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Ômicron: Pfizer defende que três doses neutralizam variante

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Dezembro de 2021 às 09h10

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Jesse Paul/Unsplash
Jesse Paul/Unsplash

Estudos preliminares mostraram que pessoas com três doses da vacina da Pfizer/BioNTech têm maior capacidade em neutralizar a variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus SARS-CoV-2 do que quem recebeu apenas duas doses. Os resultados sobre a resposta dos anticorpos foram divulgados pelas empresas nesta quarta-feira (8) e defendem a importância do reforço.

“Embora duas doses da vacina ainda possam oferecer proteção contra doenças graves causadas pela cepa Ômicron [do vírus da covid-19], é claro que, a partir desses dados preliminares, a proteção é melhorada com uma terceira dose de nossa vacina”, explicou Albert Bourla, presidente e CEO da Pfizer.

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Ampliar esforços pela vacinação

“Garantir que o maior número possível de pessoas estejam totalmente vacinadas com as duas primeiras doses e um reforço continua a ser a melhor medida de ação para prevenir a propagação de covid-19”, defende Bourla.

Nesse sentido, é preciso garantir que, cada vez mais, um número maior de pessoas iniciem o processo de vacinação. Afinal, é esta ampliação da cobertura vacinal que poderá, de fato, controlar o número de novas mutações e impedirá o surgimento de novas Ômicrons.

Segundo a plataforma Our World in Data, apenas 6,3% das pessoas em países de baixa renda receberam pelo menos uma dose de algum imunizante. No continente africano, somente 7,7% da população está com o esquema vacinal completo.

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Entenda o estudo

No estudo, foram avaliados soros coletados de pessoas que receberam o reforço (terceira dose) da Pfizer há um mês. Em laboratório, ele foi capaz de neutralizar a variante Ômicron. Os níveis de eficácia são comparáveis ​​aos observados, após duas doses, para as outras cepas do coronavírus, incluindo o coronavírus original.

Para sermos mais precisos, os soros de indivíduos que receberam duas doses da vacina contra a covid-19 exibiram, em média, uma redução de mais de 25 vezes nos títulos de neutralização contra a variante Ômicron. Isso indica que apenas duas doses podem não ser suficientes para proteger contra a infecção da nova cepa.

Por outro lado, as células T induzidas pela vacina não têm suas funções afetadas pelas mutações da Ômicron. Nesse ponto, as empresas acreditam que "os indivíduos vacinados ainda podem estar protegidos contra formas graves da doença e estão monitorando de perto a eficácia no mundo real [a efetividade] contra a Ômicron, de forma global".

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Testes para vacina atualizada continuam

Mesmo que estes resultados sejam preliminares, a Pfizer e a BioNTech devem continuar a coletar mais dados laboratoriais e outros estudos serão realizados para compreender, de forma mais aprofundada, os níveis de proteção contra a Ômicron oferecidos pelo imunizante já existente.

Em paralelo, "continuamos a trabalhar em uma vacina adaptada que, acreditamos, ajudará a induzir um alto nível de proteção contra a covid-19 induzida pela Ômicron, bem como uma proteção prolongada em comparação com a vacina atual”, destacou Ugur Sahin, CEO e cofundador da BioNTech.

Fonte: Pfizer e Our World in Data