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Varíola dos macacos: quem pode tomar a vacina e o antiviral no Brasil?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Agosto de 2022 às 12h15

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SteveAllenPhoto999/Envato
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Diante do aumento de casos da varíola dos macacos (monkeypox), o Ministério da Saúde fechou acordos para a compra de vacinas e antivirais contra a doença. O estoque é bastante limitado e os primeiros lotes do imunizante e do medicamento serão direcionados apenas para grupos específicos no Brasil. No futuro, a decisão pode ser revista.

Vale lembrar que, no momento, o Brasil ainda não conta com vacinas e nem antivirais contra a varíola dos macacos. No entanto, este cenário está prestes a mudar e o primeiro lote de imunizante, com 50 mil doses, deve chegar ao Brasil em setembro.

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Isso porque, na quinta-feira (25), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação do imunizante Jynneos/Imvanex, da farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e do remédio Tecovirimat (TPOXX), da farmacêutica norte-americana SIGA Technologies.

Quem vai tomar a vacina da varíola dos macacos?

Na decisão da Anvisa em liberar a importação, o uso da vacina Jynneos contra a varíola dos macacos está autorizado apenas para pessoas com mais de 18 anos. O esquema vacinal completo consiste em duas doses. Dessa forma, os imunizantes comprados pelo Ministério da Saúde irão beneficiar 25 mil brasileiros.

"Em um primeiro momento, apenas profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes serão vacinados", afirma a Saúde, em nota, divulgada na quinta.

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No entanto, ainda não foram definidos os critérios para a aplicação da vacina e nem quantas doses cada estado irá receber para imunizar contra a varíola dos macacos. Em breve, documento da pasta deve detalhar essas questões.

Vacinação pode se estender para toda a população?

Diferente do Brasil, alguns países, como o Reino Unido, estão vacinando profissionais da saúde, contatos próximos e pessoas com comportamentos de risco para a varíola dos macacos. Só que, hoje, a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda a vacinação em massa da população.

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“Se houver indicação para imunização em massa em algum momento, para se ter vacina em escala, tem que existir outros parques fabris com capacidade para produzir essas doses”, explica o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

Até o momento, também não foram anunciados novos acordos para a compra de outras doses da varíola dos macacos, através do programa da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Antiviral da monkeypox está liberado para quais pacientes no Brasil?

No começo de agosto, o Ministério da Saúde anunciou a compra de alguns lotes do antiviral Tecovirimat para a varíola dos macacos. Como o estoque é limitado, o uso da medicação também estará restrito no primeiro momento no Brasil.

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Segundo a Anvisa, o medicamente contra a monkeypox pode ser receitado para crianças e adultos com pelo menos 13 kg. Para obter a eficácia máxima, a medicação deverá ser usada entre o primeiro e o quinto do surgimento dos sintomas.

No caso do remédio, a Saúde ainda não detalhou quem poderá usar. Em nota, afirmou que "o antiviral é indicado para casos graves, com autorização para uso compassivo". No entanto, ainda não se sabe como será feita a distribuição e nem qual quantidade cada estado irá receber do medicamento.

Casos da doença estão em alta no Brasil

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No momento, o Brasil registra 4.216 casos oficias da varíola dos macacos. Além destes, existem pelo menos 4.858 casos suspeitos. Esses pacientes aguardam o resultado dos exames e a confirmação (ou não) do diagnóstico.

Nesta semana, foram confirmados os primeiros casos de bebês que foram contaminados pela varíola dos macacos. E também foi notificado um caso de transmissão da doença para um cachorro.

Fonte: Ministério da Saúde