O primeiro estágio do sono é a chave para libertar sua criatividade

Em estudo publicado na revista Scientific Reports, uma equipe de pesquisadores revelou que o primeiro estágio do sono, chamado de N1, tem potencial para despertar a criatividade. Para chegar a essa descoberta, 50 participantes foram conduzidos a usar uma espécie de luva que faz medições fisiológicas para identificar quando chega o estágio N1 e depois a passagem para o estágio N2.

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No experimento, os participantes foram divididos em dois grupos: o primeiro deveria passar a noite em claro e registrar seus pensamentos a cada 12 minutos. O segundo grupo dormiu, mas foi acordado logo depois de chegar ao estágio N1, e então instruído a detalhar sua experiência de sonho e voltar a dormir.

Os pesquisadores também usaram o dispositivo para pedir que os participantes pensassem em uma árvore enquanto dormiam. O ponto interessante do estudo é que todos que foram instruídos a pensar em árvores realmente fizeram isso nos sonhos.

Durante o estudo, os participantes também realizaram testes de criatividade, envolvendo escrever histórias e fazer listas. Os pesquisadores descobriram que o segundo grupo teve uma avaliação muito superior nos testes de criatividade, pontuando 78% a mais do que os sujeitos que ficaram acordados.

De acordo com os pesquisadores, os resultados mostram que os sonhos podem ser fontes legítimas de inspiração e engenhosidade, especialmente se aproveitados de maneira controlada.

O que a ciência sabe sobre o sono?

Não é de hoje que a comunidade científica se concentra em desvendar o potencial do sono e dos sonhos. Anteriormente, pesquisadores apontaram que bons hábitos de sono podem aumentar a expectativa de vida em até 5 anos. Na ocasião, irregularidades no sono, incluindo na sua duração e qualidade, são associados a risco de doenças cardiovasculares e problemas no metabolismo.

Em paralelo, um e studo da revista Learning & Memory mostrou que ouvir determinados sons durante o sono pode fortalecer algumas memórias e enfraquecer outras. A expectativa dos cientistas com essa descoberta é o desenvolvimento de terapias que possam ajudar as pessoas a deixar para trás memórias traumáticas.

Já um estudo da Universidade de Stanford (EUA) revelou que dormir pouco pode trazer malefícios à saúde, mas dormir muito também pode causar efeitos indesejáveis. Segundo os pesquisadores, a interrupção do sono está associada a alterações da função cognitiva, como a capacidade mental de aprender, raciocinar, resolver problemas, tomar decisões, etc.

Como pegar no sono rapidamente?

Mas você sabe como pegar no sono rapidamente? Os especialistas recomendam que, se a pessoa não conseguir dormir depois de 20 minutos, deve sair da cama e ir para outro cômodo com pouca luz e fazer algo relaxante até se sentir sonolenta novamente. O mesmo se aplica quando acorda durante a noite e não consegue voltar a dormir.

Os médicos ainda sugerem evitar que o cérebro associe a cama a outras atividades. Isso significa não trabalhar ou assistir televisão na cama, e não fazer chamadas ou verificar seu celular. Dietas leves durante a noite também ajudam o organismo a desacelerar. Isso porque nosso metabolismo trabalha junto ao ritmo circadiano, portanto nada de fazer refeições pesadas no jantar ou na ceia se quiser dormir mais rápido.

Fonte: Scientific Reports, Big Think, Current Biology, The Guardian