Fiocruz detecta linhagens mais transmissíveis da Ômicron no Brasil
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
Através dos testes de análise genômica de amostras da covid-19, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) afirmou, na segunda-feira (13), que uma nova cepa do coronavírus SARS-CoV-2 se tornou predominante no Brasil, a linhagem BA.2 da Ômicron. Em alguns estados, ela já era predominante. O mesmo movimento também ocorreu em outros países, como nos Estados Unidos.
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A subvariante BA.1 — também descendente da Ômicron — era predominante no Brasil e foi responsável pelo surto da covid-19 que ocorreu entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Agora, o estabelecimento da BA.2 pode ser a explicação para o novo aumento de casos da doença, o que levou algumas cidades a recomendarem novamente o uso de máscaras em ambientes fechados.
A média móvel de casos da covid-19 é calculada em 43 mil novos casos diários da doença, segundo levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). Há duas semanas, a média estava em 26 mil casos do coronavírus. Segundo especialistas, a tendência é de alta.
Linhagens mais transmissíveis da Ômicron
Durante a análise das variantes da covid-19 em circulação — feito com amostras coletadas entre os dias 20 de maio e 2 de junho —, a Fiocruz identificou um aumento na detecção de outras linhagens da variante Ômicron, como a BA.4, BA.5 e BA.2.12.1.
De acordo com a Fiocruz, estas cepas do vírus da covid-19 "têm características genômicas que podem levar a uma maior transmissibilidade viral". No entanto, a transmissão ainda é limitada e poucos casos foram detectados.
Por exemplo, foram apenas quatro amostras da BA.4. No caso da BA.5, foram 13. Na Europa, a situação é inversa e as duas cepas já são predominantes em todo o continente.
Casos de coinfecção e de reinfecção no Brasil
Além das linhagens mais transmissíveis da Ômicron, os pesquisadores da Fiocruz detectaram sete casos confirmados de coinfecção pelo vírus da covid-19 e o da gripe, verificados por exame de RT-PCR. Também foram encontrados 69 casos de reinfecção, sendo que 48 estavam associados à reinfecção pela Ômicron.
Vale explicar que os dados genômicos da covid são computados semanalmente na plataforma da Rede Genômica Fiocruz. Em seguida, são disponibilizados na plataforma EpiCoV da Global Initiative on Sharing All Influenza Data (Gisaid), uma plataforma internacional para compartilhamento de dados genômicos dos vírus de influenza e SARS-CoV-2.
Fonte: Agência Fiocruz e Conass