recebendo novos recursos por mais de um ano, o que é excelente para um celular topo de linha mais antigo. Além disso, apesar de o Exynos 2100 ser até 30% superior em desempenho em relação ao Exynos 990, o processador de 2020 ainda dá conta de todas as tarefas disponíveis na Play Store.

Outro ponto a se considerar é a resolução Full HD dos modelos S21 e S21+, enquanto os S20 e S20+ contam com painel 2K. Por fim, mas não menos importante: a falta do carregador e dos fones de ouvido na caixa. Vale a pena gastar mais para ter uma qualidade de tela inferior e precisar comprar um adaptador de energia separadamente, caso não tenha um em casa?

Continua após a publicidade

Se a resposta for sim, pode ter certeza que os novos Galaxy S21 oferecerão desempenho de sobra, um visual único de recursos de câmera profissionais. Caso a resposta seja negativa, a linha S20 ainda deve, no mínimo, mais dois anos de ótima performance, câmeras competentes e uma qualidade de tela incomparável.