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CoronaVac é segura e gera anticorpos em crianças a partir de 3 anos, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Junho de 2021 às 15h10

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DragonImages/Envato
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No combate ao coronavírus SARS-CoV-2, o próximo passo global deve ser a imunização de crianças e adolescentes contra a COVID-19. Nesse cenário, um estudo conduzido por cientistas da farmacêutica chinesa Sinovac demonstrou que a vacina CoronaVac é segura e desencadeia resposta imunológica em voluntários de 3 a 17 anos.

A pesquisa de Fase 2 da CoronaVac em crianças foi publicada na revista científica The Lancet e avaliou a segurança da fórmula contra a COVID-19 em 552 participantes saudáveis de 3 a 17 anos. Segundo o artigo, após duas doses aplicadas em um intervalo de 28 dias, mais de 96% do grupo testado produziu anticorpos contra o coronavírus SARS-CoV-2.

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Entenda a pesquisa da CoronaVac em crianças

O ensaio clínico foi do tipo randomizado, duplo-cego e controlado. Isso significa que os participantes receberam a CoronaVac ou o placebo, de forma aleatória, e participantes e médicos não sabiam o que cada um recebeu naquele momento. Na pesquisa, também foram avaliadas duas concentrações de vacinas por dose: 1,5 µg; e 3 µg.

Nesta etapa da pesquisa, os dados ainda não avaliam a taxa de eficácia da vacina para a faixa etária, porque isso só deve ser observado na terceira e última fase. Por outro lado, os cientistas conseguiram verificar que a CoronaVac é segura para crianças e adolescentes e que é capaz de ativar o sistema imune contra a COVID-19.

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Nas redes sociais, a biomédica e divulgadora científica, Mellanie Fontes-Dutra, comentou que "ele [o estudo da CoronaVac] levanta as primeiras evidências de segurança e de imunogenicidade nessa população mais jovem, mas devemos entender que não é um estudo de fase 3, e sim de fase 1/2". Ainda será necessário aguardar pela conclusão da pesquisa para entender qual a taxa de eficácia da fórmula em crianças e adolescentes.

Reações adversas da vacina em crianças?

Segundo os pesquisadores, as reações mais comuns da CoronaVac em crianças e adolescentes foram: dor no local da injeção (13% dos participantes relataram a questão); e febre (5%). "Os resultados foram semelhantes ao nosso estudo com adultos e idosos", explicam os autores do estudo no artigo. Além disso, "nenhum dos eventos adversos graves relatados durante o ensaio foi relacionado à vacinação", informam.

Mesmo que os resultados da CoronaVac no novo público sejam positivos, o estudo deve ser continuado para que sejam incluídos os mais jovens na vacinação contra a COVID-19. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou apenas a vacina da Pfizer/BioNTech para adolescentes de 12 a 17 anos. No futuro, o imunizante da Sinovac pode ampliar ainda mais a cobertura vacinal brasileira, caso receba autorização de uso.

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Para acessar o estudo completo de Fase 2 sobre a CoronaVac em crianças, publicado na revista científica The Lancet, clique aqui.

Fonte: Com informações: G1