Neuralink implanta primeiro chip em cérebro humano
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
O fundador da Neuralink, Elon Musk, anunciou, na noite de segunda-feira (29), que o primeiro implante de um chip da startup no cérebro humano foi concluído com sucesso. Segundo o anúncio, o paciente "está se recuperando bem", após o procedimento inédito.
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Em sua postagem no X, Musk afirma que "os resultados iniciais mostram sinais promissores de atividade neural". Isso é fundamental para que os indivíduos com chips implantados consigam, no futuro, controlar um cursor ou teclado de computador, usando os seus pensamentos — este é o objetivo do estudo clínico em andamento.
Em setembro do ano passado, a Neuralink recebeu o aval da agência reguladora norte-americana Food and Drug Administration (FDA) para começar os testes em humanos e, desde então, estava se preparando para este momento.
Estudo com chip da Neuralink
Na primeira fase do estudo clínico aprovada nos Estados Unidos, oficialmente conhecido como Precise Robotically Implanted Brain-Computer Interface (Prime), o objetivo da Neuralink é avaliar a segurança do procedimento, o que envolve uma abertura no crânio.
Buscando reduzir os riscos do procedimento invasivo, foi desenvolvido um robô guiado por cirurgiões humanos capaz de implantar a interface cérebro-máquina (BCI) em uma região do cérebro responsável pelo controle da intenção do movimento.
Ainda não se sabe quantas pessoas foram recrutadas para os testes com o chip e nem o nome dos primeiros participantes dessa pesquisa — que só deve ser concluída em seis anos.
Anteriormente, foi mencionado que seriam selecionados apenas voluntários com paralisia decorrente de lesão da medula espinhal cervical ou da esclerose lateral amiotrófica (ELA). Além disso, eles precisavam ter mais de 22 anos e deveriam precisar de suporte de um cuidador.
Uso da mente
Embora a pesquisa de Elon Musk seja uma das que mais chame a atenção envolvendo o uso da mente como forma de controle de máquina, outros grupos buscam desenvolver formas de leitura da mente para devolver o movimento de pessoas com paralisia.
Nesse ponto, cientistas do Lausanne University Hospital (Chuv), na Suíça, permitiram que um homem com paralisia voltasse a andar com o poder do pensamento, por meio de uma tecnologia diferente.