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Olhos podem indicar sinais de autismo e TDAH, segundo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Junho de 2022 às 12h40

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Gargantiopa/Envato Elements
Gargantiopa/Envato Elements

Os olhos podem indicar sinais de transtorno do espectro autista (TEA, mais conhecido como autismo) e transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH), conforme sugere um novo estudo publicado na revista científica Frontiers in Neuroscience. Para chegar a essa descoberta, os cientistas conduziram testes que medem as respostas elétricas de diferentes células da retina em resposta a um estímulo luminoso.

O estudo contou com a participação de 226 indivíduos, sendo que 55 deles tinham sido diagnosticados com TEA e 15 com TDAH. Segundo o estudo, as crianças com TEA mostravam uma resposta aos estímulos bem menor em comparação com o grupo controle. Por sua vez, crianças com TDAH tiveram a maior resposta.

“Os sinais da retina são gerados por nervos específicos, então se pudermos identificar essas diferenças e localizá-las em vias que usam sinais químicos cerebrais, podemos distinguir crianças com TDAH e TEA e potencialmente outras condições do neurodesenvolvimento”, estimam os especialistas envolvidos no estudo.

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“Em última instância, estamos analisando como os olhos podem nos ajudar a entender o cérebro, embora sejam necessárias mais pesquisas para estabelecer anormalidades nos sinais da retina que são específicos para esses e outros distúrbios do neurodesenvolvimento", conclui o artigo. Os pesquisadores defendem que essa abordagem, no futuro, também pode ajudar a detectar sinais de esquizofrenia e transtorno bipolar.

Autismo (TEA) e TDAH

Em uma entrevista ao Canaltech anteriormente, a psicóloga Milene Rosenthal explicou que o autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento que se dá por conta de desordens durante a fase do desenvolvimento cerebral, mas não é considerado como uma doença. De qualquer maneira, o TEA afeta comunicação, cognição, aprendizado e relacionamentos.

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Justamente por isso não há uma "cura" para o autismo. O que existe são intervenções que ajudam a desenvolver e aprimorar repertórios importantes que vão auxiliar os indivíduos no espectro a terem melhores condições para interações sociais e habilidades para atingir o máximo de independência possível e qualidade de vida, conforme já comentamos.

Por sua vez, TDAH traz como características distração, pouco controle de impulsos, irritabilidade, hiperatividade (inquietação) e esquecimento. Esses efeitos podem acabar prejudicando os estudos e trabalho, além das relações pessoais.

Fonte: Frontiers in Neuroscience via IFL Science