Apple liderou venda de celulares no último trimestre de 2021, diz relatório
Por Lupa Charleaux | Editado por Wallace Moté | 18 de Janeiro de 2022 às 17h20
A Apple foi a maior empresa fornecedora de smartphones no último trimestre de 2021. Conforme o relatório da agência de consultoria Canalys publicado nesta terça-feira (18), a grande procura pelo iPhone 13 ajudou a companhia a recuperar o primeiro lugar no ranking da indústria.
Segundo os dados, a marca foi responsável por 22% da remessa global de smartphones no quarto trimestre de 2021. Anunciada em setembro, a série iPhone 13 foi essencial para a recuperação da Apple nos últimos meses do ano passado.
“Impulsionada por um sucesso do iPhone 13, a Apple retorna ao topo do mercado de celulares após três trimestres. A marca teve um desempenho sem precedentes na China continental, colocando os principais dispositivos com preços agressivos”, cita Sanyam Chaurasia, analista da Canalys.
O especialista diz que a cadeia de suprimentos da Apple está começando a se recuperar, apesar do ajustes e cortes na produção no quarto trimestre devido à escassez de componentes. Por isso, consumidores de certos mercados esperaram mais tempo para ter o iPhone 13.
Como pode ser visto na tabela acima, a Apple já tinha liderado as vendas no último trimestre de 2020, novamente impulsionada pelos seus celulares mais recentes — algo ainda agravado pelo atraso no lançamento do iPhone 12.
Marcas asiáticas dominam o resto do mercado
O relatório da Canalys mostra a Samsung em segundo lugar com 20% do total de remessas mundiais de celulares no quarto trimestre de 2021. A sul-coreana vinha liderando o posto de maior empresa fornecedora de smartphones por três trimestres consecutivos, algo que vem se repetindo nos últimos anos.
Enquanto isso, a Xiaomi se manteve em terceiro lugar com 12% de participação de mercado. A Oppo (9%) e a Vivo Mobile (8%) completam o ranking das cinco principais fabricantes de celulares.
A lenta recuperação das cadeias de suprimentos
Em uma visão geral, as remessas globais de smartphones cresceram apenas 1% no último trimestre de 2021. O fraco desempenho foi motivado pelos problemas nas cadeias de suprimentos e o ressurgimento de novos casos de Covid-19.
Os analistas citam que as fabricantes de dispositivos “low-end” foram as mais afetadas pela escassez de componentes. Embora as fornecedoras de chips estejam aumentando a produção, ainda levará algum tempo para que a demanda seja restabelecida.
“As marcas estão inovando ao se adaptar ao cenário atual , ajustando as especificações dos dispositivos conforme os materiais disponíveis e abordando fabricantes de chips emergentes para garantir novas fontes”, comenta Nicole Peng, vice-presidente do setor de análises de mercado mobile da Canalys.
Por fim, a especialista afirma que essas práticas trazem vantagem para as big techs e devem continuar no curto prazo. No entanto, os gargalos nas cadeias de suprimentos não diminuirão até o segundo semestre de 2022.