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Quem testou positivo para a Ômicron ainda precisa tomar a dose de reforço?

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Fevereiro de 2022 às 18h00

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FabrikaPhoto/Envato
FabrikaPhoto/Envato

Atualmente, as preocupações acerca da pandemia de covid-19 estão voltadas à variante Ômicron (B.1.1.529), que é mais transmissível e consegue escapar com mais facilidade das defesas do organismo. Isso intensificou ainda mais a necessidade de se tomar a dose de reforço da vacina, mas quem testou positivo para a cepa ainda precisa tomar essa terceira dose?

De acordo com a infectologista Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias — pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) que recentemente conduziu um estudo sobre o aumento na incidência de bactérias multirresistentes em pacientes hospitalizados com covid-19 — essa dose de reforço continua necessária mesmo aos que foram infectados pela variante.

"Independente da variante com a qual a pessoa tenha sido infectada, a dose de reforço continua sendo fundamental para o ciclo de imunização. Já temos diversos estudos documentando que quando alguém tem a doença e está com a vacina aplicada, a imunidade é reforçada", aponta a especialista.

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Um desses estudos foi desenvolvido pela University of KwaZulu-Natal e pela Stellenbosch University (África do Sul). Segundo os autores, pessoas contaminadas pela Ômicron, principalmente as vacinadas, desenvolveram uma imunidade melhorada contra a variante Delta.

Além disso, a Pfizer, fabricante de um dos imunizantes utilizados no Brasil para combater a covid-19, realizou um estudo e concluiu que depois da infecção pela Ômicron, a concentração de anticorpos neutralizantes cai com o tempo. Com o reforço, essa proteção volta a subir.

Tempo de espera para tomar o reforço após a Ômicron

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Segundo a infectologista, se a pessoa testou positivo para covid-19 (o que inclui os casos de Ômicron), é necessário aguardar um período de 30 dias para tomar a dose de reforço. "A questão de não se vacinar quando a pessoa está infectada se deve ao fato de que, naquele momento, ela já estava com o sistema imune ativado na produção de anticorpos e a vacinação causaria o mesmo efeito no organismo", esclarece.

No entanto, se a pessoa estava infectada e não sabia, tomando assim alguma dose do imunizante, não há motivos para entrar em pânico. "Não existe documentação de danos imediatos para quem teve essa experiência, mas é um ponto de atenção para observar. Se eventualmente aparecer algum sintoma, é importante buscar orientação médica, independente da variante", orienta a médica. "É importante salientar que a vacinação é indispensável para o reforço da imunidade, até mesmo dos que já se infectaram", conclui.

Fonte: Com informações de CDC, Live Science