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Ressonâncias revelam como é o cérebro de quem tem TDAH

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Pressmaster/Envato
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Uma nova técnica de ressonância magnética cerebral permitiu que cientistas descobrissem padrões de conexão do cérebro comuns em crianças com transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). Envolvendo mais de 6.000 infantes, o método observou a atividade dos neurônios enquanto os pacientes estavam em repouso, analisados por imageamento de ressonância magnética funcional (fMRI).

A maioria dos comportamentos humanos é controlada pela comunicação coordenada pelos neurônios em diferentes áreas do cérebro, então é possível descobrir como o órgão orquestra funções complexas ao observar a atividade neuronal em descanso.

Várias condições neurológicas — não só o TDAH — podem ser melhor compreendidas dessa forma, especialmente ao se comparar as tomografias com as de pessoas neurotípicas e buscar padrões. É isso que o presente estudo pretendeu fazer.

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Como identificar o cérebro com TDAH?

Entre os problemas que pesquisas acerca do TDAH enfrentam, há a amostragem pequena e a inconsistência dos métodos, dificultando conclusões mais definitivas. Foi aí que a Universidade de Saúde e Ciência de Oregon decidiu usar bases de dados grandes para analisar imageamentos cerebrais cobrindo áreas maiores do que qualquer estudo. O método foi batizado de “pontuação polineural” (PNRS, na sigla original).

Segundo as conclusões dos cientistas responsáveis, houve uma forte associação entre os padrões de conectividade de todo o cérebro e os sintomas de TDAH avaliados em dois grupos diferentes.

Com a técnica, os pesquisadores afirmam que é possível analisar e tirar conclusões até de bases de dados menores, podendo identificar mecanismos compartilhados por várias condições neurológicas e psiquiátricas.

Uma das possibilidades que o método permitirá é a de investigar se uma PNRS típica de TDAH também estaria associada a sintomas de depressão ou comorbidades de saúde no geral. Com cada vez mais diagnósticos do transtorno surgindo, a ciência busca descobrir mais sobre a condição, cuja neurobiologia ainda é pouco conhecida. 

Fonte: JNeurosci