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Setembro Amarelo | Teste de DNA ajuda a definir o antidepressivo mais eficaz

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Para o tratamento da depressão, existem mais de 200 opções de antidepressivos e a ciência não para de inovar neste campo — já está no mercado até fórmulas em spray. No entanto, definir a medicação mais eficaz para cada paciente é um desafio que merece ser discutido neste Setembro Amarelo. Testes de DNA podem ser um importante aliado nessa busca.

Hoje, cerca de 50% das pessoas com depressão não se adaptam ao primeiro medicamento, segundo pesquisadores do Max Planck Institute of Psychiatry, na Alemanha. Publicado na revista Frontiers in Pharmacology, o estudo também revela que, entre aqueles que não respondem adequadamente ao antidepressivo inicial, 15% têm ideação suicida, ou seja, estão em risco eminente de suicídio.

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“Podemos dizer que metade dos pacientes que iniciam o tratamento precisam fazer reajustes na dosagem ou realizar a troca do remédio. É um número alto que está relacionado aos altos índices de suicídio”, explica o médico Leandro Brust, Head de farmacogenômica da Dasa Genômica — braço genômico da rede de saúde Dasa.

Como o DNA pode ser aliado na busca do antidepressivo?

Através do sequenciamento genético, médicos podem definir quais tratamentos devem ser mais eficazes e toleráveis para cada paciente, o que ajuda reduzir o sofrimento causado pela depressão e os efeitos adversos. Além disso, a velocidade com a qual cada antidepressivo é processado no organismo varia conforme o DNA do paciente.

Neste ponto, “a farmacogenômica ajuda no combate ao suicídio, uma vez que, com a possibilidade de iniciar o tratamento de forma assertiva, as chances de abandono por falta de resultado ou devido aos efeitos colaterais causados são reduzidas", aponta Brust.

Sim, outros fatores também devem ser considerados na equação, como estilo de vida, hábitos alimentares e a interação entre outros medicamentos já usados pelo paciente. Estes elementos também podem reduzir a eficácia de uma medicação.

Aqui, é importante destacar que o tratamento da depressão é uma das melhores formas de combater o suicídio, sendo que esta é considerada "uma das principais causas de morte no mundo”, segundo o especialista.

Como funciona a testagem para pacientes com depressão?

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Entre as opções de testes de DNA, está o PharmOne, disponível na Dasa. O exame relaciona fatores genéticos, pessoais e ambientais e, com isso, constrói um perfil metabólico do paciente. A partir desse levantamento, são apresentadas diferentes alternativas medicamentosas e suas características para o organismo do paciente. Há ainda as opções online de testagem farmacológica, como é o caso da Proprium e da Genera.

Por exemplo, o médico e o paciente saberão sobre: quais achados genéticos estão relacionados com aquele medicamento, recomendações e pontos de alerta — como reações adversas —, interação com outros medicamentos e eficácia. Além disso, o teste indica como os hábitos estão modificando seu metabolismo, sugerindo ajustes.

No total, são avaliados cerca de 27 mil medicamentos pelo exame de DNA. Como regra, a testagem é feita apenas uma vez na vida do paciente caso a intenção seja avaliar aquelas características genéticas. Isso porque os dados pessoais e ambientais podem ser atualizados na plataforma, de forma independente, descartando a necessidade de um novo exame.

Precisa de ajuda?

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Se você ou algum conhecido precisar de ajuda, o Centro de Valorização da Vida (CVV) tem atendimento gratuito por telefone no número 188 ou pelo site. Agora, caso tenha presenciado uma tentativa de suicídio, o recomendado é ligar imediatamente para o corpo de bombeiros, através do telefone 193.

Fonte: Frontiers in Psychiatry