Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Setembro Amarelo | Teste de DNA ajuda a definir o antidepressivo mais eficaz

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Setembro de 2022 às 10h44

Link copiado!

iLexx/Envato
iLexx/Envato

Para o tratamento da depressão, existem mais de 200 opções de antidepressivos e a ciência não para de inovar neste campo — já está no mercado até fórmulas em spray. No entanto, definir a medicação mais eficaz para cada paciente é um desafio que merece ser discutido neste Setembro Amarelo. Testes de DNA podem ser um importante aliado nessa busca.

Hoje, cerca de 50% das pessoas com depressão não se adaptam ao primeiro medicamento, segundo pesquisadores do Max Planck Institute of Psychiatry, na Alemanha. Publicado na revista Frontiers in Pharmacology, o estudo também revela que, entre aqueles que não respondem adequadamente ao antidepressivo inicial, 15% têm ideação suicida, ou seja, estão em risco eminente de suicídio.

Continua após a publicidade

“Podemos dizer que metade dos pacientes que iniciam o tratamento precisam fazer reajustes na dosagem ou realizar a troca do remédio. É um número alto que está relacionado aos altos índices de suicídio”, explica o médico Leandro Brust, Head de farmacogenômica da Dasa Genômica — braço genômico da rede de saúde Dasa.

Como o DNA pode ser aliado na busca do antidepressivo?

Através do sequenciamento genético, médicos podem definir quais tratamentos devem ser mais eficazes e toleráveis para cada paciente, o que ajuda reduzir o sofrimento causado pela depressão e os efeitos adversos. Além disso, a velocidade com a qual cada antidepressivo é processado no organismo varia conforme o DNA do paciente.

Neste ponto, “a farmacogenômica ajuda no combate ao suicídio, uma vez que, com a possibilidade de iniciar o tratamento de forma assertiva, as chances de abandono por falta de resultado ou devido aos efeitos colaterais causados são reduzidas", aponta Brust.

Continua após a publicidade

Sim, outros fatores também devem ser considerados na equação, como estilo de vida, hábitos alimentares e a interação entre outros medicamentos já usados pelo paciente. Estes elementos também podem reduzir a eficácia de uma medicação.

Aqui, é importante destacar que o tratamento da depressão é uma das melhores formas de combater o suicídio, sendo que esta é considerada "uma das principais causas de morte no mundo”, segundo o especialista.

Como funciona a testagem para pacientes com depressão?

Continua após a publicidade

Entre as opções de testes de DNA, está o PharmOne, disponível na Dasa. O exame relaciona fatores genéticos, pessoais e ambientais e, com isso, constrói um perfil metabólico do paciente. A partir desse levantamento, são apresentadas diferentes alternativas medicamentosas e suas características para o organismo do paciente. Há ainda as opções online de testagem farmacológica, como é o caso da Proprium e da Genera.

Por exemplo, o médico e o paciente saberão sobre: quais achados genéticos estão relacionados com aquele medicamento, recomendações e pontos de alerta — como reações adversas —, interação com outros medicamentos e eficácia. Além disso, o teste indica como os hábitos estão modificando seu metabolismo, sugerindo ajustes.

No total, são avaliados cerca de 27 mil medicamentos pelo exame de DNA. Como regra, a testagem é feita apenas uma vez na vida do paciente caso a intenção seja avaliar aquelas características genéticas. Isso porque os dados pessoais e ambientais podem ser atualizados na plataforma, de forma independente, descartando a necessidade de um novo exame.

Precisa de ajuda?

Continua após a publicidade

Se você ou algum conhecido precisar de ajuda, o Centro de Valorização da Vida (CVV) tem atendimento gratuito por telefone no número 188 ou pelo site. Agora, caso tenha presenciado uma tentativa de suicídio, o recomendado é ligar imediatamente para o corpo de bombeiros, através do telefone 193.

Fonte: Frontiers in Psychiatry