Nova terapia pode combater câncer de mama ao inibir crescimento do tumor
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Cientistas chineses descobriram uma maneira de entregar medicamentos que possam combater o câncer de mama, além de inibir o crescimento do tumor, promover a resposta imune do corpo e prevenir a metástase de células cancerígenas.
- Células do câncer de mama crescem mais durante o sono, revela estudo
- Remédio reduz em 25% risco de reincidência de câncer de mama
Tratamentos convencionais (como cirurgia, radioterapia e quimioterapia) não erradicam as células cancerígenas, e ainda podem danificar o tecido normal. Essa suposta nova solução combina várias estratégias para combater o tumor e prevenir a metástase simultaneamente.
Para isso, a equipe construiu uma espécie de nanoplataforma de entrega de medicamentos com base em um polímero. Na prática, os envolvidos modificaram a superfície do polímero com o peptídeo LyP-1 do agente de direcionamento, que pode se ligar seletivamente a células de câncer de mama e induzir a morte celular.
Isso ajuda a nanoplataforma a navegar e encontrar os tumores, que a equipe disse serem os "alvos" da entrega de medicamentos.
Sintomas do câncer de mama
O câncer de mama pode começar de maneira silenciosa e os sintomas passarem despercebidos no início da doença. Por isso, a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que ao menos 70% das mulheres assintomáticas façam mamografia a fim de reduzir a mortalidade.
Segundo o Ministério da Saúde, o sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos.
Outros sinais envolvem edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja, retração cutânea, dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.
Ciência no combate ao câncer de mama
Diversos estudos se concentram no desenvolvimento de tratamentos: cientistas da Fiocruz reprogramaram células para combater o câncer de mama, por exemplo. O grupo alterou o perfil dos macrófagos (células de defesa do organismo) usando nanopartículas de óxido de ferro.
Enquanto isso, nos EUA, pesquisadores desenvolvem uma potencial vacina contra o câncer de mama, que desencadeou a produção de células de defesa, os linfócitos T, capazes de combater o tumor. A fórmula também demostrou ser segura para o uso em humanos, com efeitos colaterais leves.
A detecção também é importante, e tendo isso em mente, cientistas norte-americanos treinaram uma nova inteligência artificial que prevê câncer de mama 5 anos antes dos primeiros sinais. Em paralelo, engenheiros desenvolveram uma tecnologia capaz de prever se a quimioterapia será eficaz no tratamento.
Fonte: South China Morning Post, Ministério da Saúde, Cancers, Breast Cancer Now