Publicidade

Da Itália, médico opera paciente na China usando robô-cirurgião e 5G

Por  • Editado por Luciana Zaramela |  • 

Compartilhe:
Franciscoavia/HospitaClinicBarcelona/Flickr/CC BY-ND 2.0
Franciscoavia/HospitaClinicBarcelona/Flickr/CC BY-ND 2.0

Pela primeira vez, foi realizada uma telecirurgia em que o médico e o paciente não estavam no mesmo continente. O procedimento histórico foi realizado pelo cirurgião Zhang Xu, da Academia Chinesa de Ciências, que estava na Itália (Europa), enquanto a pessoa operada permaneceu na China (Ásia). O feito foi possível a partir de um robô-cirurgião e do 5G.

O voo mais rápido entre a Itália e a China demoraria pelo menos 11 horas, o que torna ainda mais impressionante a cirurgia remota viabilizada pela baixa latência da internet 5G. Durante a operação bem-sucedida, o médico removeu um tumor da próstata do paciente.

A telecirurgia foi transmitida ao vivo para os médicos e os convidados presentes no congresso anual Challenges in Laparoscopy and Robotics & AI, que aconteceu em Roma, na última sexta-feira (7).

Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

Cirurgia a distância com 5G

"O maior problema com uma cirurgia remota é a comunicação, se acontece algum atraso”, explica o médico Zhang para a CCTV. “Durante a cirurgia, quase não houve atraso e foi quase o mesmo que uma cirurgia no local", acrescenta.

Para viabilizar essa experiência, tanto o console cirúrgico usado em Roma quanto o conjunto de braços robóticos estavam conectados pelo 5G e por fibra óptica.

Segundo os responsáveis pela operação, o atraso entre comando e resposta  do robô-cirurgião foi de 135 milissegundos. Isso é bem menos do que os 200 milissegundos recomendados para as telecirurgias.

A seguir, confira imagens da cirurgia inédita feita com médico e paciente em continentes diferentes:

Uso militar da telecirurgia

Após a demonstração, os próximos planos envolvem usar toda a tecnologia para permitir que cirurgias remotas ocorram durante operações militares da China. A iniciativa deve melhorar o atendimento médico a soldados em áreas remotas.  

Continua após a publicidade

"Através da cirurgia remota, podemos levar os recursos médicos mais avançados para a linha de frente", afirma Zhang. No entanto, existem algumas limitações, como a necessidade de transportar toda a infra-estrutura para esses locais distantes e garantir uma boa conexão com a internet.

Fonte: CCTV e Flickr