One Piece | 3 coisas que podem fazer o live-action dar MUITO errado
Por André Mello • Editado por Jones Oliveira |
One Piece, versão live-action do mangá e anime de sucesso de Eiichiro Oda, chega à Netflix no próximo dia 31 de agosto e muitos reconhecem que a série tem muito potencial. Caso seja boa, ela pode iniciar uma nova era de adaptações de animes em Hollywood. Mas, se for ruim, pode acabar sendo desastrosa não somente para os fãs, mas para possíveis novos projetos.
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Existem alguns pontos bem específicos que podem fazer a diferença na adaptação de One Piece, mas que se não forem bem feitos, fazem com que toda a produção desande. São preocupações que tiram o sono dos fãs desde que a adaptação foi anunciada pela Netflix e que, levando em conta o próprio histórico recente do streaming, faz todo o sentido preocupar quem tem um forte apego emocional com a saga do pirata do Chapéu de Palha.
Mudanças drásticas na história
Ao que tudo indica, a adaptação de One Piece parece bastante fiel ao material original, optando em adaptar uma saga de mais de 60 episódios do anime em uma temporada do live action. Isso pode ter sido uma escolha acertada, já que deixa a história mais enxuta e fácil de acompanhar para quem não tem paciência de séries muito longas.
Porém, essa compactação da história, além de ela estar em outra mídia, significa que mudanças e cortes precisaram ser feitos para que tudo coubesse dentro de uma temporada só. É nessas mudanças que reside o perigo, já que condensar demais a trama pode tirar a sua essência.
Fora decisões equivocadas que podem desvirtuar completamente o enredo, como aconteceu com Cowboy Bebop, outra adaptação de anime da Netflix que tinha muito potencial e saiu com qualidade bem abaixo do esperado.
Descaracterização de personagens
Outra mudança que pode ser bastante problemática é a dos personagens da série. Pelo que pode ser visto até agora, tanto a escalação dos atores como sua caracterização parecem bastante fieis, algo bastante surpreendente. Só que, mais uma vez, Cowboy Bebop já nos mostrou que nem mesmo isso é garantia de qualidade.
O que vimos até agora foram pequenos trechos, com mais destaque para a atuação de Iñaki Godoy (Imperfeitos) como Luffy, que parece estar realmente muito parecido com aquilo que o mangá e o anime já apresentaram. Existe a possibilidade, porém, de outros personagens serem muito diferentes do que o material original apresenta.
Considerando que os personagens são um dos maiores atrativos de One Piece, mudar demais pode ser desastroso e fazer com que boa parte da graça da obra original se perca.
Uma das preocupações está nos vilões. Como dito, a primeira temporada da Netflix vai condensar todo um arco de 60 episódios em apenas 8 capítulos e isso pode fazer com que inimigos marcantes do Bando do Chapéu de Palha, como o próprio Buggy e o Capitão Kuro, sejam apenas referências para os fãs do que figuras emblemáticas dentro da trama.
Efeitos especiais
One Piece é baseado em shonen, tipo de mangá com foco em um público adolescente, geralmente com lutas espetaculares. Naruto e Dragon Ball são outros grandes expoentes do gênero.
Por conta disso, além de algumas particularidades como os poderes de Luffy e outros personagens, é necessário que os efeitos especiais sejam grandiosos para tudo não parecer extremamente barato. Evitar que a produção não pareça algo do naipe da novela Mutantes: Caminhos do Coração, da TV Record, é bastante necessário para garantir que tudo o que One Piece possa oferecer esteja na tela.
Saberemos se tudo isso foi bem analisado no dia 31 de agosto, data de estreia da primeira temporada de One Piece, na Netflix.