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Cinco países vacinam crianças de 5 a 11 anos contra covid; confira quais

Por| Editado por Luciana Zaramela | 22 de Setembro de 2021 às 19h30

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Garakta-Studio/Envato Elements
Garakta-Studio/Envato Elements

Nesta semana, a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou que a vacina contra a covid-19 que desenvolveu é eficaz e segura para crianças a partir dos 5 anos. Por enquanto, dados da investigação realizada com o imunizante da Pfizer/BioNTech ainda não foram divulgados. Anteriormente, uma pesquisa da chinesa Sinovac avaliou que a CoronaVac poderia ser aplicada em crianças a partir de 3 anos para a imunização segura contra o coronavírus SARS-CoV-2. Diante desses estudos, pelo menos cinco países já vacinam crianças com menos de 11 anos.

A seguir, confira lista de países que já autorizaram vacinas contra a covid-19 para crianças:

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  • China: o país autorizou a aplicação da vacina CoronaVac e da fórmula da Sinopharm em crianças acima de 3 anos;
  • Emirados Árabes Unidos: a fórmula da Sinopharm também foi aprovada no país para crianças a partir dos três anos; 
  • Israel: a fórmula da Pfizer/BioNTech já é usada no país em crianças com mais de 5 anos, com foco nos indivíduos com comorbidades;
  • Chile: crianças com mais de 6 anos e com comorbidades podem receber a CoronaVac. A partir do dia 26 deste mês, todas as crianças nessa faixa etária poderão se imunizar;
  • Cuba: crianças com 2 anos completos podem ser imunizadas com a vacina Soberana 2, desenvolvida no próprio país.

Em breve, El Salvador deve se juntar a essa lista de países que imunizam crianças menores de 11 anos. O presidente Nayib Bukele informou que a imunização estará liberada, em breve, para crianças a partir dos 6 anos. Ainda não foi anunciado qual imunizante o público poderá receber.

Brasil vai vacinar crianças?

Por enquanto, não há nenhum imunizante autorizado para uso de crianças, de 5 a 11 anos, no Brasil. Em agosto deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analisou um pedido de uso da CoronaVac em crianças a partir de 3 anos. No entanto, a agência não concedeu a autorização, após entender que os dados apresentados pelo Instituto Butantan não eram suficientes para autorizar o uso no público pediátrico

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No momento, a fórmula da Pfizer é o imunizante que engloba a maior faixa etária de pessoas no país. Isso porque a vacina contra a covid-19 pode ser aplicada em adolescentes, a partir dos 12 anos, independente da existência de alguma comorbidade.

Nesta semana, o Ministério da Saúde orientou a suspensão da imunização dos mais jovens, sem comorbidades, contra o coronavírus. No entanto, mais de 10 estados seguem imunizando este público, como São Paulo. 

Por que poucos países vacinam crianças contra covid-19?

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Pode parecer curioso o fato de um número tão pequeno de países vacinarem crianças, mas a situação é temporária e ocorre apenas porque poucos estudos clínicos avaliaram os efeitos das vacinas contra a covid-19 no público pediátrico. Isso acontece porque “a gente sempre preserva as crianças ao máximo”, explicou o imunologista Jorge Kalil para o Estadão.

De acordo com Kalil, os estudos de novos imunizantes costumam iniciar com adultos abaixo de 60 anos saudáveis e, gradualmente, outros grupos são incluídos. Por exemplo, brasileiros foram voluntários em inúmeros ensaios clínicos de imunizantes, mas poucos envolveram ou envolvem crianças e adolescentes. Para ser mais preciso, apenas dois obtiveram essa autorização da Anvisa.

O estudo da fórmula da Janssen (Johnson & Johnson) foi um desses. Segundo a agência reguladora, a pesquisa recebeu autorização para incluir voluntários entre 12 e 17 anos, em três estados brasileiros (São Paulo, Minas Gerais e Rio grande do Sul). No entanto, esta parte do estudo foi cancelada.

Agora, uma pesquisa, em andamento, com o público pediátrico contra a covid-19, é a da Pfizer. O imunizante é testado em dois grupos de voluntários: adolescentes com mais de 16 anos; e em crianças a partir de 2 anos. Por enquanto, os dados brasileiros sobre a fórmula nesse público ainda não foram divulgados.

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Fonte: Com informações: BBCEstadãoCNN e Anvisa