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Usar máscara em ambiente a céu aberto ainda é necessário?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 10 de Março de 2022 às 10h20

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 twenty20photos/Envato
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Várias capitais brasileiras já flexibilizaram o uso de máscara em lugares abertos, e recentemente, a prefeitura do Rio de Janeiro já chegou a permitir até mesmo a entrada em ambientes fechados sem a necessidade do item. Em São Paulo, o estado inteiro já permite andar sem máscara nas ruas. Então fica a questão: ainda é necessário usá-las para se proteger contra a covid-19 em locais a céu aberto?

Especialistas já chegaram a apontar uma exigência menor quanto ao uso de máscara quando se trata de locais abertos, como em parques, por exemplo. Entretanto, quando se tem a posibilidade de interações próximas, a não utilização da máscara acarreta um risco maior, mesmo ao ar livre.

Em entrevista ao G1 e à Folha de São Paulo, Vitor Mori, pesquisador da Universidade de Vermont, chegou a apontar que menos de 1% dos eventos de transmissão ocorrem ao ar livre. Por isso, faz sentido a liberação das máscaras em espaços abertos. No entanto, essa flexibilização deve vir acompanhada de uma exigência com mais rigor do uso de máscaras em locais fechados.

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Acontece que o vírus se espalha por microgotículas que são expelidas por nós quando falamos e respiramos. Quando o ambiente é fechado, elas podem ficar por até duas horas no ar. No ano passado, pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comprovaram a presença do vírus da nas partículas do ar, levantando preocupações sobre ambientes pouco ventilados.

É preciso entender que, em um grande evento a céu aberto, como um show ou um jogo de futebol, o risco aumenta por causa da quantidade de pessoas. Além disso, quanto mais próximo alguém estiver e mais direta for a interação, maior será o risco.

Um estudo publicado no último mês de novembro na revista científica Physics of Fluids chegou a apontar que o distanciamento de dois metros não é suficiente para barrar contágio da covid-19. Na ocasião, os pesquisadores afirmaram que o distanciamento por si só não é uma medida totalmente eficaz, o que ressalta a importância da vacinação e da ventilação dos espaços públicos.

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Outro ponto levantado pelos profissionais da saúde é que, mesmo que a máscara passe a ser opcional em lugares abertos, o passaporte vacinal deve continuar a ser cobrado para diminuir o risco.

Fonte: Folha de S. Paulo, G1