Paciente com chip da Neuralink joga Mario Kart com a mente

O primeiro chip da Neuralink a ser implantado em um cérebro humano parece ser um caso de sucesso, conforme apontam os dados divulgados pela startup fundada por Elon Musk. O paciente norte-americano Noland Arbaugh, de 29 anos, não teve complicações após a cirurgia e já consegue usar o “poder da mente” para controlar um cursor — este era um dos objetivos do estudo clínico pioneiro. Agora, ele também pode disputar uma corrida no clássico game da Nintendo, Mario Kart. Spoiler: ele terminou em segundo lugar, mas completou toda a prova.

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Anteriormente, foi mostrado que o primeiro paciente a testar a interface cérebro-máquina da Neuralink também era capaz de jogar uma partida de xadrez e o game Civilization VI. Tudo isso, após passar por uma cirurgia em janeiro deste ano, quando o implante cerebral foi instalado.

Jogando Mario Kart com a mente

O paciente da Neuralink Arbaugh é tetraplégico e não consegue movimentar nenhuma parte do corpo dos ombros para baixo. A perda dos movimentos foi resultado de um acidente que sofreu há oito anos e, desde então, enfrenta inúmeras limitações no seu dia a dia.

Com a pesquisa clínica, o jovem viu uma oportunidade de reconquistar parte de sua autonomia, apesar dos riscos potenciais deste tipo de procedimento. Sem ter desenvolvido nenhuma infecção ou problema aparente, Arbaugh está aperfeiçoando os seus novos movimentos com uso do chip no cérebro. 

Para entender melhor: o implante cerebral foi projetado para interpretar a atividade neural do paciente. Com isso, é possível controlar um computador ou smartphone simplesmente com a intenção de se mover, ou seja, o poder da mente.

O controle do cursor ocorre sem a necessidade de nenhum movimento físico, nem mesmo a mudança na direção dos olhos, e sem nenhum fio ligando o seu cérebro ao aparelho. É o que o permite jogar Mario Kart e outros inúmeros games.

A seguir, veja Noland Arbaugh jogando Mario Kart com o poder do pensamento, a partir do minuto 18:

Por enquanto, nenhum estudo científico detalhando os procedimentos e os primeiros resultados com a tecnologia foi publicado em uma revista científica.

Novos voluntários da Neuralink

Em paralelo a essa divulgação dos primeiros feitos do paciente que vive com um chip no cérebro, a Neuralink aproveita para anunciar que está recrutando novos voluntários para o estudo Prime, pela primeira vez, no Canadá. Até então, o recrutamento era restrito aos EUA.

Para participar dos estudos clínicos, é preciso ter mais de 18 anos e ter alguma condição debilitante, como a tetraplegia. Os interessados em contribuir com os experimentos podem se inscrever no Registro de Pacientes, disponível no site da startup fundada por Elon Musk.

Fonte: Neuralink