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Robô-cirurgião Da Vinci 5 aumenta precisão e reduz danos a tecidos em 43%

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Reprodução/Intuitive/Youtube
Reprodução/Intuitive/Youtube

As cirurgias robóticas ganham cada vez mais popularidade em todo o mundo por serem mais precisas e menos invasivas do que as tradicionais. Agora, com a chegada do novo robô-cirurgião Da Vinci 5, os médicos terão ganhos em precisão. Além disso, a expectativa é que os danos a tecidos internos do organismo caiam em 43%, segundo os pesquisadores. 

Comparando o modelo anterior e o novo, "é realmente como trocar um iPhone 6 por um iPhone 15”, explica Michael Meara, médico e professor associado à Universidade Estadual de Ohio (EUA), destacando o poder de computação 10 mil vezes maior. Meara esteve entre os primeiros cirurgiões a testar a nova tecnologia e ajudar no processo de validação.

Apesar da grande atualização, o Da Vinci 5 é visualmente semelhante aos modelos anteriores, com os quatro braços robóticos equipados com diversos instrumentos médicos e as câmeras que entregam imagens em 3D. O custo inicial do novo aparelho é de US$ 3 milhões (cerca de R$ 16,9 milhões).

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Procedimentos feitos pelo robô-cirurgião

Os robôs Da Vinci podem ser usados em diferentes contextos, como uma cirurgia de câncer de pulmão ou em uma laparoscopia (procedimento em órgãos da região abdominal).

No Brasil, há médicos que utilizam versões anteriores em procedimentos urológicos e em cirurgias metabólicas para estimular o pâncreas de pacientes com diabetes a produzir insulina

No total, mais de 70 países já usam os robôs-cirurgiões desenvolvidos pela empresa norte-americana Intuitive Surgical e, oportunamente, poderão se beneficiar das melhorias e dos novos recursos do Da Vinci 5. 

Salto tecnológico com Da Vinci 5

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O robô Da Vinci 5 “certamente aumentará a capacidade dos cirurgiões de fazer essas operações de forma mais eficiente e, esperançosamente, com melhores resultados”, afirma Robert Merritt, médico oncologista e membro da universidade norte-americana.

Entre as melhorias, o cirurgião Merritt destaca a capacidade em gerar menos danos aos tecidos internos e órgãos que devem ser cortados ou movidos, durante os procedimentos.

A expectativa é que isso seja reduzido em 43%, quando se compara com a experiência proporcionada pelo modelo anterior.

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Parte deste ganho, é explicado pelas melhorias no feedback tátil. “O sistema alertará o cirurgião quando ele estiver exercendo muita força no tecido, o que certamente resultará em menos danos. Isso se traduzirá em melhores resultados para o paciente”, pontua Merritt. 

De forma simples, menos lesões indicam menor tempo de internação e alta mais rápida para o paciente. É o que a equipe de Merritt tem observado na remoção de tecidos cancerígenos em indivíduos com câncer de pulmão.

Com o robô, não são necessárias longas incisões no peito do paciente. Assim, a maioria das pessoas volta para casa dois a três dias após a cirurgia e retorna às atividades normais em duas semanas.

Na versão tradicional, é necessário ao menos uma semana de internação e dois meses de recuperação. Indiscutivelmente, esta é uma importante melhoria.

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Fonte: Intuitive, Universidade Estadual de Ohio